To cheia de saudade...
terça-feira, 29 de março de 2016
terça-feira, 15 de março de 2016
O dia mais feliz da minha vida
segunda-feira, 14 de março de 2016
domingo, 13 de março de 2016
Um filme
Dessa leveza que pesa feito chumbo. De um lado um furacão de tanta liberdade e caminhos possíveis. Do outro, ahhhhhh do outro um vazio. Um medo absoluto. No meio a mistura é confusa, me perco, me perdi. Sinto saudade do que não vivemos. Sinto saudade do que eu não fui. Sinto falta de tudo que não foi dito, tudo que não foi feito, tudo que não cumprimos. De novo a mesma fissura no osso. O mesmo buraco. Um saco de lixo podre no canto direito do quarto, embaixo da cama, escondido. Oito meses apodrecendo enquanto eu dormia, não vi nada, sequer senti o cheiro. A culpa são de todos esses cigarros intermináveis. Meu pulmão dói. Retornamos na mesma cena, eu deitada no chão com um soco e uma faca. Você em pé, chorando o fato de não poder fazer nada.... Impotente, ferida, falsa. A lama continua escorrendo, entupindo as varizes e o ar.
sábado, 12 de março de 2016
Dói tudo, até o dente!
Sabe um soco? Um soco no plexo solar. Bem dado, de direita, aí você cai. Logo depois alguém vem e te dá um chute, na boca do estômago. Você nem levanta mais, fica ali....quieta. Sentindo aquele cheiro pobre saindo da calçada. Lembrei do início de ninfomaníaca, do Lars Von Trie, e depois aquele rock ensurdecedor. Lembrei do Van Gogh quando ele corta a orelha depois que Gauguin vai embora, e da crise da Camille Claudel, quando ela destrói todas as suas esculturas depois do abandono de Rodin. Abandono é uma palavra que nos pega de surpresa, e ela crava lá dentro do peito uma estaca. Dói a carne, o osso, dói é o corpo todo. Dói tudo! Rasga dentro da gente uma porrada de certezas e aí vem aquela sensação de abismo, de perda, de solidão. E é meus eternos 15 anos. Minha esperança tola na humanidade. Tenho até vergonha de dizer o que tem acontecido por aqui nesse país, nessa nação, nessa memória coletiva encrustada de café com leite. Meu mundinho medíocre me pede pra não continuar, mas desistir é mais difícil, é cruel com as batalhas. O que a gente faz depois que é feliz? Preciso reler Água Viva da Clarice e depois voltar a assistir Piaf, um hino ao amor. Que amor? Amor é só utopia, e barbárie é a desesperança estampada no fundo da cara. Cansei de mentiras, cansei de ser enganada, cansei de ser abandonada, cansei de acreditar, cansei de esperar, cansei de sentir esse tanto. Cansei. E agora Caio? Onde é que eu encontro o fim do ciclo seco? Meu desespero precisa ser discreto, soletrado em uma pequena esquina.... Aiaiaiaiaiaaiaaaaa Ana, você devia existir ainda, pra gente tomar um café e falar mal da vida. Dói tudo, até o dente.
sexta-feira, 11 de março de 2016
Desabafei quilos
Leia ao som de "Vaca Profana", do Caetano.
Começo sem saber ao menos como recomeçar. A cabeça vira de ponta, e aquele vazio... imenso! Corroendo as paredes de ar. Falta-me ar. Tem vez que respiro, outras não, fico em silêncio esperando o momento do ar retornar a garganta. É um alívio delicado seu retorno, leve, fresco, como se todas as coisas começassem a fazer sentindo. Desabafei quilos e respirei quilos. Ai eu penso que amar é deixar ir, é deixar ser, é deixar viver mais do que somente algo fechado no seu colo. Uma vontade súbita de te escrever, mesmo depois daquele desabamento desesperado. Eu me perco tão fácil. Pra onde foram nossos planos? Acho que foi aí que entendi que planos são somente planos. Depois dos planos é que vem o amor, o amor que dura pra sempre... Eu acho! É claro que se sou eu que estou escrevendo "EU ACHO".... eu acho. Achar o que? Onde? Uma fantasia imbecil de que as coisas valem mais depois que acabam. Queria conseguir ser menos, sentir menos, berrar menos, explodir menos, gritar menos, amar menos, dar menos, comer menos, fumar menos, beber menos, desejar menos, pirar menos, falar menos, pensar menos, sonhar menos, esperar menos.
Tudo em mim transborda excessos.