(para: Denise Lopes Leal)
O amor é o sentimento mais
inesperado, às vezes ele surge de susto e acomete o coração de uma febre que
causa delírios. Às vezes ele vai nascendo, aos pouquinhos, como uma árvore que
começa a dar frutos. Às vezes ele vem e vai, como um vento que surge no final
da tarde. Mas é sempre amor. Não se distingue o sentimento por uma cor ou uma
forma, mas por tudo que fica e causa. Amor causa desprendimento, insônia, dores
nos pés e uma poupança falida que deixa a pessoa cheia de sorrisos na cara.
Amor causa dor, vontade, espontaneidade e feridas. Amor traz paz, gente, leveza,
chocolate e saudade. Amor é. Tenho pensado que o amor ultrapassa limites e compreensões,
é traindo-se que se descobre a própria fidelidade. É errando, tentando e doendo
por dentro, mas como faz bem doer por amor. A gente cresce e estabelece a vida
de um novo ponto de vista, é como subir até o vigésimo andar de escadas, sem
luz, só pra ver o sol se pondo e depois esperar em silêncio que ele nasça outra
vez. Depois a gente pula, quebra uns
ossos, gasta um tempo se reestruturando pra subir de novo. É lindo o céu lá de
cima, e faz qualquer queda valer a pena. Amor não é felicidade, mas uma coisa
cheia de consoantes e vogais, trinta mil sílabas e dublo sentido no final. Amor
é romã e jabuticaba, vermelho e azul, linha e embaraço. Amor é amor, não existe
pensamento que explique isso.
êita nóis!
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