segunda-feira, 26 de setembro de 2022

Nota pós-terreiro

Ontem estive no terreiro, tenho ido na tentativa de me conectar de novo com minha ancestralidade. Hoje me sinto mais leve, uma etnógrafa de mim mesma. Meus processos me cabem, e me sinto feliz por ter reconhecido o abuso e trancado a porta, nunca mais! Não reproduzir os padrões que vi todas as mulheres da minha vida vivenciando... relacionamentos tóxicos, mulheres oprimidas, corpas desajustadas em seu pertencimento. Não permito que mais nenhum homem me faça de idiota, me coma as entranhas, abafe minha liberdade e meu desejo pela vida. Não permito mais que me fira o útero! Ja tem uns dias que tô sentindo esperança, vontade, um desejo de trabalhar, ler, criar e cuidar da minha filha. Agradeço! Do fim se faz recomeços. Da secura fiz adubo, composteira de experiências. Renasço, apesar de.