domingo, 29 de abril de 2012

Caminhando coração




Vou dizer uma coisa, o coração do lado de cá anda apertado pela vida. Segue caminhando franco e um pouco decepcionado. Escondendo as amarguras pra manter a sanidade, amando o pus da ferida que não cicatriza. Tentando! Amassando a própria cara pra não amassar a cara de ninguém, engolindo seco e chorando pra dentro. Peço a Deus que transborde a taça que tem andado vazia, que ilumine e abençoe. Amemos, não pelo discurso mas pela alma.


Eu, porém, vos digo: Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem; para que sejais filhos do vosso Pai que está nos céus.
Porque faz que o seu sol se levante sobre maus e bons, e a chuva desça sobre justos e injustos.
Pois, se amardes os que vos amam, que galardão tereis? Não fazem os publicanos também o mesmo?
E, se saudardes unicamente os vossos irmãos, que fazeis de mais? Não fazem os publicanos também assim?
Sede vós pois perfeitos, como é perfeito o vosso Pai que está nos céus."
- Mateus 5, 43-48

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Perto de mim




A morte é minha imortalidade, sou eu mesma fazendo amor comigo. Que a solidão me coma e que saia de mim o inevitável. Que minhas palavras sejam ásperas e inexistentes, que eu viva do meu silêncio pra poder sucumbir no palco escuro da vida. Preciso seguir adiante, sem fugir de absolutamente nada, seguir apenas. Livre! Livre como alguém que se prende a qualquer um e se agarra a um estranho. Entrego minha alma a pequenas paixões e que meu amor seja único, incendiado pela minha grande escolha feita no ventre. Quando nasci eu escolhi. Que seja feita a sua vontade senhor, e que eu possa cumprir o caminho que me acompanha. Não preciso de mais nada, que a mim seja dada somente a graça de ser. Abandonem-me, me humilhem, me façam sofrer e ter alegrias incondicionais, para que eu aponte o dedo na direção certa e escolha a vida. Quero sentir nas profundezas mais escuras e mais sublimes o amor, saber que, acima de tudo, estou sendo e vivendo a vida que tenho a graça de ter nos braços. Morro. Morro. Morro. Morro. Morro pra encontrar a vida. É nesse pequeno instante que encontro Deus e tenho a certeza absoluta de ser. Que cada vida seja a partícula substancial de uma única vida, entrego-me completamente. 

Falta




Sentir falta. Sentir a Falta, a falta de alguém. Sinto. Sinto sem saber e sem saber dói. Ver nos cantos e nas coisas as lembranças do que se resta: fotos, livros, vídeos, presentes, roupas, cartas, lembretes... Dói. O que resta? Resta a falta, acompanhado da falta ainda resta o amor. Do amor restam pedaços pequenos de lembranças, pequenas lembranças alimentando o amor. Mesmo sem querer eu lembro, lembrando eu sinto e sentindo eu choro um pouco, porque não tenho mais aquilo que um dia eu tive. Tenho coisas novas.....

quinta-feira, 26 de abril de 2012

TENTAMOS....




Bem, o que eu sinto é que a lágrima escorreu para dentro. Sem grandes coisas, ou um enorme sofrimento. A gente segue e continua tentando, vivendo a fé do amor, um pelo outro, tudo e todos fazendo sempre o mesmo sentido. Aquele cara da noite de ontem, sentado na calçada, sem casa, sem comida, uma garrafa da cachaça mais barata nas mãos, nos olhos uma dor contida. Reconheço-me. É nele e por ele que continuo. Te dou o meu abraço e meus braços por um tempo, desejando somente que alivie um pouco a dor de ser. Nasci pra eles, e viverei pra vocês, mesmo que eu morra na boca de um mostro que atravessa o universo...Meus amores são tantos... que eu sigo. Minha lágrima escorre pra dentro, fecho a porta do banheiro e choro sozinha. Ridícula! Ridícula porque me sinto culpada de não poder te abraçar em todas as noites que sua única companhia é o papelão e o álcool. SER HUMANO! Ser é tão difícil, ser é quase improvável, mas somos. É preciso estar e reconhecer a tentativa no erro do outro, tentamos sem saber onde tudo termina, enlouquecemos menos, enlouquecemos mais... Tentamos. Tenta comigo que eu te dou a alma e tento com você, é só isso!!!

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Sendo frágil e forte...Ainda não sei a diferença!



Frágil e forte. Eles aparecem como se fossem um só. Me confundem, me assustam. A gente se depara com a dor e não sabe de onde ela vem, ou se é invenção dessa mente que traí. Seguimos... porque de uma forma ou de outra, o amor chega a ser mais importante. Frágil ou forte, não importa... temos e vivemos, é preciso acreditar que vale a pena, por mim, por você. Por todos nós que nos encontramos nas noites escurecidas, mal tratados e abandonados. É preciso amar pra superar a vida, apertamos os braços e nos fazemos mais fortes, mesmo que estejamos fracos. 

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Nós dois.....


(para você: que não me deixa em paz e chega atormentando como flecha sem rumo. Sobrevivemos... sobreviveremos.... sim sim sim sim sim....eu sei!Não chore...mesmo que ele termine, te dou minhas mãos e te guardo no colo meu amor.)


Vou te dizer que eu tenho medo. Um medo imenso de quando você fecha os olhos e me chama pra conversar. Sei que não sou a melhor das pessoas e cometo meus erros, mas eles se tornar tão insignificantes perto do amor imenso que tenho por você... Eu te sufoco, eu sei! Sempre fui dado a ser desse jeito, carência ou afirmação...Ainda não sei.  Se a gente terminar eu fico com o quê?! Os discos e os livros não me interessam. Bebo minha vodka e fumo meu cigarro sozinho, em silêncio. Esperando ouvir de você uma declaração de amor imensa. Sou fraco...Sim, eu sei! Sou dado a inseguranças repentinas. Se você soubesse o quanto sou fraco e não me basto por mim mesmo.... Se você soubesse a imensidão da minha tentativa...

Te amo.

Sim, te amo. Chega a ser ridículo o modo como me entrego. Depositando nos seus braços tudo que consigo ser. Choro...

Você me diz que anda sufocado e pede, pede, pede que eu te ouça mais, que eu te entenda mais, que eu te compreenda mais. Meu Deus! A sensação que tenho é dê que fiz tanto.... Não me basta! Não te basta! Não nos bastamos!

Ok! Eu vou, viro as costas e sigo sem você, vive até aqui comigo mesmo, quem disse que agora não consigo?! Não consigo!

Me acabo.

Me acabo.

Me acabo.

....De mim só restam os cacos. Um pedaço de porcelana mal colado. Uma vida inteira, uma vida toda. No final o que fica é mesmo... Sinto muito...

Acordo cedo e tomo meu banho. Bebo café e fumo minha maconha sem gosto, pra ver se alivia um pouco. Anestesiado eu sigo adiante... Já são 2h da madrugada, fumei mais que de costume, bebi tanto que agora me encontro aqui: Sozinho! Arregaçando as mangas e tentando esconder o fracasso. Pela primeira vez doeu mais que tudo aquilo que um dia inventei pra mim. 

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Sem qualquer possibilidade de sentido



A gente se esbarra! No dia que isso acontecer eu te conto meus segredos, te explico a forma como vejo a vida passar e te mostro as pérolas que guardei comigo. Quem sabe a gente não se encontra por ai? Feito dois bobos perdidos na vida. Perdidos sempre e dados a extremos. Você continua e eu afundo, não se preocupe, são simplesmente escolhas diferentes, ainda assim, eu gosto de você. É assim mesmo, quem disse que seria diferente? As coisas acontecem da maneira como tem dê ser. A alma dói um pouco, mas a gente se acostuma. Uma decepção aqui, um desengano ali, e a gente recomeça de novo. Não vai ser hoje e muito menos amanhã que as coisas vão se acertar, já me acostumei e continuo fumando meus cigarros, sem culpa alguma da solidão. Podia ter sido diferente, sempre podia, mas não me arrependo de absolutamente nada.  Minha imagem não condiz com o que tenho dentro, preciso ficar em silêncio e colar os cacos.
Tanta loucura pra que? Se não me seve de nada. Nem a lucidez me serve pra alguma coisa. Estou perdida, sem rumo ou coisa alguma a qual me apoiar. Preciso tanto de você. Entorpecida eu  me calo, mas ainda sinto. Tanto, tanto, tanto, tanto. Você foi a coisa mais linda que pude viver, meu tempo acabou....e agora? Agora eu vivo de histórias de amor. Pegue suas malas e vá pra longe, pra bem longe de mim. Esqueça que um dia te amei, e esperei de você o inacreditável. Vá embora! E vá como quem se esquece do que viveu. Eu continuo aqui, sentido tudo como se você não tivesse ido, é melhor assim. Não minto, não engano, não faço o contrário. Simplesmente abro e sangro. 

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Um certo cinza....

Cinza,
Você se deprecia para que os outros te elogiem?! Ou você vai pelo caminho mais fácil pelo medo de olhar pra dentro?!
Você fica encrustado nas coisas, depois desaparece e me assusta com tanta felicidade. De uma hora pra outra eu vejo você, com suas calças largas e sua cabeça de quem percebe o tempo, começa a tingir tudo que era branco, tudo que era amarelo... Lá vou eu de novo, me perdendo na confusão de ser, sem sentido, sem esperança, sem lago.
Hoje você vibra como nunca, me sinto suspensa com o olhar perdido, essa cor, esse peso, esse você sem pés me empurrando pra baixo.
Qual o sentido? Qual o seu sentido? Porque você insiste em usar essa camisa velha que eu já disse que não serve mais?  Sua barba está mal feita,  seus cabelos caem e eu vejo que por dentro é oco.
Decepcionei-me com você. Onde coloco o peito?!
Deixo as partes separadas do todo. Deixo a dor enredar o choro. Deixo a paralisia enlanguescer os movimentos e sigo.....sigo....sigo.....sigo. Como quem reconhece sua cor e apaga a luz de dentro, pra arrancar as teias de aranha no escuro e ver se assim você vai embora de novo. 

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Hush, baby, baby, baby, baby, baby, Não, não, não, não, não chore. Não chore !

As vezes eu tenho medo da vida. Da forma como as coisas caminham, sem nosso controle. Sinto-me um pouco cansada, olho pras pessoas e não vejo ninguém.  Como me faz falta um carinho. De buteco em buteco me estaciono como uma puta apaixonada, em silêncio fumo um cigarro atrás do outro, uma droga a mais, uma droga a menos, o equilíbrio nunca dura muito tempo. Desespero e ninguém percebe. Guardo no peito todas essas feridas que foram e ainda são. Sinto falta, sinto falta das minhas fantasias de criança e de como existia em mim uma esperança naquele mundo encantado e naquela vida perfeita. Choro um pouco sem querer e acendo mais um cigarro. É, sou assim mesmo e não aquela que inventei. Um pedaço de carne cheio de cicatrizes que ninguém vê. Mataram minha inocência cedo demais, tudo que tentei foi pensando ser o certo, mas no fim a gente erra e não entende o porquê. Sempre fui muito, em tudo que vivi, em todas as histórias que entrei, um cão com o rabo entre as pernas, latindo: me ame!me ame!me ame! Sempre o que pedi foi amor, da minha forma insegura, da minha forma carente, da minha forma enlouquecida, da minha forma contraditória, da minha forma niilista, da minha forma infantil, da minha forma acabada, da minha forma gorda, da minha forma sem forma.  Errei muito, e o pior é errar sem querer. Ninguém nunca me disse que seria tão difícil e que doeria tanto, ninguém me contou que eu ia crescer e que a realidade era crua e feria na alma. Ninguém me disse a verdade sobre o amor. Sabe o que me salva? Aquilo que me mata... a vida!Vida!Muita vida transbordando pele abaixo, deixando escorrer, sentindo como bicho, vivendo como quem vive seu último dia. 

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Transformação



Morte.
Sinto a morte.
A dias sinto a Morte.
Luto.
Luto.
Luto.
É isso! Vejo nascer o dia de luto.
Luto contra e compadeço.
Deixo ir... deixo ir como quem deixa-se escorrer.
... era o bicho mais insensato que já havia conhecido, era a porra de um ser humano fudido como ela. Ferrado até a última gota do pescoço, iludido na porcaria de uma crença meio falsa meio eterna meio bruta.  Você não pode sair por ai quebrando as ilusões das pessoas, você não sabe do que elas precisam. Preciso! Preciso descongelar a geladeira, ir ao banco, resolver o CNPJ, ler o livro do Damásio, escrever um artigo, e me curar, me curar, me curar. Manter a crença fudida em mim, a fé entorpecida no amor....
Sinto a morte na carta que vejo virada em cima da cama.
Sinto a força transmitida de onde não vejo.
Hoje eu não quero mais amar, só por hoje eu não quero mais chorar, só por hoje eu não quero mais lembrar, só por hoje eu não quero acreditar em nada, absolutamente nada. Uma constelação de nada enfeitando a noite. Uma constelação absurda de um completo nada. Não quero morrer, não me mate!Por favor, não me mate!
Sinto.
Sinto.
Sinto.
E desse lado que vejo, do lado de cá, você permanece do outro lado, quem sabe um dia a gente não se encontra no meio?! E é ali, bem ali, onde nascem as feridas mais profundas, onde a intimidade é desejada. Vejo você e você me vê.
Sinta.
Sinta.
Sinta.
Não a nada mais sublima.
Vida meu Deus, Vida pra toda essa morte que vejo nascer.

sábado, 7 de abril de 2012

Sou fera ferida, no corpo na alma e no coração....



Ahhhhhh como dói, como tudo ainda dói!Como se fosse ontem, como se fosse hoje. A vida é assim, cheia de altos e baixos, mas a gente continua, sem saber pra onde, seguindo alguma coisa muito maior, sem formato, sem forma, sem cheiro. Seguramos a corda e saímos do precipício, como se no final existisse alguma saída, um sentido que explicasse tudo. Bebo, bebo pra ver se alivia um pouco tudo isso que tanto dói e paralisa, paralisa o olhar e o corpo em um estado de suspenção profunda e inexistente. Que seja necessário e imprescindível o amor, não importa a quem e muito menos a quê. O amor que rompe as esferas do tempo e do espaço... Na minha ilusão eu te amo, saímos por ai cantando e dançando e vivendo a história mais linda que o mundo já viu nascer. Amar dói! O álcool me sobe as veias e arranca do fundo a profundidade esperada, espero...  Sinto cheiro de morte, matar o amor é a dor mais incontestável, pior que dor de dente ou cólica de rins. Escrevo no impulso de quem vive. Soluções não me interessam, a vida se fragmentou a olhos nus. Aos pedaços a força reside na crença de algo maior, pequenos momentos e suspiros. Sigo existindo, sigo amando, sigo. Sigo e me salvo, transbordando em afetos, gritando carências, abrindo o livro e fechando o jogo. Perdi! Quando se perde o corpo vai junto, levado pelo vendo que varre em forma de furacão o que precisa sair. Flores, flores, flores, flores, o mundo precisa de flores e as flores foram morrendo porque o amor se perdeu na preocupação da paz e da felicidade da vida, o que é isso? Sinceramente não sei! Não sei de tanta coisa... Hoje o dia correu. Nenhuma resposta, nenhum afago, nenhum afeto. Silêncio. Fim, fim, fim, fim, fim, fim... a mente grita, mas a alma custa a compreender o óbvio. Que Deus nos proteja, é só o que me resta. 

Acabei com tudo
Escapei com vida
Tive as roupas e os sonhos
Rasgados na minha saída...

Mas saí ferido
Sufocando meu gemido
Fui o alvo perfeito
Muitas vezes
No peito atingido...

Animal arisco
Domesticado esquece o risco
Me deixei enganar
E até me levar por você...

Eu sei!
Quanta tristeza eu tive
Mas mesmo assim se vive
Morrendo aos poucos por amor
Eu sei!
O coração perdôa
Mas não esquece à tôa
E eu não me esqueci...

Não vou mudar
Esse caso não tem solução
Sou Fera Ferida
No corpo, na alma
E no coração...

Eu andei demais
Não olhei prá trás
Era solto em meus passos
Bicho livre, sem rumo
Sem laços!...

Me senti sozinho
Tropeçando em meu caminho
À procura de abrigo
Uma ajuda, um lugar
Um amigo...

Animal ferido
Por instinto decidido
Os meus rastros desfiz
Tentativa infeliz
De esquecer...

Eu sei!
Que flores existiram
Mas que não resistiram
A vendavais constantes
Eu sei!
Que as cicatrizes falam
Mas as palavras calam
O que eu não me esqueci...

Não vou mudar
Esse caso não tem solução
Sou Fera Ferida
No corpo, na alma
E no coração...

Sou Fera Ferida
No corpo, na alma
E no coração...



quinta-feira, 5 de abril de 2012

Eu!


Alguma coisa acaba de estourar e meu coração se desmancha em chamas. Dói na parte central do peito, como se houvesse um ferro sendo torcido ali dentro. Penso em tudo que poderia ser e sofre pelo que não vivi. Sinto falta, de que? Ainda não sei, mas sinto. Aquela que eu poderia ter sido no passado e não fui, colho frutos amargos pelo erro acertado em tanta fidelidade a mim. Tenho nos olhos uma inocência e uma melancolia que não me largam, coração doendo por tudo e as ilusões românticas fazendo fantasia no meu quarto antes de dormir. Sim, essa sou eu!Como se eu me olhasse continuamente em um espelho dependurado a minha frente, uma menina, uma mulher, uma apaixonada que dói, um ser humano que sente e vê. Eu vejo! Ver nem sempre é tão delicado.  Mas sei que o caminho é esse, amando, entregando, sendo, me ferindo por tantos e tantas eu sigo... é só o que me cabe. 

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Por toda história que nasce








(Para: Rafael Lucas, ouve ao som de Ângela RôRô: "Amor meu grande amor. Obrigada por existir ao meu lado)


Vamos falar de algo que existe na vida e não compreendemos muito bem o caminho.  Vamos falar daquilo que nos toca e nos fazem melhor, mais humanos. Vamos falar do amor que sentimos, das dúvidas que criamos e dos medos que vimos nascer. Vamos falar de nós, tão intensos e tão incertos, tão verdadeiros e ao mesmo tempo tão profundamente desesperados. Vamos, juntos, abrir espaços no tempo, absorvendo de tudo o todo que necessitamos pra nós. Vamos de mãos dadas pular no abismo do amanhã, sem deixar de aceitar que ele é nosso presente. Vamos amar, gritar quando a garganta apertar, arranhar o peito quando a dor perder espaço, descabelar os pelos quando o frio for grande demais e o calor um fogo que não cessa. Vamos aceitar o que somos, ser o que se é e ter liberdade pra existir nas aventuras que nos agarra. Abra seus olhos junto dos meus, te dou meus pedaços, enredados em sangue e alma, te levo comigo, pra onde quer que seja, basca que confie em mim de olhos fechados. Escuta no meu silencio o presente de ter você na minha vida, que Deus nos abençoe e acalente nosso amor nos braços. 

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Estou amando...




A melhor parte é quando você descobre que correr atrás do amor é bobagem, porque ele já está.  Existe amor nas coisas e nas pessoas, em tudo que vemos brilhar e nos incendeia de uma maneira única. Existe um amor imenso no céu e na composição das árvores. Não preciso esperar o amado pra agir como amante, porque o amado está naquilo que escolho e em tudo que me toca. Escrevo cartas apaixonadas e mando flores aos amigos, troco carinho com as plantas e me deito com o vento. A terra é mais linda e mais saborosa, compro pra ela presentes e passo horas vislumbrando seu silêncio. O tempo me ouve com sabedoria, me explica sobre a dor e acalenta meu coração. A chuva é sempre inesperada e faz surpresas deliciosas. As baratas e as lagartixas que às vezes me visitam, me surpreendem com coisas que nem sempre acho bonitas, mas agora acho. Tem aqueles amigos que me fazem gozar em conversas esclarecedoras e silêncios preenchidos de paz.  O prazer da água, do manjericão e do frio são sempre inigualáveis. Tenho os melhores amantes do mundo, o maior amor e me sinto extremamente amada... Um casamento onde a dor é existência e a felicidade sua alma.