segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Inferno

Meu Deus, é assustador o mundo. É assustadora a capacidade humana de injustiça e crueldade. Eu sempre fui dramática demais e toda vez que acordo não tenho a mínima vontade de ser feliz e sair da cama. Foda-se! Não me peçam pra ser alegre e bem humorada no meio dessa merda toda. Todos os dias um choque de paralisia me atinge e não tenho ideia de onde começar a faxina. Em mim? Aqui dentro? La fora? Na minha bosta que fede pela incapacidade de rasgar essa porra dessa raiva e desse ódio que me come? Eu não faço absolutamente nada e continuo aqui mantendo um blog auto-ajuda-coitada-de-mim pra ver se alivia alguma coisa, é mais fácil, sempre foi, mesmo não adiantando porra nenhuma!Não acredito na política, não acredito em justiça, não acredito na polícia, nos comandantes, nos juízes, nos pais de família... eu quase desacredito no ser humano. Fico feliz pela existência de determinadas pessoas e são elas que dão algum sentido pra essa podridão infinita fedendo a carne vencida dentro das igrejas, dos ministérios, das delegacias e aqueles lugares de vidro blindado, carros gigantes, homens de terno e mulheres de salto alto. Eu tenho noje do poder. Eu repudio os ricos e principalmente os ditos "artistas" atuais. Tenho pânico desse mundo, da mídia, das grandes indústrias, do tráfico de crianças, das famílias esmagadas pelo sistema, da homofobia, da violência, do consumo, da desigualdade, da guerra na Síria, dos EUA, desse meu umbigo que fede bunda e ratos mortos de solidão. Sinto asco desse mercado e principalmente do dinheiro que engole cada gota humana tentando respirar na lama escorrendo dos shopping, das fábricas, das escolas. Não sei o que fazer. Não sei o que fazer. Não sei o que fazer. O mundo me dói o osso e eu compro salompas pra aliviar a dor, isso é um inferno e eu to dando comida pro diabo. 

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