sábado, 2 de janeiro de 2016

Das bandas de ca, B.A

A vida se desfaz em segundos.
As relações mudam.
Pessoas deixam de existir dentro da gente como pequenas bolhas de ar que se derretem com o tempo.
2016 se inicia com menos pessoas e mais amizades, menos sapo e mais pássaros, menos medo e mais confiança.
Não me interessa dores de menos, prefiro amores que doam pra todos os lados. Pra esse novo ano que se inicia, na beira dos 30, desejo os desejos mais intensos e os encontros mais sinceros. Desejo paixão pela manhã e calma que se arraste pelo fim da tarde, desejo ser mergulhada e transformada, inundada e acariciada, bêbada e feliz! Desejo me dar tempo pra ler Manuel de Barros, e disciplina pra correr antes do dia começar. Quero tomar café na varanda e respirar sem pressa a brisa alaranjada das cinco. Quero ser leve como árvores sabem ser, e firme como meus cantos mais preciosos. Em 2016 vou guardar as decepções dentro de caixinhas coloridas, como bons romances que afetam a corrente sanguínea, mas passam. Às pessoas que abandonei eu peço perdão em silêncio, mas sei que sou melhor sem elas, e isso só quem sente entende. Nao quero estar sem poder ser, não quero fala sem ouvir um tanto, não quero sentir se não for pra ser muito. Quero amores. Quero silêncios. Quero plantas, bichos, gente de verdade e cor, muita cor. Quero morrer lendo um livro e levantar renovada depois, pequenas ressurreições diárias sustentando o amanhecer.
Acreditar acreditar acreditar. É só isso!

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