quinta-feira, 21 de julho de 2011

Falta

Eu fico com esse aperto e essa saudade que não passa nunca.
Mais uma vez perdemos o encantamento, mais uma vez jogamos pro alto uma coisa tão bonita...
eu só queria voltar
eu só queria sentir
sentir de nova aquelas coisas boas de quando fizemos planos... de quando acreditamos....
fico com aperto e com saudade
Uma sensação amarga de fracasso e falta
só isso!

domingo, 17 de julho de 2011

O que eu faço?

... e se dói tanto, eu faço o que?

se eu te dissesse três das mil coisas, você não entenderia nada....

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Nada é muito quando é demais

"Dizem que a gente tem o que precisa. Não o que a gente quer. Tudo bem. Eu não preciso de muito. Eu não quero muito. Eu quero mais. Mais paz. Mais saúde. Mais dinheiro. Mais poesia. Mais verdade. Mais harmonia. Mais noites bem dormidas. Mais noites em claro. Mais eu. Mais você. Mais sorrisos, beijos e aquela rima grudada na boca. Eu quero nós. Mais nós. Grudados. Enrolados. Amarrados. Jogados no tapete da sala. Nós que não atam nem desatam. Eu quero pouco e quero mais. Quero você. Quero eu. Quero domingos de manhã. Quero cama desarrumada, lençol, café e travesseiro. Quero seu beijo. Quero seu cheiro. Quero aquele olhar que não cansa, o desejo que escorre pela boca e o minuto no segundo seguinte: nada é muito quando é demais."

domingo, 10 de julho de 2011

Demasiadamente estranho

 Dessas coisas estranhas que não da pra saber direito de onde vem, mas vem... sempre vem!

Bate confusão e saudade, milhões de coisas paradoxais e invertidas. Não dá pra saber direito o sentido, muito menos pra onde vai, mas a alma sente, e sente muito. Eu sinto muito, sinto por tudo que saiu errado, por tudo que se desfez, por todas as falhas ingênuas, por cada milímetro de amor que não foi cuidado... Uma noite gelada e vazia, não era assim... A muito tempo deixou de ser o contrário, em um tempo onde a esperança era calçada, e o desejo um asfalto quente e movimentado, sem engarrafamentos. Uma caixa de grandes surpresas, é dessa maneira que a vida se apresenta, meio lenta, um pouco torta, por hora... fria, fria demais. Do outro lado tento me desviar do escuro, cobrindo a cara, chorando escondido, me embriagando subitamente, pra ver se passa. Mas quem disse que passa? Será sempre a mesma história, nos encontramos nesse medo bobo de inquietação e insatisfação crônica, tomamos um cappuccino e fumamos um cigarro, os três, cada um desviando-se do verdadeiro fato, da verdadeira falta, encontrando nas palavras não-ditas o cheiro podre de comida estragada, mas exibindo a olho nu, a falta de brilho, a mão que treme, o olhar vago no volante sem rumo.  Caminhamos pelas calçadas que construímos, aquelas nas quais depositamos a fé plena de seguir adiante. Se vale a pena ou não, não importa, nos reconhecemos no silêncio de nossas dores irrequietas e desconcertantes. Seguimos na indiferença falsa do “não nos importamos”, porque no fundo importa, importa muito, por isso o silêncio de um café inteiro, de uma manhã completa, uma tarde cinzenta e uma noite completamente vazia. Não tem importância, porque isso tudo que me preenche agora é uma coisa estranha, uma coisa sem nome...Bem ou mal eu sinto, e disso ninguém sabe direito, nem mesmo eu que vejo o centro do coração fervendo, que sinto o cheiro da alma fritando, do corpo caindo, da gota caindo na pia, o gosto do cigarro amargo ocupando lugares indiscretos e demasiadamente humanos. 

terça-feira, 5 de julho de 2011

Insônia

Quando fico aqui, nessa casa meio colorida, meio escura, meio torta... sempre compro um vinho, sempre escrevo, sempre leio, sempre fumo muito, sempre choro, sempre sinto falta, muita falta... minha cama tá grande de mais... Cadê o Simba?e o filme ontem foi tão bom...e a noite foi tão boa...a peça, o caldo, o livro, o sono, o sonho...já sonhei pra caralho, quando tô dentro é bom, mas quando não tô, simplesmente não sei o que fazer... Queria muito doce, um doce bem grande pra adoçar tudo de cima. Queria também uma música muito boa o tempo todo... encantamento! Sorriso largo me tirando o sono, paixão me colocando olheiras, boas olheiras... só que agora, ah! Agora tá chato, tá triste, tá solitário... Um momento importante, mas não deixa de ser ruim!
Eu sigo sonhando... quem sabe um dia?que seja doce....

Assim como Deus...

E era assim, sem perceber, as coisas se desfaziam em um piscar de olhos. Não se saberia dizer se o problema era ela ou essa implicância em sentir de mais. Todos os dias os pontos mudavam de lugar, em um instante tudo parecia tão certo de ser e existir, mas como poeira, uma simples ventania ofuscava aquela certeza, em meio a furacões e cigarros ela se desfazia inteira. Reconstruir-se  era um trabalho ardo-o e diário. Ela acreditava no amor, ela acreditava na vida, ela acreditava na possibilidade de um dia ser completamente feliz, ela acreditava na morte, ela acreditava, sobretudo, em Deus. Não aquele Deus de santos e anjos, mas um Deus que a embalava como a sinfonia nº29 de Mozart, um Deus de carne que sentia na pele, estranhamente arrepiava-se e logo saberia dizer, ele está aqui! E não que fosse isso ou aquilo, não que fosse Deus o seu salvador, ou aquele arrepiar-se inteira, não era isso. Aquilo que mais doía era a falta, não se sabe de onde nem se sabe o porquê, mas inexplicavelmente a falta existia nela assim como Deus se fazia presente no arrepiar-se-inteira-na-pele. Calafrios inauditos a persuadiam na escuridão da incerteza, e ela chorava feito criança abandonada na rua, ou gato abandonado na estrada, ela miava. Onde estava Deus nesse momento e seu arrepiar-se quase constante? Onde estavam suas vontades e sonhos felizes? Quanta babaquice! Era assim que pensava no momento de desespero inigualável.  Dócil, como uma menina de 16 anos penhorando seus pertences, ela continuava. Uma taça de Santa Helena, quase diariamente, alguns pedaços de chocolate, Vivaldi, Caio, Sylvia e amêndoas...pra não dizer outra coisa, ela se mantinha. Abstinha-se dos erros e das culpas, pra ver se doía menos, mas ainda assim a certeza não voltava. Da noite para o dia ela começava com arrepios pequenos que se estendiam para fortes calafrios, Deus tinha voltado! Por um mísero momento ela sorria, e em plena nostalgia de ser aquilo e não outra coisa, ela agradecia aquele santo Deus pela instável leveza do minuto, mas passava...Ela ia e vinha, assim como Deus, assim como ela, assim como aquilo, assim como a certeza, ela ia e vinha, sempre e constantemente. 

Pequenas novas formas, para:

isso tudo sou eu...

Isso tudo é meu...
Novas formas para...





Feito força invisível


Sem maiores ou grandes desistências. O que se vê do lado de fora é uma sede imensa pela força bruta de manter a fé.  Um caminho sem pudor ou regalias, um caminho apenas. Um continuar mais que existir, estando na imensidão da dor e do amor, todo o seu corpo por inteiro, toda sua alma sendo engolida por completo. Eu te sinto aqui, na sua ingenuidade e cumplicidade pela troca e o encontro. Todos os calos foram aterrorizados e dissolvidos, por você e com você. Te sinto tão inteiramente com seu sorriso largo e imenso, que chego a querer chorar por não acreditar em tanto! Sua brutalidade me santifica, não pela força, mas sim pela delicadeza da entrega.  Te desejo mais que o meu desejo, e sim todos os desejos do mundo, porque você merece a luz de um dia quente, e a beleza de um por do sol estrelado. Aquele seu corpo de fogo me desalinha tão lindamente que fico buscando na falta o fio que você sempre deixa, mesmo não estando, você fica. Te quero pelo humano que você transborda, pelo vicio que você me tira, e pela intensidade que você não diz, mas vive! Nas nossas diferenças eu encontro a graça, tão simplesmente graça que um sorriso é nada. Que nada sejamos, porque sem querer já somos, sem querer a gente se entende e sente... Uma luta de fraquezas tão absolutas que o infinito é a energia de maior força, e talvez seja por isso que te quero tanto, tanto, tanto...que me senti forte novamente. 

domingo, 3 de julho de 2011

SOBRE-VIVENTES

Foi lindo...só isso!
Valeu de mais, valeu tudo!Cada segundo desses últimos meses!Sobrevivemos.... e foi algo de muito maravilhoso!Uma fé enorme...só isso...é o que fica!Te amo Rafa, Te amo mari, te amo Lipe....valeu gente!Valeu de mais!

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Um pouco mais de menos

Eu queria não precisar de tanto. Às vezes acho que sofro de insatisfação crônica!!!E nunca passa...não passa nunca, que merda!Ainda carrego todos os pedaços que perdi, ainda gravo os caminhos que poderiam ter sido, ainda...
Eu te pedi pra me dar um pouco mais, eu só não sabia que um pouco mais pra mim não bastava. ...
Eu preciso dormir....
E esquecer...
Esquecer....
Esquecer...
Pra mim já basta

Divagações dormindo na lembrança...

Lembrei da gente ouvindo Janis na Bahia. Da gente andando de mãos dadas no Rio. Da gente indo naquela exposição no CCBB. Lembrei da gente na cachoeira, da gente na paixão de cristo, da sente se olhando, da gente rindo de muita bobagem, da gente jogando vídeo game, da gente dormindo abraçado, da gente  vendo o sol nascer no seu AP na Tijuca!Lembrei da sua mãe da sua jaqueta dos seus olhinhos do seu cheiro do seu toque do sabor que tínhamos juntos das promessas das certezas de todos os imensuráveis sonhos cheio de cor. Lembrei da gente andando perdido em Ituiutaba, da gente com medo de que eu estivesse grávida, da gente no sex shop e na padaria tomando café. Lembrei de quando você me olhava e aquilo me emocionava profundamente. Eu só lembrei... e doeu!saudade...

Em uma madrugada qualquer...

Quem sabe um dia, flor? Quem sabe um dia a gente não se encontra de novo? E tudo volta a ser como era antes? Naqueles dias brilhantes e cheios de sol, cheios de amor, cheios da gente se querendo por inteiro e tendo certeza de tudo...tudo! Todos os dias claros e embebidos de risos e filmes, caricias, carinhos...
Voltei pro meu ciclo seco, o meu ciclo redundante, melancólico, bêbado e criativo. Eu fui todas as minhas escolhas no seu último extremo, e pretendo continuar sendo, me dói e sei que ainda vai doer por um tempo longo...um tempo tão longo que talvez eu desapareça antes, não importa, só peço a Deus que os extremos me guardem e me abençoem.
Os tempos bonitos se foram... mais uma vez! Voltei pra casa...voltei como sempre volto...sozinha! Fiz um cappuccino e acendi um cigarro, pra variar! Falei um pouco comigo, esperei  e comi chocolate. Escrevi, chorei e me embebi de lembranças suas e nossas, minhas e dela. E cheguei a conclusão de que nada adianta, nada, absolutamente nada. A poesia é feita do fim de, ou do desespero por. Eu dividi meus sonhos com muitas pessoas, mas nenhum deles morreram, quem morreu, ou, o que morreu, foi uma parte minha, um pedaço meu. Meu coração ta pequenininho, cabe na palma de qualquer mão generosa, de qualquer copo de cachaça, ou em uma bituca de cigarro.
É isso ai, a vida continua cheia de momentos tortos... Mas deixa fruir, mesmo que não flua! Eu finjo que acredito, eu finjo que esqueci, eu finjo que talvez seja mesmo a melhor escolha.  Não sei por quanto tempo, mas algo em mim não deixa de acreditar que será difícil e sempre vai ser, que ainda vai doer muito, que ainda vai fazer bater! Eu seguro minha mão em mim, eu seguro meu corpo contra o travesseiro frio, eu guardo meus sonhos na gaveta mais funda e mais apagada. Um dia vou aparecer de novo, com um sorriso bem forte e sincero no rosto, com o cabelo solto e o corpo quente... Eu apareço de novo e te chamo pro JK... Sem lembranças a gente começa outra vez, eu começo outra vez, porque nesse instante eu não consigo acreditar em mais nada além desse aperto duro no peito... essa voz grave e rouca, esses pés calejados de andar no escuro, esse peso leve de existir!