Para
Natália F. Laurete
Querida
menina, moça, mulher... todas essas coisas que estão ai dentro, e
aqui também! Dizer o que da vida? Que ela gira e retorna pro lugar
que a gente menos espera? Talvez. Existem feridas que marcam a alma
profundamente, o amor é daquela coisa que cava fundo, dependendo da
raiz ele nunca mais escapa. Dores de Frida, desespero de Claudel,
solidões de Silva Plath e aquela poesia arranhada da Florbela,
coisas do amor, de amor, por amor. O que fazer? A gente inventa!!!
Inventa que é bom, que da, que pode, que consegue. A gente inventa
possibilidade e acredita ferozmente em seu potencial futuro adornando
nosso cotidiano. Amor é bicho do mato, morro alto, escada sem
corrimão. Amor é criança chorando sem sentindo, coração doendo
sem espaço, aperto apertado corrompendo a sanidade. Não te desejo
flores, flores do mal, flores artificiais, flores do inferno. Te
desejo luz, claridade, arranha céu, água, fogos de artificio e
você. Te desejo você. Você inteira se pertencendo por completo,
você rocha, você forte, você linda, você dada, você vendo.
Vento. Vendo. Vento. Você amando o amor e não o objeto da pessoa
amada. Você crescendo como as avencas de Caio Fernando, a despedida
certa de Noites Brancas e Dócil. “Não adianta dormir que a dor
não passa”.... Respire fundo, segure um amuleto na mão esquerda,
tome uma boa xícara de café, depois fume um cigarro, abra as
cortinas, e voe.... pra bem perto de você.
Um abraço
em silêncio de uma alma reconhecendo outra.
D.
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