domingo, 20 de março de 2011

Não sei o título

Eu odeio tudo. Eu odeio a vida e essa dependência fudida que tenho das pessoas. Essa carência imbecil de não conseguir ficar sozinha. Essa dor rasgada no peito. Eu odeio tudo. Odeio essa impotência. Odeio o amor,. Odeio essa ansiedade que tanto me faz mal. Odeio meus pais, odeio meu namorado que não entende uma vírgula do que se passa comigo. Odeio minha família que some, odeio minha faculdade, odeio existir nesse mundo de merda, nessa vida de merda, nessa porcaria de existencialismo sem sentido nenhum. Nenhum!
Dói tanto, se você sentisse um pingo da dor que eu sinto entenderia o que eu falo. Mas não adianta, não adianta nada.... é tudo uma mentira e um jogo do qual eu não sei fazer parte. Eu sou tão insatisfeita com tudo, imensamente insatisfeita. Eu sinceramente não sei porque tanta teimosia em continuar vivendo, juro que não. Me explica?
Tenho raiva do mundo e todas essas pessoas tão incessantemente superficiais, incessantemente poucas, incessantemente frias. Eu queria sair e dar a bunda para o primeiro que aparecesse. Banalizar meu corpo que até então pensei como sendo sagrado. Banalizar o sexo. Transar simplesmente, porque não? Chega de tanto romantismo imbecil e fora de moda. Vou me fuder lindamente. Transar com todos os bêbados do viaduto. Dar a buceta para os mendigos sujos. Eu não acredito em mais nada. Cansei!Cansei de receber essas putas facadas de quem eu amo. Tô fumando que nem uma cadela, e preciso beber todos os dias. Vou começar a cheirar cocaína como se bebe água. Quero apodrecer, enlouquecer, quero parar no hospício pedindo a Deus que me dê alguma esperança, eu tô no limite. No limite da angústia e da falta de fé. Tô no limite da vida. Essa porra de sensibilidade infantil.... serve pra quê? Só pra me doer tanto. Porque eu sinto, sempre disse isso mas ninguém nunca levou tão a sério. E é verdade, sinto tudo, de uma forma tão escrota e intensa que parece que cada pessoa que passa por mim é um braço que me bate na cara. Olhando no olho eu sei. Desde de muito nova eu sabia das loucuras da minha mãe. Da solidão do meu pai. Eu sabia que minha avó não tava bem, aquela casa, aquelas roupas. Eu sabia das mentiras da minha turma. Eu sabia das mentiras do meu primeiro namorado. Eu sabia tanto e com tanta intensidade que eu me mentia, fugia, corria. Eu nunca quis saber, nunca pedi pra saber de nada. Por isso eu não acredito mais em nada, porque tudo que eu sei é tudo que as pessoas escondem. E elas escodem tudo, suas piores dores e suas piores fraquezas, suas piores mentiras....
Meu peito dói.
Eu amo fazer teatro. Eu amo tanto que é a única coisa na qual acredito. Uma mentira sincera e intensa. Talvez seja a única coisa que eu ame de verdade. Todo mundo deve me achar meio maluca. Foda-se!quando eu tô em cena eu posso ser de verdade, eu posso deixar minha intensidade fluir. Eu posso deixar meu amor sair pelas têmporas. Eu sinto cada centímetro do meu corpo. Eu posso ser qualquer coisa que eu não entendo.
Meu estomago dói!
Eu não posso casar, eu não posso ter filhos. Porque eu simplesmente não acredito na família.
A família é falsa, porque todos fingem ser aquilo que eles acreditam como salvação, ou como aceitação.
O mundo ta podre, ta sujo, errado.
Fica bem!fica bem... fica bem?fica bem como?isso basta?não basta porra nenhuma. Todo mundo enquadrado e enjaulado nas suas vidinhas medíocres e enfadonhas. Todo mundo preso na falsidade. Eu não aguento!!!!!!!!Eu não aguento porque eu sei.
Sabe de uma coisa... eu nunca vou estar satisfeita!Nunca!talvez eu só me satisfaça quando por um milimetro de tempo eu encontrar a verdade. O que é raro. E talvez por isso, e só por isso eu ainda continue. Pra encontrar pequenas verdades, pequenos instantes, pequenos momentos. Sou como uma garimpeira....
Minha verdadeira cara cria inimigos e antipatias.
Me construo de algo bonitinho e limpo para uma simples aceitação social. Eu sou um bicho, um animal. Todos somos. Por isso eu preciso aprender a fazer sexo por tesão!Esvaziar o saco...é isso!aprender a esvaziar o saco silenciosamente e cheia de canalhice.
Eu vou fazer sexo sem me importar em estar sendo estuprada por mim no dia seguinte. Sem me importar se no outro dia minha pele vai estar suja, sem me importar se alguém do lado vai ficar dolorido com isso. Eu vou aprender a mentir muito no amor.
Vou aprender a me importar pouco, a sentir menos, a não lembrar. Vou aprender a ser humana no século XXI.
Eu escrevo porque é a única coisa que me sobra.
Desculpa, mas eu sinto uma dor tão imensa que não me cabe. Por isso eu preciso cuspir. Some!
Eu sou extremamente sincera com minhas impulsividades. Não sou racional, somente no trabalho. Nas minhas relações humanas eu sou intensa demais. Nem todo mundo aguenta. Eu sei... eu sei... eu sei....
Se eu for embora não se assuste. Entenda como.... uma tentativa.
Talvez se salvar signifique não existir (eu tenho medo de escrever “A Morte”). Eu ainda sinto medo. Sinto medo de muitas coisas que não me são. Tenho medo dessa mentira encrustada. A peste!
Eu queria sentir dores diferentes. Dores mais “físicas”.Me ensina a tirar o olho?Samuca...tô pensando em você!eu te amo!De todos desse mundo eu acho que você dói como eu!Cuspindo ódio e bebendo álcool pra salvar a dor.
O quê é que a gente faz em uma situação simples como essa?Eu tirei um pedaço do braço esquerdo!Sempre que eu ver esse buraco vazio eu vou lembrar que doeu, mas que a falta é maior que essa dor da tesoura cortando. Vou saber também que o furo é mais intenso que o corte. O furo atravessa camadas, o corte é superficial.
Você é pouco pra mim.

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