sexta-feira, 1 de julho de 2011

Em uma madrugada qualquer...

Quem sabe um dia, flor? Quem sabe um dia a gente não se encontra de novo? E tudo volta a ser como era antes? Naqueles dias brilhantes e cheios de sol, cheios de amor, cheios da gente se querendo por inteiro e tendo certeza de tudo...tudo! Todos os dias claros e embebidos de risos e filmes, caricias, carinhos...
Voltei pro meu ciclo seco, o meu ciclo redundante, melancólico, bêbado e criativo. Eu fui todas as minhas escolhas no seu último extremo, e pretendo continuar sendo, me dói e sei que ainda vai doer por um tempo longo...um tempo tão longo que talvez eu desapareça antes, não importa, só peço a Deus que os extremos me guardem e me abençoem.
Os tempos bonitos se foram... mais uma vez! Voltei pra casa...voltei como sempre volto...sozinha! Fiz um cappuccino e acendi um cigarro, pra variar! Falei um pouco comigo, esperei  e comi chocolate. Escrevi, chorei e me embebi de lembranças suas e nossas, minhas e dela. E cheguei a conclusão de que nada adianta, nada, absolutamente nada. A poesia é feita do fim de, ou do desespero por. Eu dividi meus sonhos com muitas pessoas, mas nenhum deles morreram, quem morreu, ou, o que morreu, foi uma parte minha, um pedaço meu. Meu coração ta pequenininho, cabe na palma de qualquer mão generosa, de qualquer copo de cachaça, ou em uma bituca de cigarro.
É isso ai, a vida continua cheia de momentos tortos... Mas deixa fruir, mesmo que não flua! Eu finjo que acredito, eu finjo que esqueci, eu finjo que talvez seja mesmo a melhor escolha.  Não sei por quanto tempo, mas algo em mim não deixa de acreditar que será difícil e sempre vai ser, que ainda vai doer muito, que ainda vai fazer bater! Eu seguro minha mão em mim, eu seguro meu corpo contra o travesseiro frio, eu guardo meus sonhos na gaveta mais funda e mais apagada. Um dia vou aparecer de novo, com um sorriso bem forte e sincero no rosto, com o cabelo solto e o corpo quente... Eu apareço de novo e te chamo pro JK... Sem lembranças a gente começa outra vez, eu começo outra vez, porque nesse instante eu não consigo acreditar em mais nada além desse aperto duro no peito... essa voz grave e rouca, esses pés calejados de andar no escuro, esse peso leve de existir!

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