Uma dor. De tudo, pra tudo. Um espaço doendo, físico, no físico, no corpo, na alma. Bastar-me com pouco. Viver com pouco. Sem preocupações com o amanhã. Suportar e ver beleza nas árvores que vejo, nesse vento frio, no céu imenso, na comida, nos amigos, na casa, no aluguel, nos livros, na saúde, na beleza.....
Uma casa vazia. Paredes brancas, corredores imensos, sentada em um canto eu me pergunto por onde continuar.
Existem dores fundas aqui.
Medo.
Hoje eu não desejo nada e não quero ser ninguém.
Isolada. Isolantes cortando o peito. Fitas me fechando dentro de mim. Cordões imensos me amarrando ao passado, tinta fresca, mão molhada, coração ardendo.
...Solidão a décima potência testando a força dos pés na terra.
Abro-me em gigantescas asas e caio na poça que chorei sem ver, no escuro, de dentro, mordendo os dentes e segurando o corpo no espaço. Recolhendo os cacos, amenizando o caos, vestindo a vida de ilusões, sustentada por Deus... Busco a inexplicável certeza do desconhecido que me afaga.
Lindo!
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