quinta-feira, 28 de abril de 2011

Tentando a tentativa de tanto

Procuro e vejo simplesmente tentativas mil... tentativas tantas, tantas tentativas de. E venho tentando e tentando eu sigo. Tentada a.O dia brilha, esse dia que me tenta e eu tento. Os dias brilham...e eu tento, tento tanto que na pela a tentativa é relva. Um dia sufocado em mim. Borboletas na grama, sucos e cigarros. Eu tentei, eu venho tentando. Não me resta mais nada além de uma simples tentativa branca com cheiro de alecrim. Ela tenta sumir, mas sempre volta. Acordo disposta a tentar de novo, e vou, e ando, continuo. Me mantenho tentando tentativas mil. Não sei mais. Não entendo. E tudo que não entendo são só tentativas... eu tento.

  • Eu disse pra ela que aquilo não tinha sentido, e viver sem sentido é ferro me cortando a garganta.

Não esfregue na minha cara suas tentativas de sucesso. As minhas são minhas, tentativas adormecendo no próprio corpo, dormindo no próprio umbigo. Tudo dorme em mim e tenta. E não sei saber de nada que não seja esses apertos de alma e essa escola de ser melhor. Essa escola de ser em mim a tentativa de uma vida, a tentativa da escolha, a tentativa de me dar conta.

Tentando a tentativa de dar conta. Só isso.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

CUIDA!

Ele cuida de mim!E foram poucas as vezes nas quais eu fui cuidada, na maioria me cuidei sozinha e me esfolei toda. Ele cuida das minhas dores, limpa minhas feridas, me acolhe a noite quando não consigo dormir. Já vivi dezenas de insônias solitárias, e elas doíam também quando tocava dentro. Já me enfrentei no escuro, continuei, mesmo querendo voltar, e tudo isso doeu muito. Quando necessário ele abre todas as janelas, coloca luz no quarto e me dá carinho e colo toda vez que penso em fugir. Desejei sumir no meio da madrugada, desejei beber todo álcool de toda festa, desejei ficar bêbada, completamente bêbada, super bêbada, bebinha, tontinha, até cair. Era então nesse exato ponto sem fim que eu me machucava sem saber pra onde. Ai ele aparecia, lavava os copos, me dava água, limpava o vomito que caia na sala e ficava comigo até eu dormir. Aprender a ser cuidada foi um exercício que ele me ensinou, e quando do fundo da minha alma corroída eu desejava desistir, de novo ele pegava minhas mãos frias e as apertava contra seu colo quente, nos enfiávamos embaixo do cobertor, e de fundo ele colocava Gal Costa, e cantava pra mim até me fazer sorrir. Ele cuida do meu umbigo sujo, dos meus pulmões machucados, da minha tosse que não cessa nunca. Ele me da banho quando choro até perder a força nas penas, mesmo que tenha sido por ele, pra ele...não importa!Ele sempre cuida de mim. Ela chama o médico enquanto eu tomo chá, ele aperta os cadarços quando estou prestes a tropeçar, ele brinca comigo quando eu penso que a vida é chata, escura, sem graça e sem sentido. Ele lê minha Clarice, ele se preocupa com tudo, em tudo, pra tudo!Ele é uma flor, uma flor inteira e colorida, que todos os dias me faz muito, muito feliz.

terça-feira, 19 de abril de 2011

Preciso te dizer

Vou te dizer uma coisa. Uma coisa bem longa e comprida. Dessas coisas que nossa vista não alcança! Dessas difíceis de sair de dentro, difíceis de se tornarem concretas, difíceis de darmos conta. Eu sinto dores, sinto dores homéricas no corpo. Minhas costas, minhas pernas, meus dedos da mão. Eu também sinto apertos de uma descrição que não compreendo. Minha alma aperta... e minhas mãos também. Vez ou outra tenho cansaço nas vistas, e um cansaço de corpo que me coloca dias e dias quieta em um canto. Mas o pior são as crises. Crises de tristeza, crises de medo, crises de impotência, crises de amor, crises de vontade, crises de esperança, crises de solidão. Tudo isso faz de mim o que eu sou, tudo isso me molda de uma forma que nem sempre alcanço, que nem sempre vejo. Eu precisava te dizer de tudo, eu precisava te contar que adoro ver a lua deitada na rede da Mari. Precisava te contar dos dias que chego em casa e choro sem motivo algum... e tem também os vinhos, todos os vinhos que bebo, e não precisa ser sexta...nem sábado ou domingo. Gosto também de tomar cappuccino a noite, e chá mate também. Não durmo sem fumar aquele último cigarro no silêncio escondido da minha cama. Acredito no amor, acredito na sinceridade e intensidade de cada relação. Tenho milhares de sonhos e de utopias... uma delas e passar uma semana comendo brigadeiro(sem engordar) e um dia toda em uma cachoeira bemmmmm grande e bemmmmm bonita. Gosto também de pintar, e adoro café da manhã na cama. Acho lindo as flores, os sabores, os cheiros... e os livros, as histórias, os autores. Precisava saber que você sabe. Precisava ter certeza que você sabe. E se mesmo assim você quiser continuar se aproximando, se aconchegando...me conhecendo...eu deixo!!!Deixo sabendo do risco, deixo sabendo do perigo que qualquer aproximação traz junto de si. Mas deixo.... porque todas as coisas inesperadas também me atraem.

sábado, 16 de abril de 2011

Eu amava....

Ele sorvia-se de mulheres. Dezenas. Comia cada centímetro oferecido em todas as belas bandejas baratas. As poucas intensas e interessantes que encontrava pelo caminho ele temia. Logo largava exposta em qualquer esquina, em qualquer beco sujo cheirando a mijo e cigarro.
Eu entrei e tentei ficar. Tirava dele o pior. Espremia e arrancava.... esfregava na cara todos os sapatos velhos, as roupas apertadas e as escolhas insensatas - não que ser insensato seja algo desinteressante, mas sua insensatez era estupida e mal cuidada -.
Um dia, depois de ter transado com uma pequena qualquer, ele voltou para casa. Colocava a camisa no canto e demorava horas no banheiro. Comia, deitava, lia... Tudo em silêncio, um silêncio absoluto de quem não se entregava. Pelo cheiro eu sabia. Pelo olho eu adivinhava. Meio bruxa apanhava os indícios.... Ele enlouquecia, confessava. Uma, duas, três, quatro...milhares de transas fúteis e banais. Um gozo morto, sem nexo e pouco provável. Gozava no peito, na boca, no sexo. Depois sofria, arrependia. E eu continuava. Era gostoso aquela história meio sado, meio paradoxal e dolorida. Eu queria o máximo, o máximo que aquele ser poderia me oferecer. Busquei cada pedaço de sua alma, mesmo aqueles que me faziam tremer... eu amava.
Ele pedia perdão, mandava flores, escrevia músicas... e nada me bastava, talvez no fundo eu quisesse ver intensamente e imediatamente o seu pior. Não sabia se conseguiríamos, mas continuei...eu amava.
Um dia ele chegou em casa meio morto, confuso, quebrado. Arrancou as roupas, me abraçava e apertava. Chorava delirantemente, me contava tudo, e dizia que tinha medo de todas essas suas infidelidades. Por um instante ele me perdeu. Desisti porque não sabia mais se amava. Na minha teimosia... eu continuei. Dias depois eu continuei. Estava cansada, acabada, fraca e um pouco sem rumo. Aquilo que me propus era farpa, ferro arranhando a garganta, dores imensuráveis no peito, noites de insônia, rouquidão. No sexo eu imaginava tudo, pensava em tudo. Todas as bocas, os corpos, os cheiros. O que mais me incomodava eram os cheiros. Sempre achei cheiro uma coisa extremamente importante na relação de reconhecimento, eu não sabia mais se ele reconhecia o meu, e o dele era disperso, misturava-se com todas as excitações sentidas e vividas, eu não me concentrava. Arrumei as malas, fui embora, sumi por dias, mas depois voltei. Com flores no cabelo e um cheiro forte no pescoço, eu, aquela que tanto foi apunhalada, voltava e pedia perdão. Transávamos a noite toda, um enroscando-se no corpo do outro, o outro adormecendo nos braços e no colo de uma continuação que não sabia-se mais se era amor.
Fotos, horas, momentos, declarações, promessas, sonhos, desejos....tudo enredava o próximo futuro de nós dois. Mas o passado é marca, cicatriz dolorida na alma... Não esqueço, não esqueci. E em uma noite improvável ele encontrou uma linda menina de cabelos lisos e longos. Mandou música, email, mensagem. Um cinema, um desejo... naquele meu estado meio bruxa eu sabia. Bebi muitas cachaças e gritei na rua. O inferno da sinceridade nos consumia. O sabor da distância nos apagava. Mandei sumir, vociferei!
Comprei um vestido branco, decotado, sensual. Engoli quase uma garrafa de vinho inteira. Tive alucinações, sai, falei, chorei e depois de tanto tempo uma outra mão masculina, que não era a dele, tocava meu sexo, embriagada pela desistência e o medo do amor desleal eu tentei. Abri as pernas e o decote, tirei a calcinha, fumei um cigarro e senti. Meu corpo fervilhava de tesão e sofrimento.......................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................... No momento exato daquela vingança, pouco sensata mas necessária, eu corri. Não conseguia....não bastava, não dava, não colava. Eu não era assim. Pouca intensidade e gozo somente por necessidade, me repudiava. Eu não era ele. E mesmo que naquele instante deseja-se ser, eu não era. Voltei para casa suja e estuprada por mim mesma. Chorei como nunca pela quase traição que me acometia. Um dia em coma. Um dia inchada. Um dia cinza e com gosto de fracasso na boca... eu ainda amava. Impressionante, mas depois de tudo.... eu ainda amava.
Abri a porta e, mais uma vez, voltei. Estávamos em trapos, eu e ele. Mas nos amávamos nas nossas contradições e passado de cicatrizes. Ele se manteve fiel, e eu sempre a mesma.
Hoje ele sumiu. Apareceu nesse instante, com a gola suja e o discurso antigo de sempre. Gelei os pés. Esfriei de alma. Mas aquela coisa meio bruxa acendeu seus olhos, acendeu seus olhos e eu vi... eu vi!Vi que ele me amava... e que talvez tenha tentado continuar, mas não conseguiu, não conseguiu porque pela primeira vez, de corpo e alma e com todas as partes do corpo....ele me amava. Eu vi!Ele me amava....

Ela

sexta-feira, 15 de abril de 2011

A raminéia ruminava

A raminéia ruminava
Para, Samuel sudré
Ele queria qualquer coisa que coubesse dentro dos sentidos incabíveis. Mas nada era como ele queria. E os dias se arrastavam, todos. Aquele café amargo de todos os dias. Acordava às 11h –dormir cedo era impróprio – ao som de Elis ou Gal, preparava o café, antes dos dentes. Enquanto a água fervia, fumava um cigarro. Depois o café amargo. Mas de uns dias pra cá, o café não descia. Com açúcar, sem açúcar, com adoçante, ralo, amargo. O café não digeria. Aquilo vinha estragando seus dias. Amassando sua cara, suas costas. Não conseguia fazer mais nada. Tentava um almoço, um trago, algum estudo, e nada. Acendeu uma vela, um incenso, apagou a luz, abriu as cortinas, ligou “Secos e molhados”, enjoou, vomitou, tentou yoga, meditação, nada funcionava. O café não descia. Ele não dormia. Porque diferente de muitos o café não dava ânimo, nem energia ou, qualquer coisa dessas. Era só um vício. Um desejo que, não realizado, causava náuseas, amnésia, insônia. Realizado...Bem, realizado, tudo funcionava normalmente.Não era dessas coisas pra gente dizer que fazia mal. Não era mal. Não isso. Era alguma coisa mais nova, sem palavra. Talvez, reminéia.É! Isso mesmo! Reminéia. Essa palavra era dele e só dele era ela. Pertenciam-se um ao outro. Redundantes. O café não pegava. Tentava ligar, desligar. Tomava banho e fazia uma prece. Olhava pra xícara antes de tomar, depois tentava o contrário. Mas... Nada. Exatamente nada, não funcionava. O café não podia. Aquilo atrapalhava sua vida. Os trabalhos não terminavam. A roupa continuava suja. A casa mal arrumada. Ele ia ia ia ia ia....E nada!Insustentável. O café não cabia. Ele enlouquecia. Fumava maconha, cheirava cocaína, e respirava craque. Nada adiantava. Nem os sucos, o arroz integral, as verduras. Isso não funcionava nunca. O aperto se mantinha. E aquilo que não fazia mal continuava não fazendo bem. Era duro viver. Era rocha, pedra, poste. Fazia dele qualquer coisa menos que objetos. Menos que as promessas e as rezas das velhinhas, vizinhas da casa de infância. O café não existia. Ele mantinha-se ruminando aquela raminéia que não cabia, não descia, não existia, não digeria, não pegava, não podia... E ele ia...ia...ia...ia...ia...ia...ia...ia...

Deus e o chuveiro


Ela estava errada. Não sabia que estar no banheiro significava reclusão. O banheiro representava para ela, sob qualquer estado de consciência, aquele momento de si mesma onde a vida escorria ralo abaixo, logo, não existia por alguns segundos ou existia de mais, o que tornava tudo involuntariamente um excesso. Deitada no azulejo frio nossa menina representava o que de melhor havia dentro dela, no silêncio hebefrênico sorria, ria, existia e contava com a sorte, o que é demência na situação em que “Ela” encontrava-se. O banheiro representava o momento da falta de raciocínio, sem conclusão, suspensão...Perigo eminente latejando em suas retinas, e a princesa continuava ali, rindo, sorrindo, existindo, esqueceu o corpo no chão, perdeu as roupas do lado de fora e a água fria do chuveiro já resfriava seus pés brancos e calejados. Na cabeça contava o momento de transtorno do dia anterior, o momento de decisão, o instante em que resolveu viver no banheiro.
Era dia claro, um pouco de calor na pele, solo quente, nuvens, e nossa menina andava, andava, andava e nada!Absolutamente nada acontecia, nada de extraordinário, nada digno de nota. Ela só não gostava, sentia dor, aperto, angústia, qualquer lugar era melhor que tudo aquilo, estava no inferno e só percebeu quando Deus apareceu diante dela com um copo de água fervendo, dizendo:
-         Aceita?
Ela não aceitava nada, não queria aquilo, estava calor!Afinal qual o motivo da água?Teve pânico, horror, medo, susto...Deixou de andar e começou a correr, pensava que era sonho, estava fervendo, tudo transbordava igual leite quente, correu horas até chegar em casa, ávida, exausta, cansada. Tirou a roupa e ponto. Comecemos nossa estória.
Há mocinha lépida e nua, em determinada hora da noite, utilizando-se da mão direita abriu o chuveiro.
Feliz e quente, morreu de hipotermia.

"Meu trabalho é o de viver os meus prazeres e as minhas dores.È necessário que eu tenha a modéstia de viver"

PUBLICATO

Tudo se esvai na facilidade de um vento, um sopro calmo, uma nuvem nublada.
Gélidos estão os dias nos quais acordo
Faço uma oração quando me desespero em um choro intenso
Ontem tinha força,
Hoje só moleza,
E amanhã?Talvez uma bala caramelada de chocolate ou uma cara melada...Nunca se sabe!
Quieta, lenta...Sem suspensão eu durmo.
Acordo agitada,
Noite conturbada,
Levo um escorregão nos braços dos meus amigos
Braço quebrado,
Perna enfaixada,
Noite de São João!
E lá vai ela, pulando, correndo na rua como se fosse menina solteira de pouca idade.
Ela correu tanto que caiu no buraco
Ajuda a menina gente, ajuda o buraco!
A festa de São João continua, e a menina no ato, cato, buraco....
“A noite é meu pé de vento
Prática da solidão
A rua é fria e serena
Seus faróis ao relento
Estrelas de mercúrio e prata
Um índio sem tribo vagava
Em pleno coração da mata
Brilha nas poças de água
O fogo que a chuva apagou
A noite é tão linda
A vida é tão bela
São João, acende a fogueira
Do meu coração”
E o dia vai
Sai
Cai....
Dia-a-dia
Cotidiano
Dia após dia
Sobreviver
Viver
Ser ou não ser....Nada de questão
Só dúvidas
Dúvidas
Sua carteira já foi assinada?
A minha não...

Vestido Branco



Com seu novo vestido branco Estella paralisou frente ao espelho. O coração palpitava, a boca vermelha deixava escorrer o mais gostoso da saliva cansada. Ela era. No quarto fechado frente ao espelho ela se desnudava. Junto de si percebia o mais sincero que era ser. Arrepiava os pelos, suspirava feito menina pronta para a formatura. Uma moldura embelezando seu corpo envelhecido e marcado pelo tempo. Nesse dia ela não chorou, não que estivesse feliz, Estella simplesmente estava. Era. Aceitava de si a beleza mais pura, a felicidade mais cara. Permaneceu a madrugada toda dentro do vestido branco. Sentada na cama ela fumou vários cigarros e ouviu a mesma música. Não precisava de mais nada, aquele instante solitário bastava, ela estava com ela, ela desejava ela, Estella sentiu prazer em vê-la daquela maneira. Ver-se e aceitar o corpo velho dentro do novo vestido branco. O que são os dias?O que é o tempo?A vida se encarrega de colocar nas mãos novas etapas, novos presentes. O relógio corria. Amanheceu!Depois de voltar com o vestido para o armário Estella não se reconhecia mais. Escureceu-se mais uma vez sua pobre alma. Outra vez voltou a si, e não era mais aquele si desejável, não era mais aquele eu que tanto a preenchia por dentro como se preenchem os amantes quando se olham. Não! Lavou a louça e voltou pra casa, aquela mulher de vestido branco se trancou no armário, e nos corredores sujos e mal quistos Estella se embriagou da roupa de sempre, seu velho vestido rasgado, de um verde meio sujo, de uma gola meio acabada. Entrou no quarto e o espelho já não refletia, naquele momento ela chorou, chorou como se tivesse perdido a vida. Vezenquando, com fadiga de tanta morte, Estella abre o guarda-roupa e retira da sacola o vestido e passa a noite se amando.... mas infelizmente isso é só vezenquando.

Te amo nega.

Eu te amo porque você é vermelha, e no seu vermelho tem listrado. E porque eu sou listrada e no meu listrado tem vermelho. Eu te amo porque você ta perto, sempre perto. Eu te amo porque você faz meu cappuccino enquanto eu choro na rede olhando pra lua. Eu te amo porque aparecem pássaros...e venta. Eu te amo porque você me espera tomar banho, e depois acende um cigarro. Ou porque enquanto eu bebo loucamente você prepara nosso macarrão com molho branco e queijo. Eu te amo porque você acorda assustada e tem essa carinha de quem ta com medo. Eu te amo porque você é forte e porque me empresta seus cd's. Eu te amo porque você tem pelos na coxa, e principalmente porque você me deixa chorar. Eu te amo porque você tem sobrancelha de cebolinha. Eu te amo porque você tem samambaia na sala e Frida na parede. Eu te amo porque a gente faz compra no extra às 2 da madrugada. Porque você guarda a comida em potinhos e tem latas de pato na cozinha. Eu te amo porque você gosta de Clarice, de Caio, de Caetano. Eu te amo porque você me deixa ser. Eu te amo porque com você eu falo, porque com você eu grito, porque com você eu lembro. Eu te amo pelos butecos, pelos porres e pelas leituras de Kundera. Eu te amo porque você fica horas me ouvindo reclamar da porcaria da vida. Eu te amo porque você dorme de pijama e porque você tem tapete colorido no banheiro. Eu te amo porque você disse que me ama, porque você disse que sou insubstituível e que gosta das minhas costas. Eu te amo porque você é insubstituível. Eu te amo porque você disse que queria ser eu, e eu queria ser você....comungamos. Eu te amo porque a gente é boba, porque a gente ri de nada, porque a gente consegue brindar em nome da MERDA!!!!Eu te amo porque você é azul e eu também.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Nessas horas é que se fica sozinho....

É nessas horas que a gente descobre que ta sozinho. Não tem um amigo que corre pra perto pra poder comemorar... nem um namorado pra ligar imediatamente empolgado com a noticia. Juro que não tô culpando ninguém...eu prometo!É só coisa de gente que se sente sozinho mesmo, e chora a falta... sente a falta....abriga a falta. Abri meu vinho italiano e coloquei Ângela Rô Rô de fundo pra comemorar. “Para se viver ao som de Ângela....” é... eu tentei muita coisa.... e quando a conquista vem, por menor que seja, naquele misero instante de tempo, a vida vale a pena. Eu quero começar logo.... essa cena ta em mim e parte dela sou eu. É tudo que venho chorando e me angustiando nesse tempo frio dos últimos anos. Libero pra você um maço hoje!!!!!Uma garrafa de vinho inteira.... e FODA-SE amanhã. E eu sempre faço diferente, vibro, fico rouca, e perco a voz no dia seguinte. Me disponibilizo. Mas nem todo mundo faz isso... Todo mundo no seu buraco, todo mundo no seu canto, na sua ostra. Eu tentaria falar com você mil vezes. Te daria um beijo assim que chegasse, abriria a porta fazendo uma surpresa, e depois a gente fumaria um cigarro juntos. Mas cansei de esperar. Faço e me divirto sozinha, mesmo que no fundo seja uma mentira, mas já é uma tentativa. Uma tentativa de tudo, de cada pedaço e de cada momento. Eu Te odeio e odeio todos vocês. Eu odeio a mim mesma. Odeio por sentir essa frustração genérica e dolorida. Esse instante de felicidade é só uma pequena parte de um todo. E o todo é extremamente longo e desértico. Uma comprida corda de fiapos que cortam. Sozinha. E era tudo que eu não queria. Me liga pelo menos, fala comigo horas e horas no telefone. Vibra comigo, festeja comigo.... penso sempre que é mentira, e minha vontade é de corte, rompimento. Nos melhores momentos o que me acompanha é esse maldito vinho e esse maldito cigarro. Será que eu desisto?depois de setembro... é, depois de setembro eu decido.

domingo, 10 de abril de 2011

Raízes...

Era tudo de um brilho revirante. Aqueles olhos de menino doce, de menino perdido, de menino carente. Aquela cara de quem tenta, mas não acredita. Achava lindo seu colchão de ar. Adorava suas roupas espalhadas pelo quarto, sua mania de tomar banho. Ele tinha mãos suaves e um aconchego bonito de se sentir.  Gostava quando ele deitava no meu colo pra ver filme, e eu sorria, eu só sorria, em silêncio eu sorria e agradecia a Deus. Depois de acordar ele fazia o café, eu comprava o pão. Naquele apartamento quente minha alma era primavera, eu me deliciava com tudo, suspirava por tudo. Cada música, cada jeito, cada gesto, cada palavra. Tudo de uma perfeita imensidão . Quando ele pegava o violão meu coração apertava e eu nem sabia o que fazer pra não chorar. Minha vida parecia fazer sentido, e naquele instante tudo bastava, tudo valia a pena. Depois caminhávamos de mão dada, eu sentia aqueles dedos frios entrelaçados na minha mão seca... o céu brilhava mesmo depois da chuva, e o supermercado era lindo com suas pessoas chatas e mal humoradas. Eu me divertia com tudo!Não sabia até quando aquilo duraria, mas pra mim, cada momento era eternidade. Eu fechava os olhos e agradecia, agradecia o vento, a coragem, as coincidências e aquela mão segurando a minha. Seu cheiro era flor!Seu toque era relva!Seu beijo era alguma coisa como sorvete, brigadeiro e leite condensado...tudo junto...um gosto de esquentar os pés.  Eu queria nunca ter sofrido por nada, nunca ter visto o que eu não queria ver, queria não pensar naquele colchão e naquelas coisas com um cheiro que não era o meu. Queria não lembrar do Belas Artes, não saber do Otto. Queria não ter visto o céu em tempestade, nem tremer tanto antes de dormir.  Mas eu vi, eu senti, eu li, eu estremeci e não dormi. Vive todas essas coisas... e hoje...ah.... hoje tem cachoeira, tem casinha com cama de casal e plantinhas na varanda. Tem José e vinho com queijo. Tem telefone de manha e mensagem a noite. Tem ferida mas tem profundidade, tem passado mas tem um futuro maluquinho e esperado. Um presente mais real!Hoje tem “eu te amo”, hoje tem  alguma coisa que tomou raízes com o tempo... e não existe raiz sem dor de terra, não existe raiz sem solo ferido, não existe raiz sem a escolha da permanência. Como uma árvore com frutos, sem frutos, com folhas, sem folhas, com flores ou sem flores eu permaneço. Permaneço porque o céu daqui é muito mais bonito!!!!

sábado, 9 de abril de 2011

A insustentável leveza de ser Sofia

Ela sabia que a doença toda estava nela. E não era possível removê-la de si mesma, ou arrancar a parte indesejável. Cada pedaço seu te pertencia. Sofia temia o horror de existir. Não suportava a palavra doce que se perdia dentro dela, uma labuta diária era a forma como continuava. Um dia ela tentou arrancar os cabelos e mudar a configuração de sua cara, nenhuma tentativa resolvia aquela amargura de ser Sofia. Tomara álcool na manhã de domingo, o copo de vidro, amanteigado pela gordura suja que envolvia tudo a sua volta, escorregará antes de alcançar a boca, ela sorvia. Engoliu direto da garrafa a bebida quente e amarga. Tomou remédios, cortou o braço, rasgou papéis e dormiu. Acordou na terça e ainda era ela. No espelho a mesma imagem e dentro dela a mesma sensação horrorosa de se pertencer. Sofia existia feito céu em dia de tempestade, e o que vinha de dentro era relâmpago e trovão anunciando a chuva. Em todas as estações o mesmo filme. E o pior.... a culpa toda vinha dela. Dela que não via, distorcia e não bastava. A insustentável leveza de ser Sofia. A insustentável tarefa de se carregar na vida. O insustentável dever de continuar....
A importância de tudo estava perdida. A doença que Sofia carregava era só sua e não comprimia a dor de pertencer a ninguém. Em nenhum dia a leveza simples de abrir os olhos fazia parte de um estado Sofistico. Em cada manhã ela regojizava o simples fato de nada bastar em si. Detestava sentir tanto e rezava incessantemente ao Deus de dentro. Pedia um pano ou uma torneira. Uma porta ou uma chave. Um tinta ou um solvente. E não vinha.
Sofia era Sofia, e não a nada mais dolorido do que o reconhecimento da verdade indesejável. Ou a constatação de um terceiro braço, uma terceira perna, um terceiro olho ou um dedo a mais pendendo no corpo pequeno de alguém que ainda não aprendeu estar na vida.


Dois lados de felicidade

Eu queria dois pedaços de felicidade
Um de cada cor...
Um de cada lado...
Um ia ficar no Rio... e o outro, aqui do meu lado.

EU PRECISAVA TE AGRADECER....

Adoro quando a gente acorda e você me da um beijinho meio sem graça, só porque não escovou os dentes ainda. Ou quando você fica hooooooras lavando a louça. Adoro esse jeito de usar sapato furado e cueca branca. Adoro quando você aperta minha mão e quando escreve aquelas poesias lindas sobre nós dois. Adoro quando você me faz uma surpresa, quando você fica me olhando no cantinho da porta. Eu adoro suas mãos, seu toque, seu sorriso, sua barba, sei peito, sua bunda, seus cabelos, suas piadas.
Adoro quando a gente fica perto e quando a gente se entende.
Adoro quando você me abraça por traz.
Eu sinto falta quando você ta longe.....
E o pior é saber que sou chata de mais e difícil de mais. Eu não queria te perder também! Eu sei das suas tentativas e dos seus cuidados, eu sei da sua verdade e do tanto que você tenta. Eu sei dos seus esforços e das loucuras que faz por mim. Eu posso me esquecer de agradecer, mas é lindo quando você vem pra minha casa e passa o final de semana comigo!!!!
Obrigada por casa felicidade e surpresa que você me da.
Obrigada pelas poesias
Pelo feijão e pelo jantar.
Obrigada pelas massagens, pelas brincadeiras e pela sinceridade
Obrigada por ter sido fiel
Obrigada por me fazer gozar tão lindamente
Obrigada por todos os toques de amor
Obrigada de ter aparecido... e de ter ficado!!!!
Um beijo flor, um beijos

Pra você....


Mesmo depois de ter sido ferida sou eu que tenho que me perdoar. Eu entendo... mas não compreendo como é possível. Você não sabe como agir...rs... eu só queria poder brigar e depois dizer que te amo e ouvir o mesmo, não nos demorarmos na dor... mas você não consegue e o estado retorna ao início. Eu cansei de tanto choro ...
Você me feriu de mais... e continua fazendo.. 1, 2 , 3, 4, 5, 6 , 7, 1000 vezes.... eu não aguento

Sabe, eu só queria alguém cuidado de mim e eu cuidando de alguém, era tão mais simples....
Eu não aguento mais ter que ficar me justificando
Eu não aguento mais tentar fazer você entender alguma coisa
Eu não aguento mais esse papel.
Eu não sou assim!
Eu não sou isso que você me transformou.
Eu não sou maluca, Meu Deus!eu não sou....
Eu não aguento tanta mudança em tão pouco tempo.... você sempre tem uma desculpa, um silêncio ou uma forma de se desculpar. E talvez seja essa a maneira certa de agir. Mas eu não aguento.
Você não para uma hora que seja, quando eu preciso, pra falar comigo. Você ta em uma casa que não é sua, você tem ensaio, você tem aula, você ja pegou o ônibus pra serra....
Você me deu um papel que ta me fazendo mal.
Eu não sou isso e você não merece que eu enluqueça por você
Por Deus, chega!Eu ouvi suas crises, e me feri pra entender seus
É, são sempre as mesmas histórias, eu não racionalizo nada, e você vai ser sempre o carrasco. É, é sempre o mesmo discurso, são sempre as mesmas coisas, e eu não me resolvo. É, eu sou dificil, é eu nunca te perdoei, é... eu não vejo nada. É, estamos cansados. É.... eu sou assim.
Então resolvemos!Pronto!Saio da sua vida e não te complico mais em nada. Saio da mesma maneira que entrei.
Eu não quero te culpar por nada, absolutamente nada. Eu te amei e você me amou. Eu cuidei e você cuidou, eu tentei e você tentou.  Cada um a sua maneira. Cada um do seu jeito. Saio te amando... da mesma forma que entrei. E sabendo que você é o meu grande amor e o homem que eu queria ter, o homem que eu tinha escolhido pra envelhecer junto. Desculpa por tudo, mas eu tentei.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

UM CORAÇÃO SONHANDO...

“Coração quando ama pensa até nas impossibilidades”


Hoje eu queria um dia mágico, um dia daqueles que já vivi muito.


(Ouça Arnaldo Antunes cantando: Contato Imediato)
Sabe... eu gosto das belezas diárias, das palavras doces e das surpresas inesperadas. É, eu gosto dessas coisas. Eu sempre gostei. Chocolate quente na cama depois de acordar!!!Gostava de imaginar as histórias românticas dos filmes sendo vividas por mim na minha cidadezinha pequena onde não existia shopping nem castelos. Onde todas as ruas terminavam sempre no mesmo lugar. E onde o céu era muito maior que esse aqui, e quando no domingo, depois do café da manhã, todas as crianças se encontravam na minha rua pra jogar bety!
Eu adoro receber flores, adoro uma palavra doce e uma frase linda e apaixonada na quarta-feira a tarde. Adoro quando se diz no almoço o que se esperava escutar só no dia do casamento. Eu fico feliz com surpresas, com coisas” fora do padrão”. Eu gosto do pão com chá servido na cama, e da bandeja improvisada com uma rosa vermelha roubada do vizinho só pra ver meus olhinhos brilhando. Eu gosto das pétalas espalhadas no caminho entre a cama e a mesa da sala. Eu gosto do amor!Do amor apaixonado, puro, inocente. Do amor que se conquista todos os dias apesar dos anos.
É, eu queria um email bobo mesmo depois de ter passado o dia junto. Eu queria ouvir “Eu te amo” no meio de uma briga idiota, e ser pega de surpresa quando dos meus olhos só saíssem lágrimas, o que logo depois se transformaria em um lindo sorriso causado por alguém que quisesse me ver rindo só pra depois fazer amor comigo.
Sapatos e meias espalhados pelo quarto. Acordar e ver a pessoa que eu amo dormindo do meu lado e sair para o trabalho contente com aquele sorriso na memória. Eu queria dias de surpresas. Algum sonhador parecido comigo... Frases e poemas no celular. Invenções fantásticas do futuro, planos malucos sobre o que fazer depois.... estórias.... Eu queria amar e ser amada de uma maneira desconhecida, só pra desejar a conquista diariamente. Eu queria que fosse mais simples. Eu queria que você me levasse para um motel e enchesse o quarto de margaridas e girassóis. Queria que você me ligasse as três da madrugada pra dizer que tava sonhando comigo. Queria que você nunca tivesse preguiça, muito menos cansaço ou que tudo fosse simplesmente uma consequência linda do nosso enorme amor.
É.... isso mesmo, eu tenho dentro de mim uma sonhadora boba e suspirosa.
Não sei o que eu faria se você aparecesse de surpresa na sexta a noite só pra me levar até o mirante e ficar em silêncio vendo a lua.... acho que teria cãibras no maxilar de tanto sorrir.
Um bilhete no banheiro.
Um bilhete no espelho.
Um bilhete no caderno.
Uma carta colorida na minha caixa do correio...
Nada de ficar pensando em outro, em outras. Nada de ficar pensando nas prisões, naquilo que não se vive, ou naquela que apareceu. Mas pensamentos mergulhados na livre possibilidade de nós dois. E que tudo fosse tão inteiro que não existisse espaço pra mais um. Só uma necessidade de conquistar aquele que, segurando minha mão, eu sei que é o meu grande amor. Pipoca na cama e Woddy Allen na TV. Eu pensando “hummmm....preciso conquista-lo mais”.... rsrsrsr isso é brega né Mari?
Lembrar do cheiro, do toque.... ligar pedindo pra dormir junto e ouvir uma resposta absurda... mas tão linda de ser ouvida!Encantada....
Melhor que caminhar vazia é caminhar cheia de saudade e brilhante de esperança. E no meio da Afonso Pena te mandar uma mensagem “Vive comigo.... tudo aqui me lembra você” assim.... inesperadamente... inesperadamente me lembra você e inesperadamente eu suspiro.
Suspirar....acreditar no amor dos livros, no amor dos filmes, no amor de Chico.
Eu largaria tudo pra viver uma linda história de amor, só que ainda não encontrei um louco que comprasse as passagens.
Quando a gente ama a gente espera o amor. Quando se ama todas as portas ficam sem fechaduras e as janelas cheiinhas de passarinhos dependurados. Quando se ama a gente se culpa vendo o outro sofrer, a gente pede desculpa só pra esquecer rápido e ir comprar sorvete depois. Quando se ama o chinelo fica engraçado e o fio de cabelo fora do lugar vira delicia. O coração fica cheio, a alma desejosa de cartas, poemas e pinturas. O amor traz consigo uma terceira pessoa, os dois formando uma só. Da vontade de não beber, de fumar menos e beber mais água. Mas quando dói o cigarro multiplica, o álcool vira água, e a água vira deserto.
Sabe de uma coisa.... quero continuar sonhando, quero continuar esperando a possibilidade de um dia acontecer. Quero esperar mesmo sabendo que talvez não. Quero parar de não querer dar só pela frustração de não receber. Quero a utopia romântica do amor que é meio céu, flores, espinhos, luz, mar, sombras, toques e retoques.
Eu quero tantas e tantas coisas.... um amor bem perto... uma flor na mão... uma água gelada amaciando os pés. Uma noite bonita, uma semana tranquila.... um mês cheio de surpresas. É.... uma vida suspensa na possibilidade de um grande sonhador.


“Sou forte como um cavalo novo, com fogo nas patas, correndo em direção ao mar”

Não me suporto

“O mundo é de quem não sente. A condição essencial para se ser um homem prático é a ausência de sensibilidade.... à regência pertence a insensibilidade. Governa quem é alegre porque para ser triste é preciso sentir”.

Se você não me suporta você acha que eu me suporto?Você acha que é fácil tudo isso?Você não sabe... Não sabe porque não sente a coisa dessa maneira. E simplesmente não adianta explicar. Eu me calo. A partir de hoje, de ontem, de tudo, de todos eu me calo. Chata, maluca, intensa(comecei a detestar essa palavra), culpada, errada, aquela que cobra...o dia e todos os dias, aquela com a capa de. Eu bato em mim mesma...
O Rilke escreveu uma vez “...não os atormente com as suas dúvidas; não os assuste com a sua crença, com o seu entusiasmo, porque não poderiam entendê-lo. Procure comungar com eles na simplicidade e na fidelidade: esta comunhão não tem necessariamente de passar pelas mesmas metamorfoses por que passa a sua alma.” eu tenho tanto o que aprender....
Ninguém sabe o quanto é difícil tudo, quase insuportável. Aos poucos eu vou perdendo, e não é bom perder, perder-se de si, perder a fé em si mesma, perder a crença em sua alma e em suas verdades. Não acredito em mim, porque o que sei me escapa. Não acredito por não saber moldar, segurar, arrepender-me e fazer diferente. Faço tudo igual, sempre a mesma coisa, os mesmos discursos, os mesmos problemas, as mesmas faltas. Hoje eu cansei de mim. Queria fugir pra bem distante, fugir de mim e em mim. “Você acha que é fácil lidar com você?” V.W responde: “E você acha que é fácil pra mim ser o que sou?”.
Não...não não não... e juro que se pudesse seria alguma coisa completamente oposta, completamente diferente.

“OS ADULTOS NÃO REPRESENTAM NADA, A SUA DIGNIDADE NÃO CORRESPONDE A NADA”.

“DEPOIS, ÁS VEZES PODE-SE ATÉ FICAR UM POUCO ABSTRAÍDO, UM POUCO SONHADOR. HÁ QUEM FIQUE ABSTRAÍDO DEMAIS, SONHADOR DEMAIS; TALVEZ SEJA O QUE OCORREU COMIGO, MAS É MINHA CULPA. AFINAL, QUEM SABE, NÃO HAVIA MOTIVO PARA ISTO. ESTAVA ABSTRAÍDO, PREOCUPADO, INQUIETO POR UMA OU OUTRA RAZÃO, MAS A GENTE SE REFAZ!O SONHADOR ÀS VEZES CAI NUM POÇO, MAS DIZEM QUE LOGO ELE SE REERGUE.”



quinta-feira, 7 de abril de 2011

Mesmo doendo


Sabe qual o problema? A gente não combina minha cara....meu caro!não importa...
A gente não combina em quase nada, combinamos em quase pouco.
Você prefere falar e eu ja cansei de ouvir!
Sinto falta de falar também... dizer e ser ouvida, verdadeiramente ouvida e não acusada, justificada...
Eu to tão cansada do mundo!Cansada dessas relações unilaterais!
Sinceridade
Intensidade
Lealdade.... só isso!
Eu vou indo aos poucos... e o mais engraçado é que você nem percebe!Bem aos pouquinhos nos perdemos... Uma pena!
Sem ninguém eu acredito em que?talvez eu ainda acredite no amor... mas nesse amor que é SINCERO E LEAL!Mesmo doendo...
Mesmo doendo
Mesmo doendo
Mesmo doendo
Kd????????
É, a gente não combina, porque o que combina ainda não existe...Mesmo doendo!

Merece!!!!!



Eu não mereço isso!Merece!Merecemos... Todos nós merecemos tudo e todas as coisas. Merecemos !Plantamos e colhemos... É isso!
Pau na sua bunda, eu enfio, eu pego eu colho.
Pau na minha bunda...em todas as bundas..... me soca, me fode, me chupa.
Me come inteira, mas me come de verdade.... enfia seu corpo todo na minha buceta que eu enfio o meu na sua bunda. Vamos ser de verdade e ser inteiros, intensos, insesantemente sensiveis ...
Ta com raiva?Me mostra!Me cospe!
Ta com medo?Me fala!Me manda sumir!
Ta com tesão?Me come!Me enfia!
Ta com vontade?Me diz!Me deixa!
Não quero, não desejo, me recuso!EU ME RECUSO. Me recuso viver tudo que é pouco, tudo que é falso...me recuso querer o que não quero, fazer o que não acredito. Me recuso os pedaços, me recuso ao mundo podre e POUCO SINCERO. Me recuso ficar em silêncio, me recuso uma foda mal dada, uma buceta mal comida. Me recuso viver toda e qualquer relação ordinária, toda e qualquer trepada pouco inteira. EU QUERO TUDO, EU QUERO O MUNDO, EU QUERO SER!!!!ME DEIXA SER!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Eu não aguento....
Merece!!!!!