sábado, 11 de junho de 2011

Vezenquando...

Uma chuva fina molha o telhado da minha casa, da janela observo esse céu escuro, cheio de estrelas, e no meu peito uma sensação que parece não passar. Você fez de mim uma beleza sem nome, algo que se desconstrói na ausência, um descontruir-se para renovar-se em algo novo. Como essa chuva que da vida aquele deserto seco, como esse céu escuro que antecede o brilho da manhã. Pra tudo se pede tempo, sem perceber eu já não me lembro mais. Não sei se isso faz parte da renovação de uma fé ferida, ou se é caminho necessário para continuar. Todas as nossas fotos, cartas, vídeos e cheiros estão sendo espalhados com a chuva que cai no meu telhado, sei que nada se desfaz, mas que cheiro novo e bom vem com tanta chuva. Queria que você estivesse aqui, deitado no meu colo, olhando pra essa chuva e esse céu escuro, e pensando, “Ah, como você me dói vezenquando”.

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