Morte.
Sinto a morte.
A dias sinto a Morte.
Luto.
Luto.
Luto.
É isso! Vejo nascer o dia de luto.
Luto contra e compadeço.
Deixo ir... deixo ir como quem deixa-se escorrer.
... era o bicho mais insensato que já havia conhecido, era a porra de um ser humano fudido como ela. Ferrado até a última gota do pescoço, iludido na porcaria de uma crença meio falsa meio eterna meio bruta. Você não pode sair por ai quebrando as ilusões das pessoas, você não sabe do que elas precisam. Preciso! Preciso descongelar a geladeira, ir ao banco, resolver o CNPJ, ler o livro do Damásio, escrever um artigo, e me curar, me curar, me curar. Manter a crença fudida em mim, a fé entorpecida no amor....
Sinto a morte na carta que vejo virada em cima da cama.
Sinto a força transmitida de onde não vejo.
Hoje eu não quero mais amar, só por hoje eu não quero mais chorar, só por hoje eu não quero mais lembrar, só por hoje eu não quero acreditar em nada, absolutamente nada. Uma constelação de nada enfeitando a noite. Uma constelação absurda de um completo nada. Não quero morrer, não me mate!Por favor, não me mate!
Sinto.
Sinto.
Sinto.
E desse lado que vejo, do lado de cá, você permanece do outro lado, quem sabe um dia a gente não se encontra no meio?! E é ali, bem ali, onde nascem as feridas mais profundas, onde a intimidade é desejada. Vejo você e você me vê.
Sinta.
Sinta.
Sinta.
Não a nada mais sublima.
Vida meu Deus, Vida pra toda essa morte que vejo nascer.

Nenhum comentário:
Postar um comentário