As vezes cansa um pouco a montanha russa. Esse vai e vem no meu corpo, na minha cabeça, na minha sanidade mental. Não da pra aguentar por muito tempo essas míseras e doloridas explosões que acontecem inesperadamente. Duas, três explosões por dia. Acordar bem não significa nada, o dia é um leão que a gente mata antes das cinco. Depois é pior, a noite os bichos aumentam, viram uns super leões que dão medo. Eu não sei mais o que fazer, eu tentei, eu tento, mas as vezes eu queria só parar a roda e respirar um pouco. Só isso, sem monstros horríveis, sem medo e sem esse buraco de uma roda que gira incessantemente.
domingo, 13 de setembro de 2015
SEGURAR A CORDA
Sóbrio
A vida pede mais...
Ela exige que o corpo esteja sóbrio para compreender a parte que lhe cabe da insanidade não institucional.
Chega a doer o osso.
O cotidiano é a pior forma de estar
domingo, 6 de setembro de 2015
Sobre andanças
Hoje eu passiei de novo, fui em vários lugares. No bairro japonês, na feira japonês, na Sé, no caixa cultural, no CCBB. Fui no cinema, na praça, andei de metrô e muito a pé. Envelheci. Antigamente as coisas me surpreendiam mais, e eu me deixava levar por uma certa beleza do mundo. Mas hoje eu ando achando as pessoas tão tristes, melancólicas, vazias, uma estranheza dentro dos olhos, um medo incutido no andar de pressa. Uma secura de tudo, um cinza esmagador e uma pressa sem sentido. Fiquei em silêncio quase o dia todo, desde ontem. Todas as cidades infelizes se parecem e cada cidade feliz é feliz a sua maneira... Anna Karenine se surpreenderia com a catedral da Sé. Linda, imensa, altiva e forte. A religião é algo onipresente, ela amarra silenciosamente cada pedacinho desse nosso país. Ando invertida para o lado de dentro, é uma fase, já tentei correr dela, mas ta enraizada demais. Não sei se eu to feliz, to tranquila e com medo ao mesmo tempo. O futuro é muito incerto, e a gente fica tentando encontrar o sentido das coisas.
sexta-feira, 4 de setembro de 2015
E.T
Eu penso realmente que ela deve achar meus amigos uns Ets. Ela deve achar minha vida uma loucura e não é sempre que eu sustento tudo, fico no meio, tentando equilibrar a dor. Não da pra deixar nem uma nem outra puta com essa coisa "que saco". Como é que se continua?
A dificuldade de ser...
Uma merda! Uma imensa merda.