sábado, 28 de janeiro de 2012

Movimento puro

Hoje escrevo curto, já que nada precisa ser dito deixo aqui movimentos, sensações e um desejo absoluto de continuar. Cortei o pé em um caco de vidro verde. Aquele homem de camisa amarela e um olho que me comia longe... Noite de feitiços. Durmo feliz e viva.


"” – Quem me roubou o direito de provar que sofro? Respondo:
– O pátio.
– Que vivo?
– O pátio.
– Que quero?
– O pátio.
– Quem me ouviria?
– O pátio.
– Quem não me ouviria?
– O pátio.
– Quem sabe?
– O pátio.
– Quem não sabe?
– O pátio.
PÁTIOOOOOOOOOO. [Quem fez o pátio?]
(…) ENTRADA FRANCA AOS VISITANTES: não terá você, com seu indiferentismo, egoísmo, colaborado para isto? Ou você, na sua intransigência? Ou na sua maldade mesmo? Sim, diria alguém, se pudesse: recusaram-me emprêgo por eu ter estado antes internada num hospício. Sabe, ilustre visitante, o que representa para nós uma rejeição? Posso dizer: representa um ou mais passos para o pátio. – Eu quis, mas não posso viver junto dêles. Que fazer? Odeio-os então por isto. Trancar- me – voltar para o pátio, onde não serei rejeitada. Fugir. Fuga na  loucura.”

Nenhum comentário:

Postar um comentário