terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Forte como um cavalo, segurando nos dentes o osso duro da sanidade

Vou te contar um segredo, eu não sei ficar sozinha. Talvez isso tenha atrapalhado um pouco as coisas, e sendo muito sincera, quando você apareceu era importante pra mim estar com um homem bonito, não necessariamente você, mas era. 3 meses, hoje fazem três meses que nós terminamos e você ainda me dói de uma maneira aguda e grave(antes de dormir). Conheci alguns caras, transei com eles e com as meninas também. Perdi o medo de ficar sozinha e nunca me senti uma pessoa tão atraente e sedutora, gosto desse jogo no sexo, precisava vive-lo, pelo menos uma vez. Sem mentir, nem ser verdadeira, amo você. Não preciso que você esteja perto e muito menos que me ame, isso que carrego dentro é meu, inflamando as masturbações diárias e os gozos sem compromisso. Me sinto bem, inteira e destruída ao mesmo tempo. Gosto de desmoronar minhas construções, para depois poder construí-las de novo. Gosto da maneira como viro bicho, sentindo um tesão absurdo em coisas aparentemente desinteressantes. Mantenho-me viva pelo desconhecido que às vezes me mata. Sou uma mulher, hoje sei disso. Não posso ficar muito tempo no mesmo lugar, homens previsíveis me cansam, mulheres bem maquiadas também.  Meu jeito de viver me agrada, muito! Não que seja sempre mil maravilhas ou flores, mas os espinhos criam um “q” de mistério em tudo. Tenho pena, porque você perdeu uma mulher um tanto quanto interessante. Sem prepotência, mas sei o caminho que escolhi, mesmo desconhecendo o meio, sei onde quero chegar. Tomei essa decisão com 12 anos de idade, nada nem ninguém me fez abandona-la, e nunca fará. Esse sonho que tive com você esclareceram coisas, coisas que vem de dentro, essa sua ferida na cabeça não é minha, nem nunca será, não posso cuida-la  nem trata-la, já tentei um dia, mas abandonei o posto em junho de 2010. Minha ferida é no peito, acho que não é propriamente uma ferida como a sua, mas feridas no peito ainda são aceitáveis, nessa minha concepção de mundo. Não sei se aceitáveis, mas são as únicas que ainda consigo suportar, tanto em mim quanto nos outros. 

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