(para B.G, o dia que conheci seu casulo)
Das sensações mais confusas e contraditórias que já vivi. Como pode existir um ser humano tão complexo e intenso?! De que são feitas nossas dores e nossos medos?! Será que prefiro a dor que já conheço ao prazer desconhecido?! Corpo tremendo, no fundo uma estranheza difusa. Desejo ter e ao mesmo tempo corro de olhos fechados pra bem longe daquilo que me espanta o olho. Be... cuidado com o que planta em mim. Sou demasiada romântica e uma paranoica em 2º grau. Minha vista turvada transfere para os membros adjacentes meus labirintos efusivos e terroristas. Estou derretendo como seu sofá. Sua mulher encoberta de azul na tela semi-pronta, me deixa extasiada, sintomas de atração e repulsão repentina. De que são feitos seus azuis?! De que materiais elétricos são feitos seus desenhos?! Qual o veneno que escorre dos seus dedos longos?! Seu mallboro vermelho causa câncer ou alucinação?! Clopam, Longactil, Zyprexa, Revia... são compostos levianos da sua lucidez giratória, ou a causa da sua lentidão quase que constante?! Qual o seu prazo de validade?! Qual o nosso prazo de validade?! Até onde?! Até quando?! Meus braços doem. Minhas mãos transpiram e meus dedos estão fracos como quem manipula diariamente uma máquina de costura. Quero! Mas permaneço ainda no meu estado sensível de medo.
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