segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Para uma não atrofia

Que caiam cacos do céu, que essa nuvem de fumaça não me obscureça, mas faça com que meu corpo se entregue a escuridão leve de uma claridade intensa. Que o amor continue sendo a chave, mesmo não estando, que seja a eterna definição de mim mesma. Que essa vida me coma como cachorros famintos de pés. Que eu saiba viver por mim, de mim, pra mim. Não escondendo nunca meus vícios e minhas paixões, meus desesperos loucos, minha violência nata, minha virgindade desgastada e meu amor profundo. Que o sexo seja sempre uma extensão de minha alma, e que o choro retire de mim o que pesa e quase me mata. Peço a virgem Maria força, pra seguir como puta na hora de escolher, e como Santa na hora de dar. Não nasci pra ensinar ou recolher, prefiro o anonimato da falta, a solidão da troca e o prazer de estar, de mãos dadas, aos irmãos que reconheço em silêncio. Quero possuir a fé de um desgarrado no deserto, abrindo o corpo, expondo o de dentro, morrendo mil vezes na alquimia do amor. Quero caminhar reconhecendo rostos, dores, sabores. Seguir sem medo daquilo que um dia plantaram em mim, e com muita força, com toda força, retirar a ponto de unhas afiadas e precisas, recolhendo o sangue e com todo carinho, depositando naquelas veias que secam pela esclerodermia. Devolvendo a vida aos músculos atrofiados, devolvendo o fluxo as esferas inigualáveis de tudo que sou, que somos...Irmãos no invisível, não se desesperem, dou-lhes minhas mãos e meus órgãos quando necessitarem de amor. 

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Compreendendo a vida que ainda sou

Era em dias assim que ela compreendia um pouco mais a vida. Todos aqueles altos e baixos tiveram seus porquês, cada dia e todos seus milhares de encontros ácidos e sublimes. Definitivamente não se sabe a continuação desse filme melodramático, mas não continuar cada dia acreditando nas suas novas surpresas, não tem graça. Faz bem aquele que ainda espera o melhor. Um amor do outro lado da rua enche de perfume essa casa, os antigos guardam de poeira a história dos móveis, aqueles que ainda virão preenchem as lacunas nas paredes brancas.  Nossas vidas não possuem em si um verdadeiro sentido, os sentimentos sim, esses são nossas buscas essenciais. Aqueles que são levados pelo lado de dentro e deixam-se guiar pelo fabuloso destino do inesperado, bebendo o caldo doce de algumas melancolias, poucas tristezas e o gozo de uma certeza em miniaturas de momentos divinos, esses gozam da eternidade. Que delicia sabermo-nos mortais, sem isso não existiria o mistério que envolve o depois. Talvez, quando bate na estrutura dura que ainda forma meu corpo, um peso desconhecido e uma falta que chega a doer o osso, talvez seja ai, que desejando a morte eu deseje também a eternidade do paraíso que somos nós. A não-morte do que acredito em mim e suspiro dos outros, o não bastar das agonias constantes que me fazem flertar com o inferno e dentro dele, queimando de incertezas, encontrar os lábios de Deus, tudo isso é minha não-vida fazendo-se a melhor de todas que já gozei. Correndo de fórmulas, contratos e concursos, ainda sou a melhor mestra do meu caminho, deixando-me guiar pelos instintos ferinos, felinos, selvagens, divinos e humanos , trilho a estrada de traz, o beco sem volta, a caverna da luz. Plantando mais amor e de tanto amor transbordando de amor que me faz ainda ser do amor a seguidora mais fiel e apaixonada do amor transfigurando em todo amor tudo que parece dor. Ando pelos dias recitando poemas de amor e insinuando o posto da Amante do amor que tanto preenche essa carne falida e sofrida de amor de mais, febre de mais, desejo de mais, vontades de mais, sonhos de mais, utopias de mais, sensibilidade de mais. Não sou a melhor e nunca serei, já me basta aquela mão fraca e o olhar perdido que encontrei naquele outro e naquela outra tantas vezes marcada pelo ferrete no centro da alma. Minhas lembranças são inoxidáveis, sem oxigênio não sobrevivo além de dois minutos fora do tanque maciço coberto de velhas escamas de velhos pestilentos e putas de carteira assinada. Nunca deixei de sair acompanhada, a tristeza ou a esperança são minhas prostitutas de luxo, com as quais gasto e desgasto o desgosto de desgostar tanto desse gosto amargo que teima em me queimar os lábios. Troquei os órgãos pelo “organum”, deixei escorrendo nas escadas meu “delirare” quase constante e travei no rabo a cauda de um Hipocampo. Dionísio é meu pai e Perséfone minha mãe.  Não sou de cima nem de baixo. Não pertenço a canto nenhum. Não sou andarilha e muito menos uma casada de filhos nos braços. Intolerante, egoísta e desajeitada. Um pouco de cada coisa que um dia fui e nessa vida optei em ser mais. Durmo agarrada ao travesseiro, quando não acordo debruçada sobre um amor... É, ainda tenho no peito um dinossauro exilado, mordendo meus seios e arrancando de garras afiadas o que eu não poderia ser de verdade. Passando os dias, o que sei, é que ainda sou.

domingo, 19 de fevereiro de 2012

Dessas coisas

Delírios de amor

Flor envenenada

Capturo no segundo êxtase da confirmação, a falta! Maldita pedra no sapato. Estorvo da pior linhagem. Se te quero é porque te odeio, se te odeio é porque ainda te amo. Se resisti em persistir em mim é pela causa inexata da escolha. Solto peixes deformados pela boca, defeco dragões que já me foram parentes, em febre sinto o corpo trepidar na mais escura solidão. Ainda não sei por qual caminho sou melhor, ou pior, não importa. Quero a felicidade do esquecimento, nada mais. 

Um pouco mais dentro ou A Casa

(para B.G, o dia que conheci seu casulo)

Das sensações mais confusas e contraditórias que já vivi. Como pode existir um ser humano tão complexo e intenso?! De que são feitas nossas dores e nossos medos?! Será que prefiro a dor que já conheço ao prazer desconhecido?!  Corpo tremendo, no fundo uma estranheza difusa. Desejo ter e ao mesmo tempo corro de olhos fechados pra bem longe daquilo que me espanta o olho. Be... cuidado com o que planta em mim. Sou demasiada romântica e uma paranoica em 2º grau. Minha vista turvada transfere para os membros adjacentes meus labirintos efusivos e terroristas. Estou derretendo como seu sofá. Sua mulher encoberta de azul na tela semi-pronta, me deixa extasiada, sintomas de atração e repulsão repentina. De que são feitos seus azuis?! De que materiais elétricos são feitos seus desenhos?! Qual o veneno que escorre dos seus dedos longos?!  Seu mallboro vermelho causa câncer ou alucinação?! Clopam, Longactil, Zyprexa, Revia... são compostos levianos da sua lucidez giratória, ou a causa da sua lentidão quase que constante?! Qual o seu prazo de validade?! Qual o nosso prazo de validade?! Até onde?! Até quando?! Meus braços doem. Minhas mãos transpiram e meus dedos estão fracos como quem manipula diariamente uma máquina de costura.  Quero! Mas permaneço ainda no meu estado sensível de medo. 

sábado, 18 de fevereiro de 2012

Ao longe sou eu que te cerco



Arranco do seu peito a loucura mais inesperada.
Cuidado comigo, eu sei muito e ao mesmo tempo não sei nada.
Não me basta a verdade, essa verdade mentirosa onde tomam banho os homens.
Prefiro a mentira escurecida da mais bela verdade que não se diz a ninguém.
Meu seio apodrece em passados.
Sem leite, a fome é meu satisfeito alivio.
Guarde no centro do seu esporro minha imagem imaculada
Mesmo que não seja eu
É meu esse olho que te cerca em outra.
É minha essa vagina que te deixa em brasa.
São meus os dedos que te atormentam em sonho.
Sou eu que te descubro quando o mal cobre em sangue a inveja que te mata.

Be... Um susto de amor

Brisa... como pode existir tal manto que me aquece e me apedreja a alma?! Como pode um homem me despertar o sorriso e do lado sombrio do meu ser encontrar o medo de uma loucura tão escancarada? Como pode um beijo tão sincero causar náuseas de quem amou e tem o coração ferido em cólera? 
Sua voz turvada e seus poemas que me inspiram, causam contraditoriamente uma repulsa à essa insanidade que me queima.  Me ame, mas não me ame muito, porque sou uma mulher cansada e não consigo carregar nas mãos o seu afeto. Me queira, mas me deixe ir, porque não sei saber de quem se entrega mais que a mim mesma. Bentido seja vós entre os aflitos e amargurados de existência. Bendito seja seu toque que me atormenta, despencando meu corpo no escuro véu da loucura insensata. Jamais encontrei um homem que se entregasse da forma como você se entregou a mim. Não importa, já sei que nos amamos, nesse primeiro, segundo, terceiro, quarto encontro....depositastes em mim o sublime de tua alma, o amanhã não me interessa mais.

SONETO INGLÊS No. 1
Quando a morte cerrar meus olhos duros
- Duros de tantos vãos padecimentos,
Que pensarão teus peitos imaturos
Da minha dor de todos os momentos?

Vejo-te agora alheia, e tão distante:
Mais que distante - isenta. E bem prevejo,
Desde já bem prevejo o exato instante
Em que de outro será não teu desejo,

Que o não terás, porém teu abandono,
Tua nudez! Um dia hei de ir embora
Adormecer no derradeiro sono.
Um dia chorarás... Que importa? Chora.

Então eu sentirei muito mais perto
De mim feliz, teu coração incerto.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Um Conto de Fada

Era uma vez uma menina de cara amarrada, olhos meigos e uma boca doce. Carregava no peito um suspiro que se derretia quando o frio era frio demais. Essa menina subiu em uma ponte e perdeu um sapato, desceu de um prédio é perdeu uma luva, escorregou na rampa e perdeu um brinco, dependurou-se na escada e perdeu sua blusa, pulou de um avião e perdeu as calças... Tinha começado a subir a rua, era noite e o destino não chegava, fazia frio e cada vez mais frio. A menina agarrou-se nos próprios braços e cheia de fé aqueceu-se dentro, e pela primeira vez, não se derreteu. Sem sapatos, brinco, luva, roupas...  Da carne antes fraca fez-se uma rocha firme, com pés no caminho do amor. Era uma vez uma menina...

Nossos pequenos botões....



Bom dia tristeza!
Daquilo que foi, restou a saudade.
Nessa pele de menina um pouco triste fica as marcas de um amor errante.
Da certeza que tive, hoje existe apenas uma falta e algumas poucas lembranças.
Não se esquece um amor quando se encontra outro, pois no berço das emoções fica na alma as marcas do que um dia foi bom.
Choro em prestações e perco noites buscando as marcas da delicadeza de quem um dia teve fé.
Um pouco histérica, de boca seca, no peito a ferida transbordou-se na dor de uma separação.
O pior é que mesmo depois do paraíso, a vida continua. Nesse paraíso que não se esquece era dentro da sombra que eu buscava a luz.
Tenho andado com as mãos quentes e o peito doendo pra dentro. A cor da morte tem suas belezas e suas dores, tem dias que a dor fica mais bonita que essas belezas que teimam em permanecer na poeira do tempo.
Daquelas mãos dadas o que ainda fica é o cheiro do pão, na padaria da esquina, enquanto andávamos em silêncio.
Não existe mais nada que não sejam apenas lembranças, e das lembranças ainda nasce um choro novo, como se tivesse sido ontem aquele amanhã que não chega.
Meu amor, não se esqueça de costurar os botões perdidos daquela sua camisa branca...


http://www.youtube.com/watch?v=6lLs2dC9NaE

Depois de uma tarde meio triste

Tentando. Essa coisa quase inevitável que é a vida.
Esconder os antipsicóticos. Encobertar os antidepressivos.
Rasgar um medo que vem e volta.
Encontrar um sentido, não desistir da solidão, amar minha incompreensão.
Não tem sido fácil.
Rearranjar os móveis de uma maneira que entre mais sol.
Limpar a poeira de dias, meses...anos.
Esquecer mesmo lembrando, um dia ou outro.
Fingir que faz sentido pra que no final da noite faça.
Cumprir o combinado que fiz comigo.
Deixar passar a náusea, sentada na varanda, fumando um cigarro, olhando pra chuva e segurando o choro.
Quem disse que quero continuar?!
... No mais eu continuo, um pouco menos desesperada, um pouco menos atormentada. Rezando e acendendo vela. Gritando dentro do banheiro, ficando em silêncio, observando o comportamento pra ver se tempero o meu. Ao meu redor vejo uns amigos ganhando, outros amores perdendo, um monte de gente angustiada sem saber do amanhã, sem entender o que se passa. Eu tô tentando cuidar do espirito, deixar pra trás essas magoas dolorosas de quem não esqueceu, do amor que foi e nunca mais voltou. Entro numa rua escura e depois na sala iluminada pelos afazeres que me salvam. Desse jeito eu vou levando, às vezes santa, às vezes puta!Uma garrafa de vinho inteira pra aplacar o tédio de viver nesse mundo meio árido e frio, um cigarro pra sintonizar, um pó pra dar energia, um colo pra esquecer que é tudo verdade e uma fé desconhecida em “qualquer coisa, não importa o que.”

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Quarto encontro


...De duas uma: ou essa história vira um grande amor ou desse grande amor a gente faz uma história.
Beijo Dentro. Cachaça. Medo medo medo. Medo de sei lá o que porque esse “q” eu não tenho a mínima ideia do que é mas mesmo assim tenho tentado chamar isso de medo. Medo desse olhar de fora, desse olhar de dentro, dessa insanidade, desse caminhar às vezes com os pés, às vezes com as mãos.
Desejo.
Inflamada pelo desconhecido, agradeço o silêncio tão sincero que você produz em mim, esse novo que me agrada, essa vontade que passa como um caminhão em cima de tudo, esse descobrir-se eu-palavraspalavraspalavras, muito mais que ação ação ação.

Nunca conheci quem tivesse levado porrada.
Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.

E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil,
Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita,
Indesculpavelmente sujo,
Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho,
Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo,
Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas,
Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante,
Que tenho sofrido enxovalhos e calado,
Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda;
Eu, que tenho sido cômico às criadas de hotel,
Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de fretes,
Eu, que tenho feito vergonhas financeiras, pedido emprestado sem pagar,
Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenho agachado
Para fora da possibilidade do soco;
Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas,
Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo.


Toda a gente que eu conheço e que fala comigo
Nunca teve um ato ridículo, nunca sofreu enxovalho,
Nunca foi senão príncipe - todos eles príncipes - na vida...


Quem me dera ouvir de alguém a voz humana
Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia;
Que contasse, não uma violência, mas uma cobardia!
Não, são todos o Ideal, se os oiço e me falam.
Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil?
Ó príncipes, meus irmãos,


Arre, estou farto de semideuses!
Onde é que há gente no mundo?


Então sou só eu que é vil e errôneo nesta terra?


Poderão as mulheres não os terem amado,
Podem ter sido traídos - mas ridículos nunca!
E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído,
Como posso eu falar com os meus superiores sem titubear?
Eu, que venho sido vil, literalmente vil,
Vil no sentido mesquinho e infame da vileza.” (Fernando Pessoa – Poema em Linha Reta)

...lindo você dizendo isso enquanto eu fumava um cigarro be!

Hemorragia salvando meu útero

Tenho o útero ferido, às vezes ele ainda dói.
Descubro na insanidade o antidoto perfeito pra algumas dessas dores. Aplacando meu espirito eu sigo, mesmo definhando um pouco os dedos dos pés, prefiro cravar raízes profundas nessa terra seca que um dia me engoliu, enterro.
Enterro o peso do filho que nunca tive, do amor que nunca voltou, da esperança que não morre, do desejo de conhecer dentro, da dor de ser e simplesmente continuar sendo...mesmo que sufoque.
Meu útero furado, ferido, violado. Meu útero que às vezes esqueço e me agrada nos dias frios demais...quentes demais. Minha pele que não seca e os olhos que teimam em soltar flechadas certeiras. Essa hemorragia que não cessa e não me deixa parar.
Minha maior vingança é continuar, fora do quadrado que não enquadra minha fotografia. Sou vitima da arte e uma escrava eterna do amor.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Terceiro encontro

...Lá me veio você, inesperadamente, como nos bons encontros. Vinho, muitos beijos, um desenho, papeis, caneta, cigarro, convites. Aquele seu olhar doce, um reconhecimento que vem de antes. Você me toca no osso, de um jeito que me surpreende.

Sabe Be, você disse que eu sou doce, meiga, e que os pintores tem esse defeito de se encantarem por mulheres especiais. Balela?! Talvez... o pior é que vindo de você eu acredito, em tudo. O mudo me feriu algumas vezes, as pessoas com sua crueldade, falta de sensibilidade e afeto também. Essas suas palavras me encantam, seu romantismo me encanta, sua sinceridade me encanta, sua pulsão me encanta, sua loucura me encanta e me assusta. Tenho medo, porque mesmo parecendo forte sei que sou fraca. A vida me sacudiu e nesses olhos melancólicos que te atraem existe ainda uma poeira de dor.

Gosto quando você segura minha mão e me afaga o pescoço. Mas gosto principalmente quando você me olha nos olhos e ficamos alguns segundos parados, em silêncio, ouvindo o que uma alma tem a dizer aquela outra. Você me encanta, e como tudo que mexe dentro, às vezes desejo fugir, mas minha natureza selvagem não me permite abandonar o amor, por mais perigoso que parece ser.
Reconheci sua alma, e compreendo a química que corre no seu sangue e te trava os lábios. O suor excessivo, as falas compulsivas, a dor de andar, a fuga nos antidepressivos,  a cocaína, o mal jeito, a falta de grana, suas pinturas, sua mão quente, seu jeito de se esquivar da realidade...compreendo meu menino, compreendo. Tenho medo! De alma lavada, exposta e sincera me entrego a você, e peço a Deus proteção.... Que saibamos o que faremos de nós.

Pra onde vamos?!

Ainda não me interessa.


“Nunca serei grosseiro com você, porque antes de sê-lo, eu vou chorar”

Forte como um cavalo, segurando nos dentes o osso duro da sanidade

Vou te contar um segredo, eu não sei ficar sozinha. Talvez isso tenha atrapalhado um pouco as coisas, e sendo muito sincera, quando você apareceu era importante pra mim estar com um homem bonito, não necessariamente você, mas era. 3 meses, hoje fazem três meses que nós terminamos e você ainda me dói de uma maneira aguda e grave(antes de dormir). Conheci alguns caras, transei com eles e com as meninas também. Perdi o medo de ficar sozinha e nunca me senti uma pessoa tão atraente e sedutora, gosto desse jogo no sexo, precisava vive-lo, pelo menos uma vez. Sem mentir, nem ser verdadeira, amo você. Não preciso que você esteja perto e muito menos que me ame, isso que carrego dentro é meu, inflamando as masturbações diárias e os gozos sem compromisso. Me sinto bem, inteira e destruída ao mesmo tempo. Gosto de desmoronar minhas construções, para depois poder construí-las de novo. Gosto da maneira como viro bicho, sentindo um tesão absurdo em coisas aparentemente desinteressantes. Mantenho-me viva pelo desconhecido que às vezes me mata. Sou uma mulher, hoje sei disso. Não posso ficar muito tempo no mesmo lugar, homens previsíveis me cansam, mulheres bem maquiadas também.  Meu jeito de viver me agrada, muito! Não que seja sempre mil maravilhas ou flores, mas os espinhos criam um “q” de mistério em tudo. Tenho pena, porque você perdeu uma mulher um tanto quanto interessante. Sem prepotência, mas sei o caminho que escolhi, mesmo desconhecendo o meio, sei onde quero chegar. Tomei essa decisão com 12 anos de idade, nada nem ninguém me fez abandona-la, e nunca fará. Esse sonho que tive com você esclareceram coisas, coisas que vem de dentro, essa sua ferida na cabeça não é minha, nem nunca será, não posso cuida-la  nem trata-la, já tentei um dia, mas abandonei o posto em junho de 2010. Minha ferida é no peito, acho que não é propriamente uma ferida como a sua, mas feridas no peito ainda são aceitáveis, nessa minha concepção de mundo. Não sei se aceitáveis, mas são as únicas que ainda consigo suportar, tanto em mim quanto nos outros. 

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

DESEJO

Tenho me sentido forte.
Conectada!









... Um amor de dentro brotando galhos do qual eu colho frutos e alimento meus irmãos;


Flores de um longo inverno inventando meu verão...

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

B.G

Segundo encontro

Descendo a Rua da Bahia sem saber destino certo, discursos inflamados sobre o amor, os artistas medíocres, os homens medrosos, as pessoas sem caráter e os bonzinhos e sedutores vampiros. Assim que entrei no Maleta, a primeira pessoa que vi, foi o Be. Tava lá, cercado de gente mais velha, mostrando os dentes e uns desenhos, fervendo por dentro, ocupando as mãos com um Derby vermelho. Uma aparente decadência, um cara mais velho, drogado, dopado, anestesiado...
Sabe encantamento?! Pois é!!!
Subi com uma amiga e disse que se tivesse de conversar com ele a noite se encarregaria de fazê-lo. Menos de cinco minutos, lá estava ele! Cumprimentos, abraços, alguns cigarros, vodka, ele me mostrou os desenhos (feito a caneta, folha A4, mas com a assinatura dele) e dez minutos depois ele os vendeu para uma mulher fina que disse admirá-lo. R$40, com esse dinheiro ele comprou uma coca e mais um maço de cigarro, não me lembro qual. Disse os nomes dos remédios que havia tomado naquele dia, falou um pouco de Jorge Luis Borges “Videmus Nunc Per Speculum”  e da loucura. Uma Sanidade interrompida pela lucidez da esquizofrenia , um gênio-maluco-drogado, um sedutor-encantador-apaixonante. Um presente, uma pérola, um perigo.
Uns beijos, um carinho, um silêncio...depois de uns porres eu vi um menino dizendo “Você é doida Dayane, doida!” e ele ria, sorria, enquanto eu colocava uma garrafinha de água mineral na cabeça dele dizendo que era um chifre, um só, porque ele não seria um homem com dois chifres. Eu e Camila cantamos parabéns (aniversário de 42 anos dele, aquário), fizemos uma festa no corredor do Maleta,  o olho dele brilhava de uma forma singela e simples...
Meu peito doeu, porque sempre dói quando reconheço no outro a minha dor.
Um dos encontros mais lindos que já tive na vida.
Na Augusto de Lima com Bahia ocorreu um acidente, um homem ficou preso nas ferragens do carro enquanto uma mulher na rua gritava “Ele já ta morto”. Pernas bambas, pressão baixa, sensação de abismo.  Peguei um táxi e fui embora pra casa.
Às 2:47h da madrugada meu telefone toca, uma mensagem:
Deito-me como um rio em tuas raízes profundas, Kisses Within... b 

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

3:14h

Como pode-se chegar a esse ponto? Insônia, 02:22h
Não paro de pensar e não consigo dormir. Confesso que o sono da tarde perturbou o sono da noite, mas estava insuportável me manter acordada.
Corpo tentando sustentar a insegurança.
Náusea, azia, dores no estômago já faz uns dez dias.
Um maço de cigarro por dia. Cortei o álcool e a química.
Tenho rezado, ido ao cinema, coisas q não exigem muito de mim, ando dispersa e não consigo me concentrar.
Preciso de um carinho na nuca, e silêncio.
Apática!Assustada!O cotidiano me mata.
Estou com 25 anos e às vezes parece que tenho 50.
Não me encaixo. Tenho me sentido forte e protegida, caso eu consiga passar por tudo isso acredito que no final estarei melhor. Não sei ...
Perdi o tesão.
Falta de ar, pânico e ansiedade. Mantendo as rédeas do desespero, até quando? Também não sei.
Taquicardia constante.
Boca seca, dores no maxilar, lado direito.
Pensamentos perigosos e doloridos, não tenho conseguido controlá-los.
Tenho chorado.
As pessoas não me atraem, a única coisa que me excita é o vento. Ah, chuva também.
Passado, passado, passado... Preocupações excessivas com o outro.
Desejo de desaparecer.
Vazio.
Uma certa paz de espirito, não sempre, mas às vezes sinto.
Perdi o medo, mas o contrário também me assusta.
Menstruação desregulada, apesar da medicação. A maldita cândida que não me abandona, isso tudo tá começando a me encher o saco.
Tédio.
Dente quebrado.
Ainda não fiz os exames.
Choque no pé direito e dores na mesma perna.
Cancelei o regime e engordei 1kg, havia perdido 4kg
Parei de pular corda e fazer os abdominais.
Quando estou em casa fico deitada quase o dia todo.
Li três livros o mês passado. Assisti 7 filmes e transei com o Rafael.
Daniel disse que me ama e até hoje não consegui fazer absolutamente nada em relação a isso.
Cansada.
Saudade.
Falta.
3:09h, 9 de fevereiro de 2012, lua cheia, verão, nome no SPC, conexão, faculdade, umbanda, ensaios, novo projeto com a Camila, pouco dinheiro, nenhuma paixão, nenhum desejo além daquele que pedi hoje, antes de tentar dormir.
Isso tudo sou eu? Ou inventei a metade?!
Não sei...

8 de fevereiro, e...

Eu tô cansada, sabe?! Cansada de doer tanto! O que tenho feito é segurar a dor, não vou por pra fora, não mais! Sempre fiz isso e me ferrei! Me fudi! Tô tentando uma estratégia diferente, não sei se vai funcionar, se não funcionar eu mudo de novo! É tudo difícil, difícil de mais, entende?!Quando não é uma coisa é outra, mas e ai?! Decidi continuar, tô crendo no inexplicável, respirando fundo e levantando a cabeça. Às vezes fico olhando pro chão, vendo as rachaduras com formiga dentro, abro o guarda-chuva pra não molhar o cabelo, e acredito! Em qualquer coisa! Qualquer coisa que me faça seguir adiante com o peito cheio de fé, a alma cheia de história. Não sei de amanhã e muito menos do depois, se uma grande história de amor vai me salvar ou um livro, sei lá se qualquer coisa me salva ou se o importante é esse céu que tá sempre me lembrando que tudo pode ser mais bonito. A gente perde um amor, ganha uma trepada, conhece um novo amigo, tem conversar interessantes, toma um porre, fica depre, liga pro ex de madrugada acreditando fielmente que ele é o homem da sua vida, da a volta por cima e começa de novo, até que apareça a próxima merda pra feder os pés e arrancar um pouco da dor presa na garganta. Quem disse que seria diferente?! Onde é que ta escrito que viver é como os filmes de sessão da tarde?! Eu ando acordando, todos os dias. Comendo, escovando os dentes e tomando banho... Esperando AQUELE MOMENTO DIVINO onde tudo vai fazer sentido, mesmo que dure 2 minutos, esses momentos recarregam o motor!

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Aquilo que tenho feito

Tá doendo, bem no fundo, e eu não tô deixando subir. É isso que tenho feito com minha dor, não deixá-la subir. Aumentar o espaço entre o que sou e ela. Tem alguma coisa arranhando, tô segurando o choro no céu da boca, buscando uma infinita confiança naquela caixinha que guardei aqui no peito, trabalhando, estudando, confiando na vida e nesse palco que me salva. 

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Nossos ós

Eu cuido de você! Não era isso?! Nossas tardes cinzentas silenciadas pelo medo. Caminhamos de lados opostos sem compreender que o caminho mais próximo era aquele mesmo.  Os dias corriam e nós nos aproximávamos daquilo que no fundo não queríamos.  Vi você nascer e você me viu morrer, sem perdas e ganhos, nós fomos sublimes. Meu engano que conforta, creio fielmente naquilo que inventei. Chega de dissoluções, quero somente o que continua, abstendo-se de mim chorei como uma vaca que perde seu bezerro morto de fome.  Nada daquilo era infelicidade, mas aquela coisa que não se diz o nome. Etimologia perfeita para  os enigmas do amor, minha pedra partida ainda representava o seio. Desejei você perante o universo que me esfregava o contrário. Fumei a fumaça que espremia seu corpo quase infantil, nas partes de baixo. Minha fêmea de coito interrompido, meu gozo sessado pelo tempo. Chorei o leite que escorria seco do seu fálico e falido caralho de merda. Abriu-se milhões de espaços e dentro daquilo que enfebrecia minha pele eu renasci daquele pó rubro e acinzentado. Deixei de ser, para poder ser de verdade.   

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Aquele trem de ontem, de hoje, de sempre...

A vida. A vida e seus rumos inesperados e desconhecidos. Tem alguma coisa nova batendo na porta, do lado de cá só percebo o barulho, o que tem ali ainda é desconhecido. Viver é bom, sabia? Viver é lindo! Dançar esse jogo me faz sentir amor. Hoje a noite estava linda, ontem também. Bons vinhos, boa companhia e boa conversa. Poesia encobrindo tudo, uma poesia sutil revestida de paz. Vivemos tempos perigosos, vejo meus iguais se perdendo e criando em si um eu que não existe, a energia acaba explodindo para o lugar errado. Não é fácil viver, não deixa de doer, não deixa de ser melancólicas as festas infestadas de pessoas frias e materialistas. Mas eu sigo! Por Deus, comprei o bilhete e não vou pular com o trem andando. Gostaria de ver mais seres humanos, nessa intimidade que fede e vomita beleza. Me acalmo com a sensibilidade do que tenho, do que venho recebendo e de tudo que tenho sentido. Existe dentro de mim um amor leve que acalenta os tremores dessas excitações violentas e necessárias, um amor transformado em música, olho o trem cheio , de olhos fechados o passageiro ao lado balança a cabeça, como se em silêncio ouvisse a mesma música que eu. Não estou sozinha, eu sei!

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Primeiro encontro

Você me pediu pra comprar uma guia branca de Oxalá e colocar na minha cama. Apaixonei-me por você e tive medo de dizê-lo, muita força e vontade em um ser humano só. Mas entre aqueles cigarros e o papo sobre os aviões nazistas, eu te amei. A  tempos não encontrava um homem assim, tão gente e tão mulher. Depois descobri que você pinta e depois me veio suas obras. Um susto, tamanha foi minha admiração. Então te desejei como mestre, guru, guia espiritual, amante, amor, amigo...Não importa!Te desejei inteiro e tive medo. Você é tanto, transborda naquela insanidade que tanto me atraí. 45 internações, 42 anos, 25 esperando você.  Pensei em pedir seu telefone, email, faccebook ou qualquer forma de contato que não me fizesse perder de ti. Mas em um instante eu depositei ao vento a responsabilidade do nosso segundo encontro. Espero ansiosamente revê-lo Bernardo Gouveia, guardo apertado dentro do peito o cheiro de suas mãos quentes sujas de cigarro, aquele olho vago que adentra no fundo, as olheiras, o caminhar vago e certeiro. Que sua esquizofrenia me contamine por completo, é só o que desejo. Amo você. Que alguma coisa maior toque seus ouvidos e fale o que tenho pra te dizer agora, obrigada por plantar isso em mim, você sobe e eu desço, mas como você mesmo disse, isso não existe, só existe o meio.  Saravá!!!

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

BROMÉLIAS DE AMOR

De hoje, o que tenho pra dizer, é que acredito e confio no amor. Que cada dia que passa tenho mais certeza dos encontros meio místicos e sublimes, desses que guardamos pra sempre, são raros, mas acontecem. O corpo suspira aliviado quando a alma encontra o verdadeiro espaço, quando adentramos nesse outro lado da vida tudo fica mais leve e parece fazer sentido. No meio do caos encontrei pequenas bromélias, aconcheguei no meu colo quente, são elas o remédio necessário pra essas feridas que ainda insistem em sangrar. Bromélias lindas que me deixam pisar leve e seguir inteira... 

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

O samba de uma mulher com sorte

 (Gabriela perdeu a fantasia e voltou pra casa chorando e sambando, enquanto chovia. Para se ler ao som das marchinhas de carnaval...rindo e sorrindo da dor)

É engraçado, porque continuamos...é importante continuar. Levantar a cabeça e seguir em frente, limpando a poeira, retirando o pó. Mesmo quando o amor passa por cima a gente  se mantém, construindo edifícios, alavancando os sonhos, bebendo caipirinha pra aliviar a dor. Um dia a gente esquece e depois lembra, faz parte.  Você me educou e eu te ensinei, não sei qual é o pior. Penso em você com uma leveza de dia-a-dia, da mesma forma quando se toma um remédio periodicamente e não se pode esquecê-lo. Rivotril,  Donaren e Prozak, nada me serve além dessa instabilidade constante e essa paixão pelo humor vacilante, vivo disso e sou. Você me fez. Ponto. Não quero continuar a frase, nem acrescentar a ela uma receita de remédio ou tentativas, adjetivos ou ações. Simplesmente ponto. Ponto porque as coisas são, e não se acrescenta a elas significados, justificativas ou vontades. Coisas que são maiores a gente não define, elas simplesmente estão e junto delas nós somos, a gente é. Existe em mim um caixa de coisas que são, me sinto abençoada por isso. Ontem uma menina me disse: você é uma pessoa de sorte! É...quem sabe?! Acho que sou! Que coisa boa, que bom! Dói, e é tão bonito doer! Existe em mim uma fonte inesgotável de amor, só preciso distribuí-la, isso já faz de mim a mulher com a maior sorte desse mundo.  Ganhei na loteria, acertei os números, tirei a roupa e rasquei o dinheiro na praça, em plena lua cheia, verão, carnaval, semana santa e Nossa Senhora tocando pandeiro enquanto eu sambava, do lado da realidade eu era a fantasia que faltava, sem pretensão alguma, apenas amando o momento do delírio existencial. 

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Essa coisa de robôs não vai funcionar, já tô avisando.

A vida é cheia de vai e vem e no meio tem uma coisa chamada amor. Esse amor que coloco do lado do tesão, no centro da testa: SEM TESÃO E SEM AMOR O HOMEM VIRA UM ROBÔ. A primeira vez que descobri o amor, e consigo ainda me lembrar dele, foi quando fui ver uma peça, lá onde eu nasci, e disse pra mim: Que coisa é essa?! Aquelas pessoas tão vivas e diferentes de tudo, um ritual, uma união... OHHHHHH EXISTE GENTE DE VERDADE!
Depois daquele dia eu queria só viver daquela maneira, cheia de amor e de tesão por tudo, em cada momento que me acompanhava, em cada dia vivido, em todos os meses percorridos e horas digeridas pelo tempo. Não foi sempre que consegui , porque essa atualidade, que prefiro chamar de caos (sem tesão e sem amor) quase me engoliu inteira e transformou meu pobre corpithu em uma mercadoria barata, sem alma, e valor nenhum.
Não!Assim eu não vivo meu bom Deus! Eu preciso de amor, dessa coisa que deixa a gente retardado e com fogo no cú. Transformando tudo que sai da gente em um gigantesco tesão e gozo eterno. É bom quando alguém me abraça, quando passo horas (sem ver a hora passando) falando dessa coisa meio complicada que chamamos de existir com uma pessoa quem nem conheço direito, mas logo faço dela um irmão. Um irmão na dor.
Gosto das relações sinceras e de fundo de olho. Entregando tudo, até a última gota. Esse povo cheio de medo, receio, arquiteturas homéricas e objetivos futuristas, me cansam!No final da festa fica todo mundo sozinho, com o mesmo gosto de solidão roendo os dentes e a mesma sensação de fracasso aporrinhando o coração. Pra quê?! Plano de saúde, casa própria, carro, mestrado, doutorado, boa aparência, uma ótima saúde, boas relações, bons contatos, sucesso profissional, estabilidade e bláblábláblá TUDO EM PRIMEIRO PLANO! Alienados por essa modernidade líquida e esse amor desmanchando-se no ar. Aprisionados no próprio corpo e na própria imagem que construíram de si. FALTA CORAGEM!FALTA TESÃO!FALTA AMOR... PELE, GENTE, OLHO NO OLHO, VINHO, BOAS RIDAS, BOAS REFLEXÕES, BONS CARINHOS, VERDADEIRAS TROCAS E INTENSOS ESTADOS DE CRESCIMENTO HUMANO.
Falta brilho no olhar.
Incertezas são bons alimentos, prestígio é um chocolate e dinheiro é ilusão.
Desse jeito restarão somente robôs na terra... ahhhhh não faz isso comigo!Quem é que vai me despertar pra amanhecer outra vez?!


(quem avisa amigo é...)