A vida é completamente cheia de dúvidas. Incertezas. Inconstâncias. Levezas breves, intensidades curtas. O tempo corre e a gente nem percebe a hora, o minuto seguinte é maior que a espera, desistimos antes mesmo de recomeçar. O tempo perdido vale mais que o arrependimento. Dentro do peito uma bomba relógio efervescente crava o gosto pela vida. Meu nojo de mim, minha certeza de fracasso, meu medo de dizer não, corrompem... Mas eu não duvido de nada. A vida me risca inteira, os pedaços amassagados de restos. Preto e branco, quem disse que seria colorido?! A vida não é colorida, é preto e branco, as vezes ela fica colorida. Que coisa mais clichê, uma regra que desmente ela mesma. A vida é e ponto. Não tem vírgula, nem adjetivo, a vida só te sufoca de verbos e verbos e verbos e nomes próprios, indescentes, acrescidos de um sentido que não é o meu e nem o seu. É necessário uma pontada de tristeza pra compreender a fé. A vida nada mais é que o peito esmagado de rosas ao som de pontapés. Uma vida breve e leve, uma leveza pura e esmagadora.
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