As lembranças são feito móveis espalhados pelo corpo, tem dia q o móvel fala, range os dentes, mexe com o peito quieto. O amor é complexo e hoje fiquei me perguntando porque é que a gente ama aquilo que nos faz mal? E descobri que muitos dos meus móveis adquiri nesse complexo esquema, amor e dor. Foi assim que aprendi, desde pequena. Sinto sua falta e queria te escrever, tomar uma cerveja, bater um papo, transar....sonhei que a gente se pegava e era tão gostoso. Ôh, meus móveis rangendo! Perdemos tudo. Esfarelamos. Distruimos belezas. Não sei porque mas, será que você me odeia?! Claro! A portadora de suas derrotas sou eu. Alguma coisa me conta que é melhor assim, sinto uma saudade imensa, uma falta absurda....converso sozinha com você todos os dias. As vezes até te chamo do quarto pra cozinha. Dói, sento e choro um pouco. Depois continuo. E tem sido assim, e tem sido melhor, tem sido mais leve! Revejo fotos, limpo os móveis, abro gavetas, refaço lembranças. Sinto sua falta. Hoje escutei você um pouco no violão e segurei o choro na garganta, arranhei uma.porrada de móveis, doei, quebrei. Perdemos o amor fazendo faxina e esquecemos que botar tudo pra fora era arriscado, pois é, deu no que deu. Sinto sua falta todos os dias, e tenho certeza que é melhor assim.
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