terça-feira, 19 de abril de 2011

Preciso te dizer

Vou te dizer uma coisa. Uma coisa bem longa e comprida. Dessas coisas que nossa vista não alcança! Dessas difíceis de sair de dentro, difíceis de se tornarem concretas, difíceis de darmos conta. Eu sinto dores, sinto dores homéricas no corpo. Minhas costas, minhas pernas, meus dedos da mão. Eu também sinto apertos de uma descrição que não compreendo. Minha alma aperta... e minhas mãos também. Vez ou outra tenho cansaço nas vistas, e um cansaço de corpo que me coloca dias e dias quieta em um canto. Mas o pior são as crises. Crises de tristeza, crises de medo, crises de impotência, crises de amor, crises de vontade, crises de esperança, crises de solidão. Tudo isso faz de mim o que eu sou, tudo isso me molda de uma forma que nem sempre alcanço, que nem sempre vejo. Eu precisava te dizer de tudo, eu precisava te contar que adoro ver a lua deitada na rede da Mari. Precisava te contar dos dias que chego em casa e choro sem motivo algum... e tem também os vinhos, todos os vinhos que bebo, e não precisa ser sexta...nem sábado ou domingo. Gosto também de tomar cappuccino a noite, e chá mate também. Não durmo sem fumar aquele último cigarro no silêncio escondido da minha cama. Acredito no amor, acredito na sinceridade e intensidade de cada relação. Tenho milhares de sonhos e de utopias... uma delas e passar uma semana comendo brigadeiro(sem engordar) e um dia toda em uma cachoeira bemmmmm grande e bemmmmm bonita. Gosto também de pintar, e adoro café da manhã na cama. Acho lindo as flores, os sabores, os cheiros... e os livros, as histórias, os autores. Precisava saber que você sabe. Precisava ter certeza que você sabe. E se mesmo assim você quiser continuar se aproximando, se aconchegando...me conhecendo...eu deixo!!!Deixo sabendo do risco, deixo sabendo do perigo que qualquer aproximação traz junto de si. Mas deixo.... porque todas as coisas inesperadas também me atraem.

Um comentário:

  1. Eu também deixo. Eu também amo te ter deitada na minha rede. Eu também me deleito em crises, e sofro [também]. Eu amo os tambéns, ainda mais quando eles me surpreendem... Ah, a surpresa!
    Mal vejo a hora da sua volta.
    Eu te amo tanto, meu amor!

    Tô ouvindo Antunes, "lembre que eu existo, meu amor"!

    ResponderExcluir