sábado, 9 de novembro de 2019

silêncio

Mistura-se em mim os tempos. Ja não sei dizer direito se foi ontem ou se ainda é. As coisas se repetem, os encontros, os deslocamentos. Foram tantas coisas. Parece um furacão que não para nunca. Parar. Respirar. Silenciar. Difícil essas topadas, esses esbarros. A vida ja não se sabe direito qual é. Qual o valor da palavra? uma frase mal escrita, mal comida.... Logo, mal digerida. Indigestão. Esses tempos misturados exigem que façamos silêncio. Fechar os olhos e adormecer sem perceber a distancia, sem sentir a palavra mal dita. Descobrir narrativas que estabeleçam possibilidades de criação. Outros mundos possíveis. Silêncio. Não sei escrever por completo. Me falta inteligência pra agrupar assuntos, dividir ideias, consumir sermões. Um decreto do que é e do que não deve ser, isso me mata. Eu tenho sim falecido pedaços. Deixado no caminho um membro, um órgão. Eu deixo o que me formei de vida até então, raios de possibilidades. Um tereno fértil de criação. Criar corpos que performem a vida sem se preocupar se aquilo é mesmo a vida porque viver é digno de nomes irrestritos. Minha cabeça as vezes pesa 100kg. Parar de pensar e escutar a música.

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