Perdi uns pedaços na estrada, depois eu perdi uns caminhos. As vezes o chão quente, o sol no alto da cabeça ou até mesmo aquele silêncio de caminho deserto, me faz lembrar a solidão necessária da vida. Meus pés escorregam diante de certezas, minha liberdade densa, meus olhos chamuscados de incompletude. Ainda carrego desejo, aquele bobo, forte e intenso desejo de seguir, apesar de. Hoje desistir é matar suas vidas, e isso não me cabe mais. Talvez minha filha saiba desde cedo o medo que sinto da existência, das pessoas, dos amigos que não ficam e mesmo assim permanecem. É preciso coragem, filha. Muita coragem e muita força de vontade pra sustentar a injustiça do mundo. Fé e força, Aurora.
Meu peito amanheceu apertado, cheio de dor e dúvida.
quinta-feira, 17 de agosto de 2017
Incertezas do amanhecer
quarta-feira, 9 de agosto de 2017
Conversas de Zap
Ahhhhhhhh Byrim, as vezes feliz, as vezes triste. Tem horas q fico morrendo de medo, preocupada com uma porrada de coisa. Meu corpo mudando muito rápido, a barriga crescendo, a cabeça distraída, os sentimentos se confundem..... As vezes choro muito e fico pensando como será essa vida que não conheço, as vezes fico feliz pelo simples fato de escutar o coraçãozinho dela, é uma loucura é uma onda é tudo junto.
segunda-feira, 7 de agosto de 2017
Aurora
Essa é a primeira postagem:
domingo, 6 de agosto de 2017
15 semanas
Suspenderam meus pés. Me tiraram o chão. Os hormônios, falam deles, como se tudo se resumisse a uma culpa absurda do corpo que entristece. O problema é não saber mais quem eu sou. Minha paralisia muda tudo, as coisas ruins não importam, as boas também. Só existe sobre minha cabeça uma suspensão, um buraco negro, um silêncio ... Três pontos.