domingo, 25 de agosto de 2013

Eles e elas

Não gosto de pessoa-imagem.
Não gosto de gente feliz.
Não gosto de quem faz pra agradar o outro.
Não gosto.
Tenho medo.
Prefiro partir.

Completemente foli.....escrevo como falo!

Eu to completamente louca! To enlouquecendo aos poucos. ...

E agora?!

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Revisão de literatura

A fonte primária é a cachaça.  A secundária é o vício.

Não morrer de fome por amor.


Amar a Árvore.



Enviar o que se deseja.


Sem medo.

Todo amor que houver nessa vida.  E na outra também.

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Machuca

O tempo....
O tempo passa e algumas coisas ficam, elas ficam dentro de uma caixa que às vezes fecha, tem dia que não. Tudo uma bagunça, todas as lembranças, todas as mentiras. Ai você descobre que tava tudo tão claro e seu corpo dizendo onde e quando. Depois você desaba!Depois de tudo desaparece as tentativas e aquela esperança que segurava um pedaço do que restava. Você reve o tempo, os dias e mais uma vez um acumulo de mentiras. Minha mãe mentia muito e eu detestava aquilo, porque eu sabia! Da pra ver, em uma parte do olho, um brilho que muda, um corpo que cai. Meu corpo acaba de ser assassinado. Meu amor, essa coisa de corpo e carinho vale tanto! Por que? Fiz papel de boba durante anos, só mudou o título da peça. Sou especialista em dissabores e desamores. Uma coisa sagrada é o amor! Eu acredito! eu acredito! Eu acredito! Acredito e espero... espero o luto, espero a dor, espero o tempo. Depois eu vivo tudo outra vez, errando aqui e ali, mas com aquela utopia ridícula "Um dia deve ser que dure pra sempre". Um dia... 

Tem as contas, os estudos, o peso, os remédios, a faca, a mesa, os bilhetes, a cama, o dia do ensaio e aquela coisa, aquela coisa que fica dentro do peito esperando um lugar seguro pra descansar da correria de quem desmorona o amor. Minhas ruínas estão escondidas dentro de mim. Hoje eu fiz um chá e chorei deitada na cozinha, rezei enquanto chorava e pedi força pra não ver o que Oxum gritava pra mim. Vejo e sinto, sinto e choro. Escorreguei. Cai. Esfolei os braços e a esclerodermia grita nos meus olhos. Medo. Vontade de voltar pra casa, com o rabo entre as pernas e dizer pra vida que eu não dei conta dela. Desmoronei. Pensei em me atirar pro outro mundo, se é que ele existe, Allan Kardec. Será que existe uma coisa que seja mais.... menos talvez. Desisti quando lembrei que ainda falta criar, criar tanto, criar pra fora essa pele rasgando aqui dentro. Meu Deus, é isso mesmo? esse fim cheio de mágoa e cheio de dor? é assim que os contos de fada terminam! 

Meu corpo secou, minha perna dói feito infecção urinária. Meus dentes podres de cigarro. Minha vida escondida dentro de outra vida. Meu desespero solitário chegando pertinho e dizendo "é, não foi dessa vez". Mas eu não vou desistir!Ouviu meu Deus? eu não vou desistir!!!!! Meu fracasso! Me acostumei aos silêncios escuros do vazio. Meu peito parece queimar pra dentro, dizendo pra alma expulsar esse corpo estranho. Morro outra vez. Desfaço das peles, das fotos, dos sonhos. Só consigo ser, sendo crua me refaço outra vez, só preciso esperar o tempo e...

sábado, 17 de agosto de 2013

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Minhas pequenas ações

Cobri todas as horas com todas as coisas possíveis que aliviasse de alguma maneira esse buraco gigante fazendo cratera dentro do peito. Fiz todos os deveres de casa e deixei a casa de cabeça pro ar revirando fumaça e guimbas de cigarro. Comi o menos possível e me entorpeci de chá verde chá mate chá preto e folha de guaraná. Guardei o choro e escorreguei na rua correndo dos carros que mesmo distantes pareciam me atropelar no susto de uma esquina engarrafada. Li e reli artigos teses livros e receitas de cotidianos mais leves de uma vida mais densa pesando cansaço nos olhos e saudade no coração. Lavei o rosto adquirido de insônias madrugada adentro tentando não lembrar do vazo oco esquecido na prateleira dos achados e perdidos na estante da minha alma. Dormi pouco e doeu demais.

Sendo

Nesse momento a única coisa que consigo ser é oca.

domingo, 11 de agosto de 2013

As Horas

Não sei dizer sobre as coisas que ficam. Não sei dizer sobre muitas coisas. Hoje acho que senti falta da família, desses almoços conturbados de domingo, dos meninos correndo, meu pai bebendo cachaça e meu irmão zuando o caçula. Senti saudade de casa, de colo, de carinho. Acho que ta passando da hora de ter uma família por aqui. A primeira que tentei construir não deu certo, os ratos não deixaram. A segunda era confusa em excesso e eu...ah, menina demais! A terceira ficou pelas bandas do Rio, e de lá fica a brisa e uma certa saudade no coração. E agora? Agora uma dorzinha no peito e uma decepção na garganta, mas nada que não tenha cura, eu acho! As coisas costumam me doer sem querer, eu sempre lembro da Nicole Kidman fazendo a Virginia Woolf, naquela parte que ela foge de casa e o marido vai atrás, ela diz o seguinte:

- Se estivesse pensando direito te diria que luto sozinha, no escuro, na escuridão, e só eu posso saber, somente eu posso entender a minha condição. Você me diz que vive com uma ameaça. Você vive com a ameaça da minha extinção. Leonard, eu também convivo com isso. É o meu direito. É o direito de qualquer ser humano. Eu não escolhi a insensibilidade sufocante dos subúrbios, mas sim a energia da capital, essa é a minha escolha!Mesmo o pior, sim, mesmo o mais baixo dos pacientes, deve poder dizer qualquer coisa sobre o assunto do seu próprio tratamento.Assim ele define sua humanidade.

Meu pedaço de dor. Minha condição. Minha humanidade! Acho que as coisas se resumem nesse ponto, é assim que defino minha humanidade. As escolhas que fiz nasceram da necessidade de me sentir viva. De me sentir humana. Talvez não seja uma escolha, mas a condição de ser.

sábado, 10 de agosto de 2013

Uma apaixonada mendigando em xiliques seu amor

Xiliquenta mendiga
Mendiga de amor
Xilique nascendo de dentro
Tentativa absurda de estabelecer o carinho mendigando respeito
Respeito é bom e eu gosto
Cada um da aquilo que tem
Amor transborda de graça
Mendigo brilha de tanta alma e de tanto amor
Xilique é hysteria revestida  de dor
Psicologia barata e bondade de aparência me cansam
Prefiro os gritos e os desesperos apaixonados
As intensidades me consomem
O amor é meu guia
Amo e mendigo meus xiliques desejosos de respeito carinho cuidado e amor

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Sem título

Os muros terminam onde começa o desejo pela travessia.

Vermelho

Me fiz mulher na manhã nascente de um poema. Sem saber os versos compus rimas falsas e quartetos dissonantes. De tanto vermelho meu poema borrou o batom. Uma boca mal feita e um ombro pesado arrastando romances...novelas. ..mulheres.  As mulheres são mais vermelhas que o próprio vermelho da cor. Meus poemas são mulheres sem rima sem verso sem som....silenciosas em suas inconstâncias. Solitárias... sobretudo solitárias. O piano toca ao fundo e a menina insiste em devaneios insalubres - por onde anda aquele futuro (?!) - ela voa.

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Pelo instante

Foi lá atrás,  quando ainda era esperança esse aperto de medo no meu peito. Lá onde as utopias ainda não haviam sido corrompidas pelo desejo universal do sucesso. Foi ali,  naquele instante,  nasci! O céu era mais azul e a família, pedaços de segurança na estrada. Morri logo depois,  na mentira da mãe e na falta do pai. Morri de longe,  me olhando de olhos fechados,  esperando a vida no desejo de ser. Distraida comecei a ser,  morrendo e nascendo não largava a alma, o amor pelo sangue correndo quente naquele corpo meio meu. Meu céu, que já não era mais azul, encontrou outros instantes,  apagou resquícios e armazenou lembranças.  Enlouqueci de amor, me afundei em ruas e becos,  gozei tanto que perdi os braços,  as pernas,  o balanço. Hoje, sem saber,  sigo errando,  mas comi a maçã e guardei o caroço no bolso esquerdo e o cigarro na outra mão.