segunda-feira, 1 de agosto de 2016

Pelo agosto que se segue

O ruído das incertezas me tira o tapete depois de dias incríveis. Despeço-me de alegrias incalculáveis e me deparo com a secura de um agosto que se inicia com a agenda cheia. Espetáculos, montagens, livros, escritas.... E aquele gosto de inconcluso na ponta da língua. Nem sei o que é isso que não me cabe, constantemente não me cabe. Vez ou outra vou arrefecendo o desespero, mas bate e volta a loucura do não se sabe toma conta. Porque deveria de ser diferente? Cresci e vivi na aresta do mundo, mergulhando sempre em qualquer coisa que me parecesse mais funda, mais densa, mais dada. Não gosto de ter medo das coisas e o único medo que vez ou outra escancara a porta é aquele que faz parte do resistir. Impulsos. Os impulsos movem. Os impulsos estragam. Os impulsos são presentes. Os impulsos assustam. Resistir aos impulsos violentos, resistir aos impulsos dos vícios, resistir aos impulsos do foda-se. Nem sempre funciona, nem sempre dá certo.
Nessa manhã de primeiro de agosto eu só penso em resistir e também em realizar-me, ininterruptamente!

Nenhum comentário:

Postar um comentário