sábado, 29 de março de 2014

Aquela 14264742

Eu chego na nostalgia mais absurda de todos os tempos. Me compadece esse momento. Sinto-lo no presente é tão absurdo que me assusto e te assassino no passado distante. Somos as memórias que ficam. Aquela já não existe mais e em menos de dois anos vive 50. Cinqüenta tons de cinza abarrotando meu  guarda-roupa enferrujado, gasto e pobre. Aquela mesma melancolia do Las. Aquela mesma trilogia da depressão dando sentindo para os dias cinzas e claros. Quanta saudade. Quanta saudade de tudo que me tornei. De tudo que sem saber eu retirei da lembrança fria de um dia apaixonado. Meu Deus, eu sinto tanto que meu espírito se afogou e e ressuscitado compôs o terceiro dia. Uma sinfonia doce e desesperada. Sem controle eu sinto um tesão fundido de utopias já desacreditadas.

Pra onde?

E lá se foi ela. Sem mais nem menos. Se afogou na praia de Copacabana e perdeu as estribeiras depois de retornar.

Quanto?

Dois reais por cada suspiro e um milhão por cada segundo sem morte.

E depois?

Não importa.

Ate quando?

Aquela era ela. E logo depois sua história e seu 14264742.

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