terça-feira, 16 de abril de 2013

domingo, 14 de abril de 2013

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Ansiedade acumulada em segundos

Aqui tem batido aquele vazio de dias de chuva e lodo no portão de casa. Aquela sensação de coisas acumuladas dentro das gavetas, excesso de compromissos, afazeres tumultuados e aquela vontade de perder tempo. Perder lembranças, esquecer a agenda no banco do ônibus. Confundir os dias, acordar sem perceber se é segunda ou sábado. Esquecer como quem se lembra de abandonar, como quem deixa partir na esperança de recomeçar outra vez. 

quinta-feira, 4 de abril de 2013

do amor das pessoas das palavras dos afetos

Não precisa ser forte, precisa ser de verdade!!!!!!

Fé e força.



Hoje abri um vinho pra mim.
Acendi vela e rezei.
Pedi a Deus proteção nessa nova etapa, nesse novo ciclo.
Muito trabalho e muita coragem.
Muito amor.




Oh! Mãe dos mananciais. Senhora da renovação da vida. Mãe de toda criação.
Orixá das águas paradas. Mãe da sabedoria.
Dai-me a calma necessária para aguardar com paciência o momento certo para tomar minhas decisões.
Que a tua luz neutralize toda as forças negativas à minha volta. Daí-me à tua serenidade e faz de mim um filho abençoado nos caminhos da paz, do amor e da prosperidade.
DEUS SALVE NANÃ BURUQUÊ!
SALÚBA!

quarta-feira, 3 de abril de 2013

Tristemente feliz



Um dia após o outro. Ela fazia como se não fosse. Fazer. Acordar. Comer. Trabalhar. Ela não acreditava. Parar. Cuidar. Deixar. Ela deixou que fosse. Não sabia nem bem nem mal, era dessas criaturas insatisfeitas  trocava os sapatos, desfazia a arrumação do quarto. Terminar. Existir. Acreditar. Ela acreditou que um dia seria mais e dela mesma não sabia ao certo. Pedaços. Cadarços. Espaços. Eram apertadas as sandálias,  os coletes, os cartazes colados na cara, na beira do abismo escrupuloso de cada dia.  Foi assim que mudou-se pra longe, cortou os cordões, apagou os postais, desapareceu com os endereços. Fazia bagunça dentro do corpo, acúmulos impossíveis de lembranças, da dor só sabia a cor e do sentir repetia exceções. Não era feita de paz, de tudo que era certo registrava incertezas, morria de rir e depois se acabava embaixo da sua cabeça. Ela não fazia mal, mas de tagarela morreu em silêncio, afundando dormitórios tristes, solidões esquizofrênicas, sensibilidade excessiva. Fazia. Desfazia. Dava. Tirava. Sabia. Enlouqueceu burra. De cada ignorância grudou um amor. Foi assim que depois de anos acabou sentada esperando o mesmo ônibus, a mesma pessoa, a mesma chuva, o mesmo tempo. Não era. Nunca foi. Mas fez de si um amor que não sabia, pele poética, sangue correndo grosso de tanto frio, osso lunático, vísceras utópicas,  maldades constantes. 

- Bem, eu comecei a andar de bicicleta com 12 anos. Aos 13 desisti, não suportava os sinais, as calçadas, os carros. Depois dos 15 comecei a fazer bombons pra vender na escola. Nunca gostei de água e muito menos de doce. Vive como deu, do jeito que dava. Mas desde aquele dia eu não aguentei mais. Os cheiros eram insuportáveis, as pessoas, as coisas, os dias... ahhhhh os dias eram tortuosos  A noite eu limpava os móveis, abria as janelas, cuidava do jardim. Um tédio. Mas disso eu sempre soube, desde o começo, nunca esperei mais que tédio. Quando acelerava um pouco eu ficava até cansada, caia morta na cama. Mas desde aquele tempo que não acelera... no fundo talvez eu fique feliz, mas já não sei o nome das coisas, então talvez eu esteja enganada falando tudo isso que disse agora a pouco, talvez seja mentira, talvez não, não sei. Perdi a referência. Quando é que eu sei que estou com fome, por exemplo, quando eu como. Quando é que eu sei que estou triste? Quando eu choro. Quando é que eu sei que eu estou feliz? Quando eu fico calada, querendo que as coisas falem por mim. Mas tudo isso são suposições, ontem eu cortei o dedo e fiquei calada... eu fiquei feliz?Não sei.