domingo, 6 de setembro de 2015

Sobre andanças

Hoje eu passiei  de novo, fui em vários lugares. No bairro japonês, na feira japonês, na Sé, no caixa cultural, no CCBB. Fui no cinema, na praça, andei de metrô e muito a pé. Envelheci. Antigamente as coisas me surpreendiam mais, e eu me deixava levar por uma certa beleza do mundo. Mas hoje eu ando achando as pessoas tão tristes, melancólicas, vazias, uma estranheza dentro dos olhos, um medo incutido no andar de pressa. Uma secura de tudo, um cinza esmagador e uma pressa sem sentido. Fiquei em silêncio quase o dia todo, desde ontem. Todas as cidades infelizes se parecem e cada cidade feliz é feliz a sua maneira... Anna Karenine se surpreenderia com a catedral da Sé. Linda, imensa, altiva e forte. A religião é algo onipresente, ela amarra silenciosamente cada pedacinho desse nosso país. Ando invertida para o lado de dentro, é uma fase, já tentei correr dela, mas ta enraizada demais.  Não sei se eu to feliz, to tranquila e com medo ao mesmo tempo. O futuro é muito incerto, e a gente fica tentando encontrar o sentido das coisas.

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