Dessa leveza que pesa feito chumbo. De um lado um furacão de tanta liberdade e caminhos possíveis. Do outro, ahhhhhh do outro um vazio. Um medo absoluto. No meio a mistura é confusa, me perco, me perdi. Sinto saudade do que não vivemos. Sinto saudade do que eu não fui. Sinto falta de tudo que não foi dito, tudo que não foi feito, tudo que não cumprimos. De novo a mesma fissura no osso. O mesmo buraco. Um saco de lixo podre no canto direito do quarto, embaixo da cama, escondido. Oito meses apodrecendo enquanto eu dormia, não vi nada, sequer senti o cheiro. A culpa são de todos esses cigarros intermináveis. Meu pulmão dói. Retornamos na mesma cena, eu deitada no chão com um soco e uma faca. Você em pé, chorando o fato de não poder fazer nada.... Impotente, ferida, falsa. A lama continua escorrendo, entupindo as varizes e o ar.
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