Voltar pra realidade é sempre um sufoco desconfortável. Principalmente quando se tem a certeza de querer viver perto, a vontade de querer abraçar ao longe e a necessidade de fantasias amorosas espiando você da varanda. Retirei do tempo, e de qualquer uma dessas coisas que chamamos de “congruente” ou “ legitima” ou até mesmo “certa” minha parcela de fantasia-necessaria-que-fazia-falta, comprei as passagens e fui, de mala vazia, peito quente e coração com vontade de flor amanhecendo em mim. Assim fui, e por ai vou, sem o medo de todos ou o pavor de muitos, sem a culpa em mim, sem a falta da minha amiga contradição, porque de uma coisa eu sei, uma só que seja.... A contradição anda de mão dada comigo, aparecendo quando menos espero, e me dando um carinho abafado na nuca. Eu carreguei nos braços meus desejos antigos, um peso leve de tão pesado, e de tão pesado um peso bonito... voltei pra casa dormindo nos cantos, apoiando em paredes, cansada de todos esses: “Você não devia”. Mas feliz com todos os meus: “Eu fiz”
lindo demais! :*
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