Para Denise Leal
Leia ao som de "Vaca Profana", do Caetano.
Leia ao som de "Vaca Profana", do Caetano.
Começo sem saber ao menos como recomeçar. A cabeça vira de ponta, e aquele vazio... imenso! Corroendo as paredes de ar. Falta-me ar. Tem vez que respiro, outras não, fico em silêncio esperando o momento do ar retornar a garganta. É um alívio delicado seu retorno, leve, fresco, como se todas as coisas começassem a fazer sentindo. Desabafei quilos e respirei quilos. Ai eu penso que amar é deixar ir, é deixar ser, é deixar viver mais do que somente algo fechado no seu colo. Uma vontade súbita de te escrever, mesmo depois daquele desabamento desesperado. Eu me perco tão fácil. Pra onde foram nossos planos? Acho que foi aí que entendi que planos são somente planos. Depois dos planos é que vem o amor, o amor que dura pra sempre... Eu acho! É claro que se sou eu que estou escrevendo "EU ACHO".... eu acho. Achar o que? Onde? Uma fantasia imbecil de que as coisas valem mais depois que acabam. Queria conseguir ser menos, sentir menos, berrar menos, explodir menos, gritar menos, amar menos, dar menos, comer menos, fumar menos, beber menos, desejar menos, pirar menos, falar menos, pensar menos, sonhar menos, esperar menos.
Tudo em mim transborda excessos.
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