segunda-feira, 30 de maio de 2011

Pequenas flores secando no chão

Não sei mais o que faço com todas essas flores que estão ardentemente escorrendo dos meus braços, das minhas mãos, das minhas pernas, da minha alma, do meu coração. Não sei se posso ou devo fazer alguma coisa, mas eu sei que sem mim elas vão secar no chão frio e tranquilo. Que sequem todas as flores na sua calma de fim. Eu não posso fazer mais nada, dei minha última gota de força, e meus braços estão moles, fracos e sem desejo. Me fixo no silêncio, e te peço somente que me deixe aqui, que me deixe ir, sem flores, sem calma, sem vontade. Mas eu vou, e sigo tentando. Colhi o que deu, guardei em mim até quando pude, mas agora....perdi completamente a esperança. Se tento escrever é porque dentro de mim ainda existe uma pequena fé, não sei em que, mas existe. Eu não sou isso que você precisa em mim, eu não sou nada além de uma pequena vida buscando a sobrevivência. Tentei absorver de tudo as melhores partes, mas nem sempre foi possível. Sei que preciso de muito, talvez por isso seja melhor seguir sozinha. Dei pra todas essas flores a melhor parte que encontrei na alma, mas elas exigem de mim uma coisa que desconheço, e nesse pequeno espaço de tempo, eu não consigo. Estou fria, precisando de um carinho sincero, de um carinho sem cobrança, de um carinho que é dado gratuitamente pra essa que aqui escreve. Preciso ver nos seus olhos amor, preciso encontrar aquele brilho que tanto parecia me querer, aquela fome de me comer inteira, de me comer dessa maneira minha que um dia tanto lhe agradou. Mas agora vejo só cobranças, e cobranças, e mais cobranças....de tanta coisa, tanta coisa distante do que um dia fui, do que um dia sou. Eu simplesmente não consigo e não posso mais. Minhas pequenas flores...eu dei o que pude. Colhi, plantei, dei água, sol, luz, sombra....dei amor, dei vontade, carinho e desejo. Mas agora eu peço desculpas pela falta de força, vocês exigem muito de mim, muito além do que eu sou, muito além do que posso dar, do que eu posso ser.

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