segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Agradeço

Reticências no caminho de volta.
Sem saber o fim, o meio me aflige.
Tenho medo.
Mas passa, sempre passa.
Preparo um chá e fumo um cigarro. Organizo a sala. E por lá fico. Sem retornos ou entreatos. Um incenso, uma vela, um afago.  Aquele chão frio me lembrando que dói.
Mas passa, sempre passa.
Existe sempre aquele retorno sem fim, aquela falta que se faz sempre presente, aquele gosto de colo irrompendo a madrugada.
Minha violeta sobreviveu. O nome dela é Ana, uma homenagem a Ana Cristina César, A Teus Pés.
Agradeço a Deus a força de todos os dias. O divino-surreal infiltrando suas mãos na criação e no encontro.
Sem escalas, sem metáforas, sem nada. Somente aquele espaço me relembrando a coragem, aquelas pessoas me trazendo sapatos, longos e enormes sapatos fincados na realidade. Eu agradeço!

Um comentário:

  1. Mas passa, sempre passa. Sei que tem dias que a gente não consegue acreditar nisso, mas...acredite. Passa, sempre passa...

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