segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Um pouco de Bernardo Samuel Nina Jesus pra humanidade

Pra onde vão essas ideias transformadas em muros abstratos dentro da minha cabeça?  Esse abismo que entro quando sinto meus cacos estalando estalaquititis?
Meu osso quebrado.
Meus pés.
Minhas asas.
Meu Deus, faça-me mais  forte, por favor, faça-me!
Foi me fazendo que Deus descobriu o que eu era. Esse Deus vez ou outra reaparece e transporta meus pequenos becos para grandes estradas flutuantes. Reduzo a forma de sentir e sentindo menos eu me quebro.Talvez só sentindo menos é que eu chegue a sentir. Deus me fez inteira e depois me destruiu.Me disseram posteriormente que aquilo ela a Grande Graça. Mansa como eu era, recolhi meu rabo e tranquei os dentes. Passaram-se alguns instantes e eu descobri que meus dentes me doíam cerrados, abri a boca e então eu vi! Eu vi meu corpo se restabelecendo com todos os ossos quebrados, eu vi meu corpo que sentia além de mim. Arrefeci a poesia e acendi os faróis da razão, eu estava falida e completamente fracassada. Não sendo eu era. Então eu descobri que Deus havia quebrado meus ossos. Me tornei devota de mim nesse dia.

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

E depois de agora me resta....

De repente as pessoas não fazem mais parte da nossa vida. O tempo passa e as coisas mudam, o que fica é aquele rabisco na fotografia, uma parte nossa que não cessa nunca. Pedaços nossos colados com o tempo... E o antes vai ser sempre melhor que esse agora e amanhã será esse hoje a mais linda maravilha que a memória escolheu. Vai ser sempre assim. Sempre. Sobrevivem os dos rastros daquilo que nunca fomos. E só não sendo é que fomos de verdade.

Meu Deus, a vida me atormenta pelo medo do passado de amanhã.

sábado, 7 de dezembro de 2013

Para Sidney

Obrigada por compartilhar comigo a vida e essa coisa que ansa tão escassa. ...humildade e respeito. Que a vida me faça te encontrar infinitamente mais e mais e mais e mais e mais. ...

Teatro

Eu odeio teatro.  Sabe? !teatro. ...Esse teatro feito eatre eles e para eles.  Eu odeio essas pessoas.  Eu odeio o estrelismo o ego a mentira tosca e descarada.  Só acredito em mentiras sinceras cazuza. ... só isso! !!!!

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Querida Frida...

Tiros além mar.
Frivolidades da vida.
Conta bancária no limite menos que zero.
Maços vazios.
Cinzeiros apagados.
Tarefas por fazer... e eu aqui, curtindo minha vodka com gelo feito pela Holiday e coraçõezinhos voadores estourados por um 38 barato démodé retrô.
Me sinto como os pés da Frida.... fracos e cheios de esperança!!!!

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Sem título algum

Um furão chega e de repente a gente se depara com a desistência de seguir tentando.  Dói tão profundamente que um soco atravessa os órgãos e desestabiliza o sistema nervoso. Um cansaço absurdo da vida, das tentativas inúteis de doação,  fidelidade e entrega. Quem diria, a mão pesada e forte pedindo colo... o coração suspenso pedindo um mínimo de compreensão.... as pernas gritando mais espaços e sinceridades dos caminhos.

Eu só desejei um furacão amigo.  Daqueles que mesmo com a pior das tempestades não desiste do centro, que tinha até então como meta única e exclusiva, cuidar das pontas e beiradas perdidas na multidão.

Esgotada a pontas dos meua cabelos choram inundadas de medo solidão e injustiça.  A guerra revela as armas e os soldados suas identidades sensíveis de quem perdeu a luta.

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Egoísmo

Definitivamente não sabemos lidar com desavenças.  É dez mil vezes mais fácil quando nos convém. 

Sempre tive  problemas com sinceridades....por  confundi-las com crueldades.  De repente sempre me pego na penumbra humana de ser!  Quando se é o mais grosso da lama acomoda-se por dentro, tudo vaga sem  explicações. Somos até o ponto final de sentir na pele a dor da alma. Quando se trata de envolver outros seres vivos pensantes e sentimentais somos nada mais nada menos que grandes egoístas ambulantes e fraudulentos.  Somos  essencialmentes podres por natureza, porque somos sim e não.  Somos o não ser de qualquer coisa além do nosso alcance.
Sim eu quero!
Sim,  eu não desejo.
Não,  eu não esqueci.
Sim,  eu desisto.
Não, eu não me lembro!
Sim,  eu entendo!
Não,  eu não entendo! !!!!!!

Contraditoriamente egoístas e humanos.
Contraditoriamente mesquinhos e parciais.
Contraditoriamente me dói, mas eu não consigo condena-los a forca... Porque ser ultrapassa qualquer tentativa de não-egoísmo-imparcial.  Ser simplesmente é,  e sendo tornamo-nos aquilo que não se é sendo.
  Meu Deus, de tanto amor eu fiquei sozinha na minha imparcialidade.
E agora?
Me recolho ao meu extremo egoísmo de sentir por além.  Além de, continuo!

domingo, 10 de novembro de 2013

Drogas ou doadores ou paliativos ou ilusões.....

Não, eu não uso droga.
Sim, eu uso drogas.
Não, eu não minto.
Sim, eu falo a verdade.
Não, eu não aguento essa vida.
Sim, eu suporto as pessoas.
Não, eu odeio esse mundo e essas estrelas falsas "artistas".
Sim, eu me amo e sei amar os outros.
Não, eu não amo nada além de seres humanos.
Sim, eu queria ter família.
Não, eu não suporto me sentir amando e doer tanto pela dor do outro.
Sim, eu suporto essa coisa de generosidade aleia.
Não, eu não consigo.
Sim, eu queria ser Joana D'arc ou Madre Teresa
Não, eu queria a casa dos espíritos.
Sim, eu penso que nada mais adinta.
Não, eu quero conseguir.
Sim, eu vou conseguir,
Não, eu vou ficar em silêncio.
Sim, eu digo sim mesmo meu peito doendo dessa porrada de não.

Diversões eletrônicas curtindo a longo prazo nossos dragões voadores

Tranquei as janelas e não adiantou, os tubarões vieram e absolutamente nada mais me faz perder aqueles dentes enormes na jugular esbanjando sangue. Tanta autenticidade pra nada, tanta sinceridade pra nada, tanta força pra absolutamente nada. Não se é pequenos peixinhos durante oito horas por dia e depois um tubarão enorme nas últimas seis horas da noite. Eu não consigo!Não consigo trabalhar entre diplomas e descritores de navegação, meu sangue afina e a noite não durmo pelos pesadelos acadêmicos.
Eu só queria morrer em mim, eu só queria viver podendo ser eu. Eu só queria ser eu, um mínimo de sinceridade!Se é divertido, faça!!!!!!!Se mexe com o tesão e a vontade de gritar, seja!!!!!!!!Sé é por amor, goze!Se é pra diminuir o domingo longo, beba!

Se eu amo?
Eu só sei acordar se for por amor.
Dizer se for por amor.
Fazer se for por amor.

Então me diga, o que é amor?
É essa coisa que faz com que o corpo não se importe com a podridão do mundo, porque ele pode fazer vários pequenos mundos ilusórios e cheios de um prazer, ás vezes doloroso, às vezes prazeroso, mas uma
forte fonte potente de ação. Uma vida que é aquela, e não outra, nada mais, só aquela, aquela vida, aquele esforço, aquele individuo ou aqueles, uma única vontade e um único acontecimento. Isso é amor!



OÁSIS

Descobri a maior maravilha do mundo
Vodka com energético!
Pronto! agora não existe mais tristeza, só xixi e cigarros.
VIVA A INDÚSTRIA CAPITALISTA ARREFECENDO NOSSAS DORES, SOLIDÃO E ÓCIO!

sábado, 2 de novembro de 2013

Mae

Minha mãe acha que eu sou a pessoa mais gorda mais feia e mais fracassada do mundo. Com a falsa imagem de gentileza da mulher bem resolvida e bem sucedida ela não se importa comigo,  ela nao pergunta,  ela não quer saber, ela não liga.... ela me sufoca. Me sufoca com sua pose mentirosa de boa mãe, com seu narcisismo excessivo,  suas plásticas mal feitas,  seu bom ar escondendo o cheiro de bosta podre que sai do banheiro.   Durante um tempo eu carreguei uma magoa imensa dela,  mas hoje acho que talvez ela tenha seus motivos e eu não posso atravessa-los com julgamentos raivosos e doloridos. Estou cansada disso tudo. Fraca.  Dolorida. É insuperável essa. ....

sábado, 19 de outubro de 2013

Entre amores

Todo amor é recíproco, porque cria-se entre um e outro e nunca sozinho. Na solidão se ama o amor e na falta a invenção do objeto desejado. O amor acontece entre, um tipo de alma recriada. Mesmo que o entre esteja terminado o amor permanece. Ele nao pertence aos indivíduos, mas a uma espécie de simulacro invisível construído no tempo. A morte é uma passagem do amor e ele continua para além de uma racionalidade da presença e do presente,  ele perdura-se em si. Quando fala-se de amor exila-se o tempo, ele torna-se permanente a partir do momento que acontece,  enquanto existir memória ele nao perde a vida e em cada lembrança ele reaparece no universo feito a sombra de um eremita unipresente. A dor do amor é eterna até o momento de persistência da sensação única de uma lembrança.  Por isso não deve se temer o amor, ele é a criação mais intensa de um encontro e aos encontros deve-se a continuidade da vida e insistência de prosseguir adiante.  Prosseguir pra que se crie,  o máximo de vezes possível, o amor. A isso eu devo minhas manhãs,  minhas utopias,  meus sonhos e minha fé:

-  Uma esperança diária de amor. Objetos,  coisas e pessoas que me permitam reviver, criar e recriar o entre. Entre amores eu perduro, continuo,  morro e recomeço outra vez,  administrando lembranças e organizando as gavetas da memória.

domingo, 13 de outubro de 2013

terça-feira, 8 de outubro de 2013

Ensaio de número cinco

A tristeza é para os fortes.

Eu tenho um mendigo. Um conhaque e um cigarro.

Intensa?

Não.

Um fracasso.!

Memória

Aquele pulo.
Um pulo.
Um colo no pulo.
Macaco.
Aquele soco.
Um soco.
Suei.
Doeu.
Um pulo.
Um colo.
Um colo e um pulo.
Ta alagado.
Tudo veio na minha cabeça como instantes.
Me carrega? Ta alagado.
Um pulo.
Doeu.
Aquele pulo no colo as pernas entrelaçadas na cintura.
Era eu.
Nao era.
Um soco no amor.
Vontade de sumir.
Desistir.
Eu sou fraca pra gracinhas inconsequentes.
Eu sou um pó esperando abrigo.
Fiquei sem ar
Me salva?
Fiquei sem chão
Me socorre?
Esqueci de lembrar da gente
Flor,  vê se volta e ensina pra ela como é que se ama?
Me esqueci.
Você não sabe cuidar.
Eu também não sei.
Te traí.
Te traí.
Te traí.
Acorda.
Fui embora e você nem percebeu.
Não me aguento.
Nao suporto.
To pensando em ultrapassar limites.  Ir pra de baixo do asfalto.
Lembranças.
Uma morte.
Uma chuva.
Um medo.
Um cadáver.
Aquilo me doeu.  E ainda me dói.

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Inferno

Meu Deus, é assustador o mundo. É assustadora a capacidade humana de injustiça e crueldade. Eu sempre fui dramática demais e toda vez que acordo não tenho a mínima vontade de ser feliz e sair da cama. Foda-se! Não me peçam pra ser alegre e bem humorada no meio dessa merda toda. Todos os dias um choque de paralisia me atinge e não tenho ideia de onde começar a faxina. Em mim? Aqui dentro? La fora? Na minha bosta que fede pela incapacidade de rasgar essa porra dessa raiva e desse ódio que me come? Eu não faço absolutamente nada e continuo aqui mantendo um blog auto-ajuda-coitada-de-mim pra ver se alivia alguma coisa, é mais fácil, sempre foi, mesmo não adiantando porra nenhuma!Não acredito na política, não acredito em justiça, não acredito na polícia, nos comandantes, nos juízes, nos pais de família... eu quase desacredito no ser humano. Fico feliz pela existência de determinadas pessoas e são elas que dão algum sentido pra essa podridão infinita fedendo a carne vencida dentro das igrejas, dos ministérios, das delegacias e aqueles lugares de vidro blindado, carros gigantes, homens de terno e mulheres de salto alto. Eu tenho noje do poder. Eu repudio os ricos e principalmente os ditos "artistas" atuais. Tenho pânico desse mundo, da mídia, das grandes indústrias, do tráfico de crianças, das famílias esmagadas pelo sistema, da homofobia, da violência, do consumo, da desigualdade, da guerra na Síria, dos EUA, desse meu umbigo que fede bunda e ratos mortos de solidão. Sinto asco desse mercado e principalmente do dinheiro que engole cada gota humana tentando respirar na lama escorrendo dos shopping, das fábricas, das escolas. Não sei o que fazer. Não sei o que fazer. Não sei o que fazer. O mundo me dói o osso e eu compro salompas pra aliviar a dor, isso é um inferno e eu to dando comida pro diabo. 

domingo, 6 de outubro de 2013

Quase sempre melodramática

La dentro,  vez em quando,  vem aquela coisa que na maioria das vezes a gente não sabe dar nome. É só uma coisa. Um objeto que mexe e dói. Nem sempre parece um objeto,  tem vez que é só um sopro bem silencioso e apertado. Quase falta ar. Quase acaba. Quase machuca. Esse "quase" é bem relativo também,  por ser "quase" muitas vezes é que ja foi,  sem volta,  sem retorno. Ja foi. Ja fui mais acreditada na labuta do dia-a-dia,  ja dei mais fé às horas que começam, às manhas que se iniciam.  Balela.  Balela barata. Quase sempre é uma porra de um soco bem dado. Uma faca melodramática cortando a garganta. Quase. To pensando em quase desistir,  em quase ser outra coisa,  em quase apontar pra cima e perder a terra aqui em baixo. Quase sempre nunca mais eu me apaixono outra vez. E que tudo retorne ao seu devido lugar.

Um cigarro por favor?

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Para Samuel ... um amor

Só você entenderia o que eu to vivendo agora. Tá doendo. O mundo ta me doendo.  To com nojo do mundo,  das pessoas,  da sociedade,  da política,  da cultura.  To com nojo da existência.  Das experiências humanas pautadas nessa falsidade do Facebook e do bom humor.  Cansei.  Samuca eu queria te ligar agora e te implorar uma esperança.  Um pouco de oxigênio pra infernida da vida.  Eu te amo.  Esse amor é um pouco do fôlego que me resta. Saudade. ..

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

...

Tem dias que ser a gente aperta.

Segredo

Queria ter te pedido colo... Pra chorar um pouco e dizer que a vida aqui ta um caos e eu não to sabendo organizar as gavetas.

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Meu bem meu mal (mau tal qual)

Feito gato no cio esperando arrego.
Cheiro de mato e floresta queimada.
Cheiro de pó.
Uma noite inteira.
Esperando o tempo.
Editando as certezas.
Voltando a cegueira (longe de ser Saramago).
Paixão.  (Gh)
Tesao.  (Candida)
Rio.  (Flor)
Meu tempo minha espera minha cachaça meu sono meu cigarro minha insônia meu amor minha vontade minha uva doce uva.
Não sei.
Recorro ao museu intrínseco da memória. ... espero!

Surda ansiedade

De repente uma vontade imensa de pegar um ônibus e sumir daqui. Tentando manter a sanidade entre larvas e fantasmas, isso mata. Insônia é pior que pesadelo, às três da madrugada na rede. Às 7h saindo de casa. Duas da manha retornando pro meu buraco. Alienação é o pior veneno. Tenho pensando em tantas coisas e não tô sabendo qual parte é real e qual delas é um fruto podre dessa minha cabeça de merda. Minha mão transpira litros de água, minha boca cortada, minha vagina seca, meu peito que não para. Um dia o mundo desaba na minha cabeça e eu me afundo nas casinhas de larvas gigantes que fiquei construindo sozinha. Angustia em primeiro grau, afetação de sudorese múltipla, afetividade minguando feito sorvete no asfalto, decepção, coceiras, alucinações, insegurança e sobretudo carência. Carências causando tonteiras e masturbações solitárias. Meu corpo morreu e eu não sei mais o que fazer com ele.

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

sábado, 14 de setembro de 2013

domingo, 8 de setembro de 2013

Constatação

1 - o amor morre quando um pedido é só um pedido e a gente não se importa mais com ele
2 - a mentira mata
3 - as tentativas são inúteis
4 - a confiança amarra a desconfiança faz nó
5 - insônia enlouquece
6 - imprevistos aumentam a vontade
7 - cuidado não se explica
8 - amor demais machuca
9 - amor de menos também
10 - é preciso coragem

Uma dor

...parece um buraco e dentro do buraco tem umas facas que vão arrebentando os canos ai os canos soltam água e vão inundando o buraco o buraco fica sufocado de tanta água ele vai ficando mais fundo que não da mais pra saber onde ele acaba então começam a nascer aqueles seres que gostam de muita água e muito buraco eles comem ainda mais a parede do buraco e dói quando eles comem e afunda mais quando eles comem e eles continuam comendo e o buraco continua crescendo e nunca vai acabar e a dor mora no fim do buraco mais a gente não encontra aquele fim. 

Minha mão dói

Agora eu vou pra onde? Os trens não funcionam mais, as rodoviárias estão fechadas, o ônibus parou às 22h. Meus amigos estão com seus amigos, minha família com a sua família, meu amor com seu amor. Eu fico aqui, sempre fiquei e talvez eu goste disso, não da pra saber. Qual o caminho da história? onde começa? onde termina? quem é o primeiro da fila? Pode desistir? Como é que faz? Alguém me segura? Me da um abraço? Um carinho antes de dormir? me segura por horas e depois me aperta e me coloca no colo e me enche de beijos e aperta meu braço acaricia meus cabelos passa a mão nas minhas costas faz massagem nos meus pés beija minha barriga faz carinho na minha orelha aperta minha bochecha minha mão meus dedos segura firme e vê se não solta porque eu to indo embora e não queria mas minha cabeça maluca não me deixa querer menos que um sol brilhando la em cima e um calor na cama de abraços infinitos por noites infinitas sem pressa sem cobrança sem choro sem espaço pra solidão só sorvetes e doces e risos atrás de outros risos eu to enlouquecendo de boca  fechada e minha cabeça ainda vai explodir de tanta merda espalhada pelo quarto e eu querendo aquilo que nunca tive uma família um amor um beijo longo e um abraço perfeito que morreu na primeira mentira e depois de tudo parece que vivo em um eterno funeral esperando aquele vulcão quente cobrindo tudo de cinza e começando outra vez nesse desespero eterno e nessa maldita solidão de todos os domingos que não acabam bem eu to tão cansada tão cansada tão cansada que eu só queria sumir. 

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Lógico que não! Dá pra tentar?

Estou indo embora, me dá um cigarro? Preciso de sono e um pouco de café. Alivia pra mim? Já deu! corte os cabelos e depois corra um pouco! Da pra ver que engordei? Talvez seja mais fácil quando a gente finge que esqueceu. Dá pra parar com essa música, por favor? Foda-se você e essa sua infeliz paranoia constante! Esqueci de comprar a coca-cola, e agora? Depois a gente conversa, vamos ser feliz. Eu não consigo ficar calma, entende? Meus pés doem! Vê se muda esse jeito menina, abre um sorriso. Eu queria que você tivesse mais cuidado comigo, podemos conversar? Não quero saber, ou vai ou racha. Você viu minhas tentativas? Perdi meus óculos. Você viu que eu tava tentando? Esqueci o que cê disse. Você percebeu o tanto que eu tentei? Não enche meu saco. Você pode dizer pra ela que precisamos conversar? Machuca. Eu to ficando com ela? Gentileza gera gentileza. Me da um abraço? Eu não dou mais conta de tentar sozinha. Volta pra mim? Engordei 6kg só esse ano. Então me responde, cê é feliz? Não sei...

Calma Baby!

Quanto tempo? era domingo e nem dava pra ver. Era flor. Era dois a dois e logo depois cinco. Era sol, era rio, era lá. Tem dor que a gente não esquece, não esquece nunca. Numa vida inteira correram milhões, e eu aqui. "Eu me recuso". Meu coração ta com falta de ar, respira abafado, o corpo não aguenta. Pra onde foram? eles estão ai! Preciso voltar a ler Kundera, morrer de Clarice. Minha casa cheia de coisas e os anos fora dela. 10. Hoje 26. Era primavera e os setembros comemorando anos. O que eu fiz? Enlouqueci! Só desejei a história mais linda do mundo. A mais linda não existe, existem todas elas e nós. Eu. Tenho medo, o corpo não aguenta. A trilogia do Matrix em um dia só. Eu fui traída mil vezes e continuo bebendo chá antes de dormir e morrendo de medo de engordar todas as manhãs e esquecer que a coisa mais importante do mundo é o amor. Não da pra saber. Pode ser que a coisa toda seja uma enorme mentira e na verdade nossos corações não esquecem e nunca mais vão esquecer. Um bilhão de sinceridades. Meu pulmão podre de cigarro. Todas as madrugadas que não dormi. Toda vodka encrustada na garganta pedindo arrego. Meus suspiros. Minha vontade de ter esperança. Os fracos desabam mais rápido e na maioria das vezes ficam por lá, viciados e mal ditos. Malditos bêbados que amaram demais e perderam as esperanças! Pobre de mim! Foda-se! Ninguém sabe onde dói. Ninguém sabe. Janis Joplin cantando pra mim"Summer time"... A vida é fácil! Um porre aqui, um sono, uma fivela, um ponto, uma saudade, uma trepada boa, uma flor, uma cuspida, outro porre e milhões de cigarros. Calma Baby, calma! Os dias ainda não terminaram, o-tempo-urge!!!!!!!Não chore! Não chore! Não chore! 

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Sem título

Fiz um chá. Acendi um incenso. Coloquei a vela pra queimar, aguei as samambaias, a guiné, a árvore da felicidade, aquela que não sei o nome, a espada de São Jorge, o manjericão e a arruda, todas lindas brotando vida. Tem um grilo na minha sala. Dizem por ai que esse bicho significa felicidade. Eu nem sei se eu tô feliz, mas acho que a gente nunca sabe, é uma coisa que passa pelo corpo vez ou outra, depois escorrega e vai embora. Comprei uma rede e morar sozinha tem sido a paz necessária depois de dias corridos e conturbados. Eu acredito no amor. Desejo só amor hoje e o céu da minha rede brilha. Não espero mais muita coisa, vivo como quem adormece e goza. Minha cabeça desequilibrada, meus ataques de ansiedade e meu medo do futuro estão guardados dentro do baú do meio, tem dias que o grilo canta la dentro, abro e deixo a dor tomar respiro... um dia como hoje. Pensei em dormir na rede, ouvindo Wagner e vendo aqueles pontos de história no céu. A felicidade é um suspiro que exige fôlego. Não acredito em gente feliz pra sempre, bom humor diário e alegrias que não acabam. É preciso se acostumar à dor. Meus pés perderam a agonia de quem espera, em troca ganhei uma terra fofa onde acomodo os calos e a fé. Meu amor agarrado em mim. Meu suspiro. Preciso criar.  

domingo, 25 de agosto de 2013

Eles e elas

Não gosto de pessoa-imagem.
Não gosto de gente feliz.
Não gosto de quem faz pra agradar o outro.
Não gosto.
Tenho medo.
Prefiro partir.

Completemente foli.....escrevo como falo!

Eu to completamente louca! To enlouquecendo aos poucos. ...

E agora?!

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Revisão de literatura

A fonte primária é a cachaça.  A secundária é o vício.

Não morrer de fome por amor.


Amar a Árvore.



Enviar o que se deseja.


Sem medo.

Todo amor que houver nessa vida.  E na outra também.

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Machuca

O tempo....
O tempo passa e algumas coisas ficam, elas ficam dentro de uma caixa que às vezes fecha, tem dia que não. Tudo uma bagunça, todas as lembranças, todas as mentiras. Ai você descobre que tava tudo tão claro e seu corpo dizendo onde e quando. Depois você desaba!Depois de tudo desaparece as tentativas e aquela esperança que segurava um pedaço do que restava. Você reve o tempo, os dias e mais uma vez um acumulo de mentiras. Minha mãe mentia muito e eu detestava aquilo, porque eu sabia! Da pra ver, em uma parte do olho, um brilho que muda, um corpo que cai. Meu corpo acaba de ser assassinado. Meu amor, essa coisa de corpo e carinho vale tanto! Por que? Fiz papel de boba durante anos, só mudou o título da peça. Sou especialista em dissabores e desamores. Uma coisa sagrada é o amor! Eu acredito! eu acredito! Eu acredito! Acredito e espero... espero o luto, espero a dor, espero o tempo. Depois eu vivo tudo outra vez, errando aqui e ali, mas com aquela utopia ridícula "Um dia deve ser que dure pra sempre". Um dia... 

Tem as contas, os estudos, o peso, os remédios, a faca, a mesa, os bilhetes, a cama, o dia do ensaio e aquela coisa, aquela coisa que fica dentro do peito esperando um lugar seguro pra descansar da correria de quem desmorona o amor. Minhas ruínas estão escondidas dentro de mim. Hoje eu fiz um chá e chorei deitada na cozinha, rezei enquanto chorava e pedi força pra não ver o que Oxum gritava pra mim. Vejo e sinto, sinto e choro. Escorreguei. Cai. Esfolei os braços e a esclerodermia grita nos meus olhos. Medo. Vontade de voltar pra casa, com o rabo entre as pernas e dizer pra vida que eu não dei conta dela. Desmoronei. Pensei em me atirar pro outro mundo, se é que ele existe, Allan Kardec. Será que existe uma coisa que seja mais.... menos talvez. Desisti quando lembrei que ainda falta criar, criar tanto, criar pra fora essa pele rasgando aqui dentro. Meu Deus, é isso mesmo? esse fim cheio de mágoa e cheio de dor? é assim que os contos de fada terminam! 

Meu corpo secou, minha perna dói feito infecção urinária. Meus dentes podres de cigarro. Minha vida escondida dentro de outra vida. Meu desespero solitário chegando pertinho e dizendo "é, não foi dessa vez". Mas eu não vou desistir!Ouviu meu Deus? eu não vou desistir!!!!! Meu fracasso! Me acostumei aos silêncios escuros do vazio. Meu peito parece queimar pra dentro, dizendo pra alma expulsar esse corpo estranho. Morro outra vez. Desfaço das peles, das fotos, dos sonhos. Só consigo ser, sendo crua me refaço outra vez, só preciso esperar o tempo e...

sábado, 17 de agosto de 2013

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Minhas pequenas ações

Cobri todas as horas com todas as coisas possíveis que aliviasse de alguma maneira esse buraco gigante fazendo cratera dentro do peito. Fiz todos os deveres de casa e deixei a casa de cabeça pro ar revirando fumaça e guimbas de cigarro. Comi o menos possível e me entorpeci de chá verde chá mate chá preto e folha de guaraná. Guardei o choro e escorreguei na rua correndo dos carros que mesmo distantes pareciam me atropelar no susto de uma esquina engarrafada. Li e reli artigos teses livros e receitas de cotidianos mais leves de uma vida mais densa pesando cansaço nos olhos e saudade no coração. Lavei o rosto adquirido de insônias madrugada adentro tentando não lembrar do vazo oco esquecido na prateleira dos achados e perdidos na estante da minha alma. Dormi pouco e doeu demais.

Sendo

Nesse momento a única coisa que consigo ser é oca.

domingo, 11 de agosto de 2013

As Horas

Não sei dizer sobre as coisas que ficam. Não sei dizer sobre muitas coisas. Hoje acho que senti falta da família, desses almoços conturbados de domingo, dos meninos correndo, meu pai bebendo cachaça e meu irmão zuando o caçula. Senti saudade de casa, de colo, de carinho. Acho que ta passando da hora de ter uma família por aqui. A primeira que tentei construir não deu certo, os ratos não deixaram. A segunda era confusa em excesso e eu...ah, menina demais! A terceira ficou pelas bandas do Rio, e de lá fica a brisa e uma certa saudade no coração. E agora? Agora uma dorzinha no peito e uma decepção na garganta, mas nada que não tenha cura, eu acho! As coisas costumam me doer sem querer, eu sempre lembro da Nicole Kidman fazendo a Virginia Woolf, naquela parte que ela foge de casa e o marido vai atrás, ela diz o seguinte:

- Se estivesse pensando direito te diria que luto sozinha, no escuro, na escuridão, e só eu posso saber, somente eu posso entender a minha condição. Você me diz que vive com uma ameaça. Você vive com a ameaça da minha extinção. Leonard, eu também convivo com isso. É o meu direito. É o direito de qualquer ser humano. Eu não escolhi a insensibilidade sufocante dos subúrbios, mas sim a energia da capital, essa é a minha escolha!Mesmo o pior, sim, mesmo o mais baixo dos pacientes, deve poder dizer qualquer coisa sobre o assunto do seu próprio tratamento.Assim ele define sua humanidade.

Meu pedaço de dor. Minha condição. Minha humanidade! Acho que as coisas se resumem nesse ponto, é assim que defino minha humanidade. As escolhas que fiz nasceram da necessidade de me sentir viva. De me sentir humana. Talvez não seja uma escolha, mas a condição de ser.

sábado, 10 de agosto de 2013

Uma apaixonada mendigando em xiliques seu amor

Xiliquenta mendiga
Mendiga de amor
Xilique nascendo de dentro
Tentativa absurda de estabelecer o carinho mendigando respeito
Respeito é bom e eu gosto
Cada um da aquilo que tem
Amor transborda de graça
Mendigo brilha de tanta alma e de tanto amor
Xilique é hysteria revestida  de dor
Psicologia barata e bondade de aparência me cansam
Prefiro os gritos e os desesperos apaixonados
As intensidades me consomem
O amor é meu guia
Amo e mendigo meus xiliques desejosos de respeito carinho cuidado e amor

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Sem título

Os muros terminam onde começa o desejo pela travessia.

Vermelho

Me fiz mulher na manhã nascente de um poema. Sem saber os versos compus rimas falsas e quartetos dissonantes. De tanto vermelho meu poema borrou o batom. Uma boca mal feita e um ombro pesado arrastando romances...novelas. ..mulheres.  As mulheres são mais vermelhas que o próprio vermelho da cor. Meus poemas são mulheres sem rima sem verso sem som....silenciosas em suas inconstâncias. Solitárias... sobretudo solitárias. O piano toca ao fundo e a menina insiste em devaneios insalubres - por onde anda aquele futuro (?!) - ela voa.

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Pelo instante

Foi lá atrás,  quando ainda era esperança esse aperto de medo no meu peito. Lá onde as utopias ainda não haviam sido corrompidas pelo desejo universal do sucesso. Foi ali,  naquele instante,  nasci! O céu era mais azul e a família, pedaços de segurança na estrada. Morri logo depois,  na mentira da mãe e na falta do pai. Morri de longe,  me olhando de olhos fechados,  esperando a vida no desejo de ser. Distraida comecei a ser,  morrendo e nascendo não largava a alma, o amor pelo sangue correndo quente naquele corpo meio meu. Meu céu, que já não era mais azul, encontrou outros instantes,  apagou resquícios e armazenou lembranças.  Enlouqueci de amor, me afundei em ruas e becos,  gozei tanto que perdi os braços,  as pernas,  o balanço. Hoje, sem saber,  sigo errando,  mas comi a maçã e guardei o caroço no bolso esquerdo e o cigarro na outra mão.

domingo, 28 de julho de 2013

terça-feira, 2 de julho de 2013

Uma certa revolução

Tudo tem mudado por aqui.  Após bombas,  tiro de borracha,  muvuca,  um Brasil que desperta inesperadamente, adormeço.  Adormeço pelo medo do nacionalismo exacerbado,  uma sensação apertada de tristeza e um nó rompendo a garganta.  Pra onde vamos? O Estrela foi espancado até a morte,  o Dudrin morreu nas ruas,  o futuro é incerto,  a família não volta mais,  o teatro tem me escapado entre os dedos,  os estudos encontram-se em um estado lamentável, o caos nao cessa, a correria aumenta,  o custo de vida é absurdo,  as pessoas são absurdas, o preconceito é absurdo. Respiro e dói,  dói e respiro.  Paraliso.
Na esperança do que nao conheço acordo e refaço os dentes,  a casa, a cara,  a alma. 
Continuo. ...

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Pelas horas perdidas na cama

Desequilíbrios de roer o osso. Ando estampando cansaço nas pernas,na cara na alma nos cantos. Corpo arrastado,ardendo, doendo. Um amor absurdo pela delicadeza do não fazer nada, onde nada me espera, onde nada posso ser. Eis a vida!!!!! Empurrando pra fora o silêncio, deixando guardado o vazio,.comendo o tempo e pedindo pausa.

Um dia eu chego.

domingo, 2 de junho de 2013

Rio

Inveja.
Inveja de amor. Inveja branca de amor tranquilo e dado e feito e completo.
Sem saber.....

Lista para o psicanalista

Quero.
Preciso de um Cachorro.
Uma casa.
Alguém.
Quero.
Tenho tido insônias. Bebo quase todos os dias. Tenho me sentido exausta. Tenho pensado sinceramente em desistir.
Por onde anda a vida?
Volta!
Volta?
Tenho tido uma lista imensa de dificuldades: mal humor, dores de cabeça, irritação, falta de paciência,  concentração, vontades, preguiça, auto estima, desejo e tristeza....sobretudo tristeza.
Quero.
E agora?

domingo, 26 de maio de 2013

Ela

Peço.massagens na invenção de uma dor que não existe.
Peço.massagens.porque.desejo.pele e porque quero ser tocada.
Invenção?!
tenho sentido falta de me sentir querida...

Um certo desejo....

Eu desejo o desejo desconhecido de ser desejada....

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Entre mijos e mordidas

Para Daniel Dutra, meu irmão

Dói!!!! Meu dedão do pé direito ta doendo. Doendo bastante. Uma Pizza, mil cigarros, saudade, vontade, vida, essas coisas imbecis que dão sentido a vida. Dói também. Você faz parte de uma porrada delas. Mijo no travesseiro, pinto no ponto de  ônibus, paixão aguda, amor além da conta, irmão, maria, filmes, aniversários, sexo sem tesão, Beckett, Elis,.mãe, pai, histórias.... Em cada pedaço existe um pouco de você. Sempre existiu, aquele Tocinho escrotamente romântico que me encanta imensamente. Aquele irmão de alma reconhecendo fracassos e buscando mulheres perdidas mendigas sãs malucas sensatas mães.... Apesar de, mães!!!! Te amo por te ver em mim, pra sempre aqui, como os ratos que encontram seus bueiros e suas famílias em cada canto. Te amo porque posso ser e depois de ser, estar, sempre unicamente.por acreditar em almas que se reconhecem. Te reconheço, me emociono e te amo mais uma vez....

Meu dedão ainda dói!!!!!!

Um beijo Nat, um beijo.... Com todo amor que houver nessa vida


Para Natália F. Laurete

Querida menina, moça, mulher... todas essas coisas que estão ai dentro, e aqui também! Dizer o que da vida? Que ela gira e retorna pro lugar que a gente menos espera? Talvez. Existem feridas que marcam a alma profundamente, o amor é daquela coisa que cava fundo, dependendo da raiz ele nunca mais escapa. Dores de Frida, desespero de Claudel, solidões de Silva Plath e aquela poesia arranhada da Florbela, coisas do amor, de amor, por amor. O que fazer? A gente inventa!!! Inventa que é bom, que da, que pode, que consegue. A gente inventa possibilidade e acredita ferozmente em seu potencial futuro adornando nosso cotidiano. Amor é bicho do mato, morro alto, escada sem corrimão. Amor é criança chorando sem sentindo, coração doendo sem espaço, aperto apertado corrompendo a sanidade. Não te desejo flores, flores do mal, flores artificiais, flores do inferno. Te desejo luz, claridade, arranha céu, água, fogos de artificio e você. Te desejo você. Você inteira se pertencendo por completo, você rocha, você forte, você linda, você dada, você vendo. Vento. Vendo. Vento. Você amando o amor e não o objeto da pessoa amada. Você crescendo como as avencas de Caio Fernando, a despedida certa de Noites Brancas e Dócil. “Não adianta dormir que a dor não passa”.... Respire fundo, segure um amuleto na mão esquerda, tome uma boa xícara de café, depois fume um cigarro, abra as cortinas, e voe.... pra bem perto de você.

Um abraço em silêncio de uma alma reconhecendo outra.

D.  

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Um

O mundo é curto pra uma vida tão longa. A vida é estéril.... E dói.

Escuro

Existe alguma coisa em mim que me permite continuar, mesmo olhando a cidade e descobrindo esse silêncio amargo estampado nos olhos das pessoas, essa dor que não se explica em ninguém, muito menos em mim. O barulho dos carros é insuperável e a solidão só aumenta. Meu peito dói. Meus dias vencidos são vitórias acumuladas nas gavetas, nas paredes, na pele. Um aperto.constante. Ainda não sei o que me salva, talvez o teatro, talvez os textos, talvez a própria vida que não para. De onde vem a dor? Quem me chama? Qual o caminho?
Se eu pudesse parar, dormiria pra sempre...

O álcool alivia o cansaço da vida e o medo de acordar sempre sempre sempre e sempre. Escuro.

sábado, 11 de maio de 2013

quarta-feira, 8 de maio de 2013

terça-feira, 7 de maio de 2013

Pelo fim

Só me cabe um choro engasgado, como se metade de mim tivesse acabado de ruir. Perdi o chão, perdi o afago o afeto o amor. Me perdi, agora já não sei!

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Por tudo que em mim sou eu

Com o tempo a gente se descobre, vai ficando aquilo que realmente nos pertence, o mundo engole a mentira e a falta. Nem sei exatamente porque continuei, acho que por um amor intenso e exageradamente sincero à arte e ao teatro. Não acredito no cotidiano morno que não me salva. Tudo isso tem provado minha instabilidade e a falta de sentido que esbarra na pele. Tenho agregado solidões.... Comportamentos suspeitos e escolhas insensatas. Não me interessam os prêmios, a riqueza, o morno e as conquistas sem amor. Não me interessa o raso. Cada vez mais afundo em um caminho sem volta, um assassinato constante da estabilidade, utopias ilusórias sobre a arte e sobre o amor.  Desisti de não me pertencer, mesmo que acabe em desgraça. Sou o que sou e nada mais me basta...

sexta-feira, 3 de maio de 2013

Pequenas fantasias

Tenho me despedaçado aos poucos, arrancado raízes e perdido esperanças. Sigo convivendo com a solidão, fazendo dela meu alento, meu porto fincado em ilhas desertas e vazios constantes. Amando em silêncio a saudade de um futuro que não existe, fantasia sem ilusão.

Sábado a noite

Tenho sentido falta dos carinhos que nunca tive....

terça-feira, 16 de abril de 2013

domingo, 14 de abril de 2013

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Ansiedade acumulada em segundos

Aqui tem batido aquele vazio de dias de chuva e lodo no portão de casa. Aquela sensação de coisas acumuladas dentro das gavetas, excesso de compromissos, afazeres tumultuados e aquela vontade de perder tempo. Perder lembranças, esquecer a agenda no banco do ônibus. Confundir os dias, acordar sem perceber se é segunda ou sábado. Esquecer como quem se lembra de abandonar, como quem deixa partir na esperança de recomeçar outra vez. 

quinta-feira, 4 de abril de 2013

do amor das pessoas das palavras dos afetos

Não precisa ser forte, precisa ser de verdade!!!!!!

Fé e força.



Hoje abri um vinho pra mim.
Acendi vela e rezei.
Pedi a Deus proteção nessa nova etapa, nesse novo ciclo.
Muito trabalho e muita coragem.
Muito amor.




Oh! Mãe dos mananciais. Senhora da renovação da vida. Mãe de toda criação.
Orixá das águas paradas. Mãe da sabedoria.
Dai-me a calma necessária para aguardar com paciência o momento certo para tomar minhas decisões.
Que a tua luz neutralize toda as forças negativas à minha volta. Daí-me à tua serenidade e faz de mim um filho abençoado nos caminhos da paz, do amor e da prosperidade.
DEUS SALVE NANÃ BURUQUÊ!
SALÚBA!

quarta-feira, 3 de abril de 2013

Tristemente feliz



Um dia após o outro. Ela fazia como se não fosse. Fazer. Acordar. Comer. Trabalhar. Ela não acreditava. Parar. Cuidar. Deixar. Ela deixou que fosse. Não sabia nem bem nem mal, era dessas criaturas insatisfeitas  trocava os sapatos, desfazia a arrumação do quarto. Terminar. Existir. Acreditar. Ela acreditou que um dia seria mais e dela mesma não sabia ao certo. Pedaços. Cadarços. Espaços. Eram apertadas as sandálias,  os coletes, os cartazes colados na cara, na beira do abismo escrupuloso de cada dia.  Foi assim que mudou-se pra longe, cortou os cordões, apagou os postais, desapareceu com os endereços. Fazia bagunça dentro do corpo, acúmulos impossíveis de lembranças, da dor só sabia a cor e do sentir repetia exceções. Não era feita de paz, de tudo que era certo registrava incertezas, morria de rir e depois se acabava embaixo da sua cabeça. Ela não fazia mal, mas de tagarela morreu em silêncio, afundando dormitórios tristes, solidões esquizofrênicas, sensibilidade excessiva. Fazia. Desfazia. Dava. Tirava. Sabia. Enlouqueceu burra. De cada ignorância grudou um amor. Foi assim que depois de anos acabou sentada esperando o mesmo ônibus, a mesma pessoa, a mesma chuva, o mesmo tempo. Não era. Nunca foi. Mas fez de si um amor que não sabia, pele poética, sangue correndo grosso de tanto frio, osso lunático, vísceras utópicas,  maldades constantes. 

- Bem, eu comecei a andar de bicicleta com 12 anos. Aos 13 desisti, não suportava os sinais, as calçadas, os carros. Depois dos 15 comecei a fazer bombons pra vender na escola. Nunca gostei de água e muito menos de doce. Vive como deu, do jeito que dava. Mas desde aquele dia eu não aguentei mais. Os cheiros eram insuportáveis, as pessoas, as coisas, os dias... ahhhhh os dias eram tortuosos  A noite eu limpava os móveis, abria as janelas, cuidava do jardim. Um tédio. Mas disso eu sempre soube, desde o começo, nunca esperei mais que tédio. Quando acelerava um pouco eu ficava até cansada, caia morta na cama. Mas desde aquele tempo que não acelera... no fundo talvez eu fique feliz, mas já não sei o nome das coisas, então talvez eu esteja enganada falando tudo isso que disse agora a pouco, talvez seja mentira, talvez não, não sei. Perdi a referência. Quando é que eu sei que estou com fome, por exemplo, quando eu como. Quando é que eu sei que estou triste? Quando eu choro. Quando é que eu sei que eu estou feliz? Quando eu fico calada, querendo que as coisas falem por mim. Mas tudo isso são suposições, ontem eu cortei o dedo e fiquei calada... eu fiquei feliz?Não sei. 


sexta-feira, 29 de março de 2013

Depoimento 1 - não leia -

Sabe, de verdade... O tempo tem passado e eu não sei se tenho mais a mesma energia de antes. Antigamente existiam certas coisas que eu pensava que eram passageiras, mas elas ficaram... 

Elas permanecem....

Quando eu saí de casa, a dez anos atrás, achava que a falta da família e o vazio eram passageiros, mas não são. Ou aquele meu jeito de sempre me emocionar demais com todas as coisas, aquela mania de chorar antes de dormir, de não ver muito sentido no mundo, de ter insonias desesperadoras e chegar em casa bêbada de muito choro e vodka.... Não passa, é... Isso também não passa. Ou até mesmo aquela coisa enorme de injustiça social, de gente má, de solidão, de medo. Essas coisas não passaram, e acho que elas não vão passar nunca, no fundo no fundo essa sou eu de verdade. E tem também as partes ruins, não que essas sejam boas, mas as outras.... (rs). Minha insegurança é enorme, sempre vou me achar a mulher mais gorda e mais feia do mundo. Sempre vou olhar pro futuro e vou sentir um medo gigantesco de não conseguir, de não dar conta. Sempre vou ser egoísta quando se trata da entrega alheia, da história particular de cada um. Faz uns cinco anos que eu tive um namorado que hoje mora comigo, ele é meu amigo, eu sempre reclamava com ele dessas dores da vida, e mesmo depois de cinco anos, ainda reclamo. Os dias são como a dez anos atrás, os mesmos medos e as mesmas inseguranças. A mesma sensação de solidão corroendo essas noites acalentadas de muito cigarro e Amy. Esse mesmo cansaço no corpo, aquelas utopias que não deram certo, aqueles sonhos que perderam o sentido, aquela vida feliz que não existe e não vai existir absolutamente de jeito nenhum. Antigamente, quando esse tipo de estado emocional chegava, eu enfiava a cara na vodka, muitos cigarros e todas as drogas disponíveis .. Não que eu fosse pesada, não era isso, era só uma dor insuportável demais, doída demais. Hoje eu nem aguento tanta bebedeira e viradas de noites na rua, na esquina, na casa de um amigo, na praça... Hoje essas coisas perderam um pouco o sentido. Faço um chá e fumo um cigarro quieta aqui em casa. Coloco uma música, leio um pouco, choro na varanda e escrevo. É mais fácil, melhor e mais barato... (rs). Se eu fiquei mais leve? Acho que não...
 Fico pensando se desistir é a melhor coisa, mas é preciso continuar, de qualquer jeito, de qualquer maneira, é preciso seguir adiante. Perdendo noites, soluçando, amando, doendo, rindo, sofrendo.... É preciso continuar, se não?! Não faz sentido algum esses dez anos longe de casa....

A gente inventa esperanças, sonha acordada, esconde uma porrada de tristeza dentro de uma caixinha e tranca na última gaveta, do último degrau, da última escada que a gente inventou semana passada. 

É assim que tem que ser. De um jeito ou de outro sou eu, meus cacos, meus pedaços, minhas pequenas histórias....

Um pouco de fé, coragem e Elis Regina cantando "Estrada de Santos" no radinho da sala.

segunda-feira, 25 de março de 2013

sábado, 23 de março de 2013

Um canto

Minha vida era enorme. Dentro dela as paredes eram gigantes e os móveis eram vermelhos com detalhes azuis. Os tapetes eram amarelos, os quadros antigos e a cozinha transparente. Um cinzeiro pra cada visitante, uma cama confortável e 35 janelas. Um colchão e 7 almofadas em cada cômodo. Samambaias e um vaso de guiné. O altar tinha de tudo. Um espaço pra cada santo, uma oração pra cada crença. Terra, muita terra pra acalmar o espírito. Água corrente, pufes e gelatina de morango. Um pé de acerola e outro de jabuticaba. Roseiras e alecrim. Manjericão e acácia. Um baú pra solidão e outro pra saudade.

"essa casa tem quatro cantos, cada canto tem uma flor, nessa casa não entra maldade, nessa casa só entra o amor."

Louise

Um pouco mais de coragem e eu pulo.

Noite 2

Reclamo dor na espera de amor.

Noite

Eu confesso, tem apertado.
Tem doído todos os dias, uns menos e outros mais. Solidão que não passa, aquele aperto apertado fazendo bagunça no coração, cortando em pedaços um pouco do amor. Existindo em pequenas faltas, faltas diárias e silenciosas. Falta um sono compartilhado, um almoço depois do banho, um ócio de paixão no fim da tarde. Faltam verdades, carinho... Em toda perfeição mora uma dor, talvez seja isso.
Ainda espero...

sábado, 16 de março de 2013

Sobre-viventes

"O amor deixa marcas que não da pra apagar"

De tempos em tempos a gente perde, desiste e segue. Não deixa de doer um pouco, mas o coração reclama dor e o corpo pede calma.

Eu vou embora!

Saio com a certeza de carregar o melhor do que fomos juntos. A desistência machuca, mas por hora é uma dadiva. Uma coragem! Somos a lembrança daquilo que construímos um dia, precisamos abandonar o jogo e  seguir adiante....


segunda-feira, 4 de março de 2013

Construções desconstruídas e construídas outra vez



Me desmanchei um pouco.
Na simplicidade de cada dia vou silenciando sensações.
Por dentro guardo no cofre as feridas.
Refaço os panos, os cantos, os canos.
Desisto das infiltrações e deixo.
Úmido.
Mofo.
Um pouco de vida e um pouco de sol.
Begônias....
Trepadeiras...
Cogumelos....
Depois de tanta fraqueza a gente nem percebe que é forte. Só depois que olha pra dentro e descobre os mofos, rachaduras, trepadeiras, begônias, águas, mares, lembranças, ruínas, buracos.... Tudo fazendo sentido, tudo começando outra vez.
Se vale? não sei! Mas amo.

sábado, 2 de março de 2013

Por Deus

Não sei muito do amor, nunca soube. Amei tanto aos 23 que aos 24 perdi o chão. Aos 25 descobri a simplicidade sincera... Aos 26 comecei a amar de amor. É a coisa mais linda que me aconteceu. Não sei do amanhã, não sei do depois, não sei se amanheço. Que Deus me perdoe, mas só quero se for por amor.

P.s obrigada, de. Obrigada!!!!

Pra ela, amor de sempre

De tempos em tempos ela descobria novas coisas.
...foi assim que descobriu que amor nasce todos os dias, mesmo que morra um pouco pela manhã.
Dormiu amando.

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

MILHARES DE QUILOS E QUILOS E QUILOS


Não sei pra onde as coisas vão, se elas terminam, ou se realmente começam.  O mundo me desaba e cada pedaço desse todo pesa 100kg. Tomei um remédio pra dormir, quero dormir 8horas, 12 horas, 15 horas, 40 horas, 1000 horas, dormir pra sempre. Deixar de existir enquanto existo quieta, silenciosa e triste. Não, sem tristeza, porque a tristeza não existe, é só uma dor insuportável nas costas e essa apatia pelo medo de alguma coisa que pesa 100kg. Uma bomba explode e solitariamente resisto a cada rastro dela. Buscando em todos os dias, em cada milimetro de segundo, em cada espaço, em cada cisco de momento, um sentido. Um único que seja. Uma certeza, um cartão de permanência, de validade, de passo livre. Não existem mais saídas, serão sempre dias seguidos de outros dias e pessoas seguidas de outras pessoas e acontecimentos seguidos de outros acontecimentos e sentimentos seguidos de outros sentimentos e reações seguidas de outras reações e mais dias seguidos de outros dias... Não tem fim. Uma roda que gira enquanto esperamos. Aguardamos. Primeiro sinal: nada. Segundo sinal: nada. Terceiro sinal: nada. Nada seguido de aplausos, porque é preciso aplaudir. É preciso ser feliz e aceitar as regras. Engolir o choro e cuspir alegrias inúteis e falsificadas desde a fabricação. Não reclamar. Não espernear. Não ser extremamente livre. Aceitar e ponto.


O que se faz quando não aceita?
1 – durma a base de comprimidos
2 – carregue 30 mil tijolos, 100kg cada.
3 – seja solitária
4 – se tudo der errado, estude!
5 – durma sozinha
6 – acorde sozinha
7 – trabalhe até estourar os dentes
8 – fume
9 – beba
10 - … aceite!

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Um pedaço de esquizofrenia

Para Nina Aragón, ela sabe.


A vida não é leve, a vida não é simples. Como dói sem perceber, é como se a pessoa fosse seguindo, seguindo apesar de. Não sei o que é, não consigo identificar com a certeza de antes se isso é mesmo amor, se amor a gente sabe, a gente sente ou a gente define. Não sei se é memória deturpada ou se é memória real, não sei. Hoje sinto que o amava. 

“Meu bem meu mal”


Sinto falta que me faça mal. Mais intenso e mais profundo. Sinto falta do sono compartilhado... Não sei se suporto esconder coisas, parece demais pra mim.Cada dia que passa parece uma contagem regressiva do insuportável.

Medo de enlouquecer. De perder o limite entre o possível e o aceitável.

Os dias parecem facas me olhando, esperando o momento do corte, do abate, o momento hysterico do limite que define o fim.

Não sou uma boa companhia e sou extremamente niilista. Pessimista. Insuportável.



Sou uma farsa ambulante, mentira, tento ser uma farsa abulante, mas nem isso eu consigo.
Me mande um postal? Me conte as cores desse lado do oceano?
Tenho medo de prosseguir.
Exausta.
Cansada.
Confusa.
Eu me confundo? Ou o mundo me confunde? Não sei. Não sei. Preciso de um pouco de sujeira, de humanidade exposta, de dor, confusão.... Precisava tanto dela hoje.

As noites sempre doeram mais...
sozinha.
um verdadeiro deserto.

Sempre existiram duas de mim, e elas não combinam, mas é preciso equilibrá-las.... Aquela moça conhece a boa, a do bem... Essa outra, essa que escreve agora é uma imbecil esquizofrênica. No amor, no amor é preciso amar as duas, e a da noite ela não conhece.

Mas, eu aguento. Não aguento, Nina? Eu aguento continuar, aguento essa sanidade aceitável e feliz.


É SEMPRE PIOR QUANDO NÃO SE CHORA.
CHORAR-SE A SI MESMO É UMA FRONTEIRA.


Como anda sua alma? Seu amor? Seus pedaços?


Que Deus nos abençoe. Que Deus cuide de nós.
Só isso!

Você deixa espaços e saudades.....

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Entre o saber e a atualização do amor

Onde está?!
Você é um problema que não existe.
É preciso viver o aqui e o agora.
Você não está aqui.
Preciso viver o presente.
Viver é correr riscos.....
Viver é correr riscos.
Não te encontro enquanto dói, não te vejo quando machuca.
Lindo e leve.... Nem sempre.
Sempre vou.
Sempre entrego.
Não vejo futuro.
Não te vejo.
imprevisto......
Não saber.
Sei.

Por um instante

Que deus nos abençoe.
Só amor não basta!

sábado, 9 de fevereiro de 2013

Pique esconde

Você não se arrisca.
Você não se assume.
Você tem vergonha.
Eu sou isso aquilo e aquilo outro.....
Não aguento!
8 vezes brincando de esconderijo.... dói....
Sempre dói....
Sempre aperta....
Sempre....
E agora?!

Um grande teatro.....

Não suporto mais ter que fingir que nao.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Passado.

Adormeceu no escuro.
Os dias escorriam entre os dedos.
Um sol de lembranças....
Era só um pouco mais de céu, só isso, um pouco mais de Céu.
Era isso que ela desejava

Sem título

É preciso desejar. Todos os dias, em todos os momentos. É preciso viver de desejos, de desejos sinceros, desejos traídos, desejos intensos, amargos, frescos, doídos e laranjas. Desejos que não duram, mas desejos que são.

Impossível almejar a paz.

Juros

É preciso atualizar as esperanças.
Mesmo que seja em prestações....

Estranho

To doida doída doíada....
To maluca de pedra do asfalto....
To seca.
E os secos não falam.

Torre de babel

Você desejou a paz, ela também.
Eu desejei o conflito.
Você não!
Ele desejou o conflito.
Eu também!
Eu desejei o conflito.
Você não!
Desejamos juntos!!!!!!

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

domingo, 3 de fevereiro de 2013

O telefone toca, você atende chorando e a pessoa do outro lado nem percebe.

Existe solidão maior?

...

Esse pânico do passado e do presente arrancando um choro de dentro. Um cansaço tão doentio, um medo pavoroso do futuro. Uma solidão imensa, imensa, imensa. Uma casa vazia, Ângela Rô Rô cantando balada da arrasando, o lençol queimado pela brasa do cigarro, a esperança de que ela voltasse só pra dizer olhando no olho:

- eu te amo!


o interfone nunca toca!

Final de domingo

Hoje doeu muito.... Muito!

Ninguém sabe...


Depois de dois goles, sentada na cadeira do canto, fumando um cigarro, ela disse o seguinte:

- Ninguém sabe! Ninguém sabe como dói, ninguém imagina o que é sentir isso. Eu não gosto, não queria ser assim, não é uma escolha. Não escolho o peito apertado, a boca seca, coração na mão, esse peso no osso, essa tristeza sem espaço. Não é um botão que você aperta, você não pega o medo e a insegurança e joga no lixo. Você não arranca um sentimento como se arranca uma roupa, você não corta uma dor como se cortasse uma planta. A alma não é um gaveteiro de sensações e memórias, não se escolhe ser feliz ou triste, não se escolhe essa dor física da solidão. Não é gostoso amanhecer doendo, dormir tremendo, acordar de madrugada apertando de falta e saudade. Não é prazerosa essa insônia doída, esse coração esmagado, esse jeito torto de doer todos os dias. Eu não gosto de sentir tanto e se pudesse doeria pela metade. Não é bom ver a pessoa que você ama se afastando de você só porque você é insegura demais, maluca demais, triste demais. Não é bom ver quem você  ama dizer que se assusta, te pedir pra esquecer, te pedir pra guardar a insegurança em uma gaveta e seguir sorrindo. É uma luta diária manter a cabeça erguida e a coluna ereta, uma labuta manter o bom humor e a esperança. Não sou niilista, pessimista, depressiva, luto como uma onça pra manter a cara limpa, o peito aberto, a alma em paz. Não é fácil cada dia, cada hora, cada segundo. Não é fácil esse medo grudado no peito, esse pavor da solidão, do abandono, da falta. Tudo faz parte de um cansaço de alguns anos seguindo a mesma estrada, com a mesma esperança tola dentro da mala, alimentando as utopias e arrefecendo o coração. Não gosto desse aperto que sinto, não sinto porque escolhi, não escolhi que vez ou outra a ferida se abrisse e depois... ah, depois!

(silêncio)

Ninguém sabe de ninguém, algumas pessoas suportam, outras não. A dor maior é se tornar insuportável pro mundo. 

(ela apaga o cigarro e chora)

sábado, 2 de fevereiro de 2013

AMOR

Do amor só se sabe uma coisa:

Dói, aperta, da medo, machuca... Mas vale cada segundo de prazer e troca.

Desisto



Não faça de mim aquilo que eu não sou. Não corte pedaços de tanto amor com lâminas afiadas e invisíveis  Você não pode, você já foi. Desisto de te agradar, de te fazer entender, de te incluir na minha vida sendo que você nunca fez parte dela. Não me olhe como que fulmina meu amor por ela, como quem não entende, como quem dói. Compreendo e respeito o que quer que seja, sua dor, sua solidão, seu arrependimento. Mas não me culpe pela separação, pelo amargo de nós três. Não me olhe com esse peso imenso, não deposite em mim seus fracassos, porque eu também tenho os meus e eles me doem todos os dias. Não suporto a forma determinada da inimizada, não entendo, pesa! Um dia a gente toma um café pra absorver e derreter o desentendimento do inicio, pra saber se toca ou não toca, se vale, se pesa, se existe. Não me olhe enquanto eu desisto de você.

Cearense agropecuária do agreste internacional de Sabará

Para Denise Lopes Leal, com todo amor que houver nessa vida

Existe uma natureza denominada "Natureza do amor", é dela que venho, e lá de dentro encontrei você. Jogamos os sapatos na lixeira, dançamos e fomos. Cada dia que passa te amo um pouco mais em lugares inesperados. Esse jeito de menina doce cuidando dos pedaços mal colados. Cuidando das minhas dores, arrefecendo meus dessabores... Acreditando! Acho linda a forma como você acredita em mim, as palavras brutas e os gestos adocicados. Ahhh preta, se eu pudesse te cuidaria pra sempre, em cada canto da sua alma, porque você merece, porque eu te amo de amor. Obrigada por tudo, absolutamente tudo. 

"se você trouxer o seu lar eu vou cuidar do seu jardim"

Flores

Por fim, disse o seguinte:

- sinto saudade, não importa de onde vem ou se o erro maior é alimentar isso todos os dias, mas sinto. Uma saudade apertada, uma saudade maluca... Quando entro no supermercado, quando revejo coisas, quando olho lá atrás. Sinto saudade por dentro, saudade com o corpo, doendo a pele, transpirando lembranças.O biscoito partido, as despedidas constantes, tudo de doce e tudo de amargo também.  Saudade das flores repartidas e coladas adiante...

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Frestas

Eram verdes os tecidos da cama. Uma estante, uma mesa, duas plantas e uma quantidade elevada de livros, literatura romântica em sua maioria. Tudo fedia a cigarro, corpo pesado em cima da cama, seco, árido e inabitável. Os dentes trincavam no olhar vago e cinzento. Cigarros demais, medos demais, sonhos demais, dores demais, obrigações demais, intensidades demais, gordura demais. Gorda! Uma vaca derretida afundando o colchão, abrindo buracos nas costuras das calças, na insegurança diária, nos desejos assassinados antes de dormir. Nem feia nem gorda, uma porca. Um mamífero abandonado até o osso. Um réptil  nojento e solitário. Como era linda aquela cena, aquele corpo gordo afundando o colchão, pesando na pele, existindo em si mesmo todos os quilos do peso da vida. Eram amareladas as lembranças do amor, negativo em preto e branco suavizando a falta. Mais um cigarro, mais uma dose, mais uma ansiedade, mais um dia e ponto. Luzes apagadas e os quilos escorrendo entre colchão e alma.

Apagou—se.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Por ser e ir e estar e simplesmente sentir

Dorme, que de antes vem o depois.

HOJE

Queria sentir os segredos que escondo. Depois arrefecer essa labuta da alma em vigor. Arreganhar as vísceras e arrebatar o entre. Talvez seja, talvez não. Um simples tesão-amor-dessabor pela dor da vida. Essa felicidade que não se explica. 

A gente se encontra quando encontra na gente a vida.  

Depois perde, depois vai. a gente segue tentando pra adquirir no peito o sabor do gosto de existir.

Para:

Denise Leal

Hoje te amei como águia.

em-n-torno

De longe tudo parecia mais calmo e mais sereno. de perto tudo se multiplicava e a vastidão do mar era fúria em mágoa e dor.


Para:

Samuel Sudré


...me entrego! sem apelo, sem desespero, apenas essa inexistência de sentir.

domingo, 27 de janeiro de 2013

Pique estrondo

Achei uma harpia plantada embaixo da minha cama, ela possuía seios enormes e rosnava feito um leão. Deslizava suas patas nas minhas, dizia doçuras incuráveis e pestanejava uma certa falta de sentido. Chorei feito criança desaparecida na multidão, vociferei com raiva uma asa de irritação mitológica e tardia. A Harpia observa quieta meu ataque eufórico-histérico-sem-sentido, minha impaciência brutal arrancou-me pra fora do eixo, deslizei irrequieta pelas bandas de uma espada de São Jorge, arranhei os braços, perdi a palma dos dedos e cortei as unhas até o talo. O sentimento mais verde do mundo se apossou dos meus ossos, afoguei a harpia dentro da borra de café... Depois bebi, me acalmei, enfaixei os livros dependurados perto do pulmão e continuei.

Hoje senti falta da harpia, procurei tanto que perdi os dados.

Doeu.

“Sobretudo não me engane mais(redondos nossos).”
Camille Claudel

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

SILÊNCIOS RODEADOS DE AFETOS



POR UMA PAUSA SEM ESPAÇO ESTABELEÇO AQUILO QUE GOSTARIA DE SER ININTERRUPTAMENTE POR AQUILO QUE SOU EM SOLAVANCOS....

Te amo de amor



...O tempo passa.
A vida cura.
O passado estraga.
O vento cuida.
O regaço conforta.


sábado, 19 de janeiro de 2013

Para quem ainda vier a me amar

Um vazio inexplicável de doer o osso




Perda

As imagens me descontrolam por inteira...


IT

Por um determinado momento recuperei da vida o que quis. Nesse exato instante refaço um tecido e corto pedaços.
Um buraco.
Existe um buraco que não se explica.
Aquele seco emoldurado no caos.
Um buraco negro em silêncio.
Desse contra-conto retiro as palavras que faltam.
Falta. Sempre falta.
Cortei o dedo.
O que acontece quando falta?
Guardamos um espaço no tempo
Nunca gostei de copiar ninguém, minha tristeza nasceu de uma certa originalidade que nunca existiu.
Mas ainda sonho e continuo sorrindo dentes amarelos de cigarros...

"Corto a dor do que te escrevo e dou-te a minha inquieta alegria"

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Para os fins dos tempos

Pensei que seria fácil. Vai e vem e a coisa gigante resolve aparecer entre linhas, na surdina, de surpresa. Grita como um bicho com fome. Tem a destreza de mendigar as migalhas que lhe neguei no inverno. Fazia e faz frio, nem por isso cedo. Logo ontem, em dia de lua, o gigante gritava feito criança desmamada. Firme e forte fechei os ouvidos. Às vezes dói, às vezes não! Não me importa! Quero o fim que se esquece o começo, aquele apagão repentino, sem lugar. Ascendo uma vela, fumo um cigarro, bebo uma dose e rezo...