Eu não sei dizer muita coisa, e acho que nem sei dizer bem as coisas, mas mesmo assim gosto de dizer coisas. Tenho pensado que a melhor coisa que me aconteceu foi essa última. É bom saber que hoje tenho uma sementinha que chamo de amor, e que não preciso de nada além dessa lembrança boa que às vezes me chega. Quando eu tô cuidando do meu alecrim, e assim, quando menos espero, tô pensando. Pensando de uma forma boa e linda. Como se eu quisesse que essa pessoa estivesse cheia de flores nas mãos, sendo cuidada, perto do bem, feliz, apaixonada. E é ai que eu penso comigo, isso é amor. Saudade é o tempero que falta, sabia?! Porque saudade aperta o peito, e não existe outra maneira de sentir saudade a não ficar quieta, em paz, em silêncio...vendo o sol-se-pôr do quintal da minha casa. Hoje, nesse amor que vai durar a eternidade, joguei o tempero da saudade, ficou gostoso de mais e me deu vontade de dizer coisas bonitas, só pelo fato de senti-las. “Os sentimentos são cavalos selvagens”, tem uma hora que temos que abrir o portão e deixar todos eles saírem correndo ao nosso redor, ou bem longe da gente. Amor + saudade = paz. Uma saudade que demora pra virar coisa boa, mas depois de um tempo ninguém aguenta ficar segurando as coisas ruins, e o coração faz questão de deixar na alma aquilo que foi bom. Gosto de amar, gosto de amar assim, demorei entender isso, mas amor pra mim precisa ser como o pôr-do-sol, uma sensação que ainda não sei o nome, um sentimento que não sei qual é porque dentro dele tem um tanto de outros. Tenho fé, tenho fé que o meu alecrim vai vingar, que amanhã vai fazer sol, que os dias vão continuar sendo bons como foi o dia de hoje, que o amor acontece naquele lugar que a gente menos espera, que saudade é boa, que brigadeiro não engorda, que não existe gente ruim, que as pessoas erram e isso é normal e mesmo assim podemos amá-las, que as estrelas no céu são as pessoas que morreram, que quando chove aqui chove em todo lugar do mundo, que bruxas existem, que tem um mundo invisível cheio de mistério que explica o inexplicável, que Deus é barbudo, que dentro do mar tem um mundo onde os peixes falam, que amor é pra sempre, que tudo tem um porque, que o trabalho que escolhi é o melhor do mundo, e que minha profissão me salva. Se eu pudesse, hoje, te dava um abraço apertado, e te pedia pra desligar a luz.... só hoje, eu compraria pra você uma margarida e dentro dela eu colocaria um bilhetinho:
“Obrigada por ter ido, desse jeito, com esse tempo e essa saudade, você plantou em mim margaridas e fez florescer girassóis. Te amo como o pôr-do-sol ama seu espaço.”
Nenhum comentário:
Postar um comentário