Completamente languida e alienada. Esse corpo meio morto e meio torto me carregando pelos dias. Um pouco de Sylvia Plath pra diminuir o peso. Se tudo fosse como dias assim. Eu choro porque dentro o que fica é um buraco imenso e cheio de medos e dúvidas. Novas Baianos embalando meu cansaço. Já desisti de entender pra que serve tudo isso, essa raridade não me interessa, prefiro tudo que é simples, mas o simples por si só é denso, poroso, cheio de lacunas escuras. Não desisto, porque sou forte. Um forte de pés inchados, de cabelo caindo, de boca seca e coração sangrando. Ando assustada, assustada com tudo, assustada de mais meu Deus. Gosto de vodka com coca-cola, Lobão e cigarros. Me assusta menos. Um susto me carregando no colo, um susto único me dizendo que é assim mesmo, sempre assim... sem medo de ir eu caio, em labirintos imprecisos e violentos, não me interessa, o importante é essa força, esse impulso viril de acordar.
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