quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Bukowski "" cavalheiros, eu sou um artista, um inventor! A minha MÁQUINA DE FUDER é, na verdade minha irmã.

A onda do branco. Muito branco pela casa, sob a cama, nos cantos transbordando anfetamina, adrenalina, endorfina. Aquela cara apaixonada cheia de desesperança, o grande teatro social do "tudo bem". O grande teatro social da alegria disfarçada por uma nota de R$2, feito cano PVC escondido no maço de cigarro. Minha vagina apodreceu de tamanha boa vontade. Meu ânus infiltrado pelos dedos sujos da minha carência. Essa tristeza que acontece, fica batendo e martelando na ressaca. Eu sou uma pessoa ruim, mesmo não sendo, feito aquela música " eu não quero causar mal nenhum, a não ser a mim mesmo ". Meu corpo gordo transborda silêncio. Minha pele flácida acomoda desilusão, e minha alma decepcionada coleciona novas esperanças. Eu nunca quis te fazer mal. Eu nunca quis fazer mal nenhum, a ninguém, a não ser a mim mesma. Minha buceta grita: meu amor, fui embora e você nem percebeu, e eu te amei, te amei daquele jeito que não aguenta tanta tanta tanta tanta falta de carinho e excesso de cara boa correndo com as pernas amarradas no parque. Quero que passe. Que deixe. Que termine. Que comece de novo e que eu viva, viva bem solitária na minha loucurinha barata a lá Bukowski. Mais uma vez não deu certo. Mais uma vez o tempo. Mais uma vez esse tapa sei lá o que. Vou dar o cu pra escova de dente e fazer boquete no rolo de macarrão, depois eu cheiro cinco gramas, perfuro o braço esquerdo pra chamar a atenção e corto o cabelo com a faca da cozinha. Deixando eles acharem que não fui eu, ou melhor, que sempre sou eu, quando da errado.