segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Uma dose de vodka, por favor!

Não da pra saber muito, não da pra saber quase nada, somos imbecis demais pra dar conta de existir. Somos burros. A gente perde a oportunidade de se entregar mais um pouco, de arriscar a segurança, de ser amor com o corpo todo, com a buceta aberta e a alma doendo de desejo. Tem muito desamor nessa vida, e o objetivo é sobreviver à infância. A família e o social estragam o pouco de dignidade que temos. É tanto não! É tanto eu mesmo! É tanto medo! É tanto deserto! Fica tudo vazio, mas a gente se agarra aos pais, os parentes, a poupança, a segurança de um colo cheio de silêncio. A segurança é a pior invenção existencial. Se não tiver segurança a gente desiste, e pensa que é melhor manter o que ja tem! Balela! Imbecilidade! Burrice! Não me comovo com vocês, seus imbecis do crédito e das viagens pelo mundo. Não me comovo com vocês! Não acredito que seja verdade, que seu egoismo faça sentido, que sua cara lavada e seu desrepeito comigo tenham algum valor. Tem dias que meu corpo amolece, minhas mãos tremem de raiva, sono, um eterno sono, uma dor... Que merda! Que merda! Que merda de vida. A humanidade adoeceu, as pessoas estão doentes, ninguém ta dando conta, mas a gente se engana. Só sei me relacionar com pessoas incríveis, aquelas com suas mediocridades sinceras e amores eternos. As pessoas retornam para os seus lares seguros e eu me recolho no furacão solitário da minha vida, sem nada, sem ninguém, sem família, sem amores, sem beleza, sem nada, só a minha vodka e meu cigarro.

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