Uma vontade outra de existir.
Agoraa eu inexisto,
O céu tem estado tão bonito.
Tenho sentido o vento cheio de palavras... dado tempo as
coisas da natureza, respirado outros silêncios.
Sinto que existe uma mudança em andamento, e ela é enorme.
Um tsunami!
Uma mudança vibratória. Sei la... sou cheia de falatórios na
minha cabeça. Mas meu coração diz que estamos começando outra vez, nascendo,
evoluindo. Tem doído um tanto.
Tenho medo de ficar sem ter o que comer. Tenho medo de não
ter trabalho e de perder o rumo.
O que existe em nós agora é o que somos, o que somos de
dentro do vulcão. Do centro da terra.
As crianças me enchem de esperança, porque elas só conhecem
o agora. Elas são! Isso é tão bonito. O céu tem cores infinitas, e de noite ele
brilha no escuro. Um pouco de céu e um pouco de esperança.
Continuo escrevendo pedaços e existindo aprofundada na minha
lama e na minha divindade. Eu sinto meus ancestrais. Sempre senti. Enquanto
escrevo o vento conversa comigo. Tem uma mulher que eu vejo desde criança. Uma
velha, negra, escrava, de mãos enormes, e o olhar mais doce do mundo. Te
agradeço a força. É ela quem me ensina sobre algumas coisas, mas por vezes eu
deixo pra la, não quero. Queria querer, mas não sou dadas dessas coisas, nunca
fui. Preciso querer, mas, ao mesmo tempo, me deixo não querer. Eu sou de sentir
as coisas.
Agradeço a liberdade, o pedaço de céu e o amor.
Agradeço também esses sonhos que não perco e essa tentação
de ser sempre querer.
Mmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmm eu
tenho um amor imenso pra curar meu mundo. Nossa conexão reaparece.
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