sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Um pedaço de esquizofrenia

Para Nina Aragón, ela sabe.


A vida não é leve, a vida não é simples. Como dói sem perceber, é como se a pessoa fosse seguindo, seguindo apesar de. Não sei o que é, não consigo identificar com a certeza de antes se isso é mesmo amor, se amor a gente sabe, a gente sente ou a gente define. Não sei se é memória deturpada ou se é memória real, não sei. Hoje sinto que o amava. 

“Meu bem meu mal”


Sinto falta que me faça mal. Mais intenso e mais profundo. Sinto falta do sono compartilhado... Não sei se suporto esconder coisas, parece demais pra mim.Cada dia que passa parece uma contagem regressiva do insuportável.

Medo de enlouquecer. De perder o limite entre o possível e o aceitável.

Os dias parecem facas me olhando, esperando o momento do corte, do abate, o momento hysterico do limite que define o fim.

Não sou uma boa companhia e sou extremamente niilista. Pessimista. Insuportável.



Sou uma farsa ambulante, mentira, tento ser uma farsa abulante, mas nem isso eu consigo.
Me mande um postal? Me conte as cores desse lado do oceano?
Tenho medo de prosseguir.
Exausta.
Cansada.
Confusa.
Eu me confundo? Ou o mundo me confunde? Não sei. Não sei. Preciso de um pouco de sujeira, de humanidade exposta, de dor, confusão.... Precisava tanto dela hoje.

As noites sempre doeram mais...
sozinha.
um verdadeiro deserto.

Sempre existiram duas de mim, e elas não combinam, mas é preciso equilibrá-las.... Aquela moça conhece a boa, a do bem... Essa outra, essa que escreve agora é uma imbecil esquizofrênica. No amor, no amor é preciso amar as duas, e a da noite ela não conhece.

Mas, eu aguento. Não aguento, Nina? Eu aguento continuar, aguento essa sanidade aceitável e feliz.


É SEMPRE PIOR QUANDO NÃO SE CHORA.
CHORAR-SE A SI MESMO É UMA FRONTEIRA.


Como anda sua alma? Seu amor? Seus pedaços?


Que Deus nos abençoe. Que Deus cuide de nós.
Só isso!

Você deixa espaços e saudades.....

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